Na véspera, a moeda norte-americana caiu 1,03%, cotada a R$ 5,5100. O Ibovespa, principal índice de ações da bolsa, fechou em alta de 0,18%, aos 135.118 pontos. Dólar Karolina Grabowska O dólar caminhava para mais um dia de perdas na sessão desta terça-feira (17), às vésperas da principal “Super Quarta” de 2024 —nome dado às quartas-feiras em que coincidem as reuniões que definem as taxas de juros Brasil e os Estados Unidos. O Ibovespa também caiu. Apesar do dia repleto de indicadores econômicos e de atividade no Brasil e no mundo, as atenções continuam voltadas para as novas decisões de política monetária, que devem ser anunciadas amanhã. Enquanto a principal aposta do mercado é para o início do ciclo de cortes de juros por parte do Federal Reserve (Fed, banco central norte-americano), aqui a projeção é de novo aumento da taxa básica de juros, a Selic. Super quarta-feira: entenda por que o BC do Brasil aumentará os juros, enquanto os EUA reduzirão os juros Veja o resumo do mercado abaixo. MOTIVOS: Ibovespa tem melhor mês desde novembro, mas dólar não acompanha entusiasmo ENTENDA: Copom endurece discurso e deixa dúvida: Selic pode subir? DÓLAR: Qual é o melhor momento para comprar a moeda? Dólar Às 10h11, o dólar caía 0,23%, cotado a R$ 5,4975. Na mínima do dia, chegou a R$ 5,4868. Veja mais citações. Na véspera, a moeda fechou em queda de 1,03%, cotada a R$ 5,5100. Com o resultado, acumulou: queda de 1,03% na semana; perda de 2,17% no mês; aumento de 13,55% no ano. Ibovespa Ao mesmo tempo, o Ibovespa caiu 0,09%, aos 134.997 pontos. Na véspera, o índice subiu 0,18%, aos 135.118 pontos. Com o resultado, acumulou: ganho de 0,18% na semana; queda de 0,65% no mês; e aumento de 0,70% no ano. Na última sexta-feira, o índice fechou com alta de 0,64%, aos 134.882 pontos. Entenda o que faz o preço do dólar subir ou descer O que movimenta os mercados? A semana começa quente no mercado financeiro, às vésperas da principal “Super Quarta” de 2024. Na semana passada, novos dados econômicos trouxeram mais informações para investidores e especialistas em busca de alguma nova pista sobre o que o Banco Central do Brasil (BC ) deveria fazer por aqui e pelo Fed, lá fora. No Brasil, o BC divulgou na última sexta-feira o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) referente a julho, considerado uma prévia do Produto Interno Bruto (PIB) do país. O indicador veio melhor que o esperado, registrando contração de 0,4% em julho, contra aumento mais significativo de 1,40% em junho. Apesar da leve queda, o indicador acumula alta de 2,6% em 2024, até o momento, e de 2% em 12 meses. O resultado também ecoa outros indicadores de atividade divulgados recentemente pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e que indicam a força da atividade brasileira. O número das vendas no varejo de julho divulgado na semana passada, por exemplo, apresentou alta mensal de 4,4%, também acima das expectativas do mercado e com aceleração em relação ao mês anterior. O setor de serviços cresceu 1,2% em julho. Os serviços estão 15,4% acima do nível pré-pandemia e atingiram o maior nível histórico. Por fim, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial do país, apresentou queda de preços de 0,02%, a primeira deflação registrada neste ano. Apesar da redução, a inflação anual permanece muito próxima do teto da meta do Banco Central do Brasil (BC). Considerando o período de 12 meses até agosto, os preços subiram 4,24%. A meta de inflação para este ano é de 3% e será considerada cumprida se a inflação ficar entre 1,50% e 4,50%. Mesmo com a deflação, o mercado segue com projeções de alta de preços pela frente e preocupação com os gastos públicos do governo, o que alimenta a expectativa de que o BC promova um novo aumento da taxa básica de juros (Selic) na reunião do Copom desta semana. Atualmente, a taxa Selic está em 10,50% ao ano, patamar já considerado alto, mas resultado de uma sequência de cortes. Juros mais elevados encarecem os processos de tomada de crédito para a população e para as empresas, o que tende a reduzir o consumo, o investimento na expansão e a desacelerar o mercado de trabalho. Todo esse cenário também aparece no boletim Focus, relatório do BC que reúne projeções de economistas para os principais indicadores econômicos do Brasil. A última edição do documento, divulgada nesta segunda-feira, continuou apontando alta da Selic, além de indicar aumento na estimativa de inflação para este ano e para o próximo e crescimento de 3% do PIB em 2024. Já no ambiente internacional, as atenções estão voltadas para a nova decisão de política monetária do Fed, que também deverá ser divulgada na próxima quarta-feira. Lá, a expectativa é que o Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC) promova o primeiro corte nas taxas de juros desde 2020. As decisões sobre taxas de juros do Banco da Inglaterra (BoE), do Banco do Japão (BoJ) e do banco central da China também são na mira dos investidores, bem como dados sobre a produção industrial e as vendas no varejo nos Estados Unidos.
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