Em julho, objetos também foram avistados em Campo Grande, na noite de 16 de agosto. Às 21h48, dois objetos esféricos luminosos são captados por câmeras de monitoramento instaladas no terraço de uma casa em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, próximo à Serra do Volcão. O equipamento é do engenheiro Wagner Vital, pesquisador de fenômenos anômalos não identificados (UAPs, em inglês, “Unidentified Anomalous Phenomena”). O termo criado pelo Pentágono é uma redefinição dos antigos OVNIs e OVNIs, para descrever objetos ou luzes no céu que aparecem sem explicação. Vital esclarece que os da Baixada não são estrangeiros. Operação Verão: Ação da PM é lançada neste sábado no Rio, após aprovação judicial Tempo seco: É anunciado fechamento de parques estaduais no Estado do Rio, para foco no combate a incêndios — Não trabalhamos com nenhuma possibilidade imediatamente. Até então, os objetos que capturamos são classificados como objetos não identificados, hoje conhecidos como UAPs. Já descartamos balões, drones e aviões. Por que? Porque o modus operandi do objeto é completamente diferente de tudo isso — disse. Idealizador do projeto Brasileiro de Monitoramento de UAP (Mubras), Vital explicou que os mesmos objetos foram avistados do outro lado da Serra do Volcão, em Campo Grande. Imagem semelhante já havia sido captada na noite de 28 de julho por seu equipamento. Na ocasião, foram avistados até seis pontos luminosos, realizando movimentos coordenados no céu. ‘Foi assustador’ Os pontos brilhantes também intrigaram o vigia Carlos Rodrigues, 45, que chegou a filmá-los com o celular em Campo Grande. Ele conta que ficou assustado com o que viu ao sair de um contêiner à noite para inspecionar o terreno na área onde trabalha. — Vou te contar uma coisa, foi assustador. Ele (o ponto luminoso) estava parado no céu. Peguei uma lanterna e ele começou a evoluir, se movimentando. Acredito que estava a uma altura de mil metros. Não era um balão porque não acompanhava a corrente do vento e também não era um drone ou avião — disse ele. Profissional de engenharia acostumado a gerenciar tecnologias, Wagner Vital é apaixonado por ufologia desde criança. Ele transformou o telhado de sua casa em uma espécie de estação de monitoramento do céu. Para fazer isso, ele usa duas câmeras modificadas digitalmente. Ele também criou um programa que pode, entre outras coisas, calcular dados como posição, velocidade e magnitude do objeto. Em relatório sobre o avistamento na noite de 28 de julho, ele detalhou que os objetos apresentavam luminosidade intensa, variando em cores, e se moviam em trajetórias lineares e curvas. Segundo o pesquisador, todas as imagens captadas por suas câmeras são submetidas a uma comunidade OVNI. — Um estudo na Noruega concluiu que objetos deste tipo não estão relacionados com seres alienígenas. Eles acreditam que se trata de um fenômeno natural da região, são objetos com características elétricas, que chamam de plasmóides. Hoje trabalho com a possibilidade de ser um fenômeno natural desconhecido que ainda não entendemos exatamente de onde veio, por que surgiu e que está aí para nos intrigar. Acho que poderia estar ligado a algum tipo de eletricidade, mas reflete algum tipo de inteligência — concluiu. Procurada, a Força Aérea Brasileira não ajudou a esclarecer o mistério. Informou apenas que o Comando de Operações Aeroespaciais recebe, registra e encaminha as ocorrências com relatos de fenômenos aéreos ao Arquivo Nacional. E que sejam guardadas fotografias, vídeos e reportagens, sem que haja investigação. Há registros disponíveis para consulta de 1952 a 2023, acrescentou a FAB.
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