Cenário turbulento em 2019
Em 2019, segundo o professor, o ex-presidente Evo Morales tentava concorrer ao quarto mandato presidencial. Após a realização de eleições, consideradas fraudadas pela Organização dos Estados Americanos (OEA), Morales foi pressionado a deixar o poder por uma junta militar
“Muitos de nós lembramos daquela imagem de oficiais generais bolivianos indo à televisão em 2019 para pedir a renúncia de Morales, mas grande parte da população entendeu isso como um golpe de Estado”, lembrou.
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Após a renúncia de Evo Morales, a advogada Jeanine Áñez Chávez se autoproclamou presidente interina do país, num governo que, segundo Velasco, foi “turbulento”. Em 2020, foi eleito o atual presidente da Bolívia, Luis Arce. Pouco depois da eleição, Luis Arce e Evo Morales, então aliados, se separaram.
“Houve uma decisão judicial que desqualificaria Morales para concorrer às eleições do próximo ano, porque a Constituição não permitiria que um presidente que ocupou o cargo três vezes buscasse outro mandato como presidente da República. decisão, que atribuiu à pressão de Luis Arce, atual presidente, que era seu amigo até recentemente e, hoje, tornou-se seu inimigo”, afirma.
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Declarações de um ex-comandante acentuaram a disputa
No início desta semana, o agora ex-comandante do Exército Juan José Zúñiga afirmou que não permitiria que Evo Morales voltasse ao poder em 2025. A declaração levou à sua demissão. Evo Morales, porém, tem grande apoio popular, como lembrou o professor Paulo Velasco.
“Então, sim, tem tudo a ver com a tentativa de Morales de concorrer novamente nas eleições do ano que vem, coisa que Luis Arce não quer e o comandante do Exército disse que iria impedir, que as tropas iriam impedir”, argumentou o professor. .
“A destituição do comandante acabou por levar a esta revolta de parte das tropas”, acrescentou.
Mobilização internacional
O professor comentou sobre a importância da mobilização internacional, principalmente de países como os Estados Unidos, com grande presença global, num momento como este.
“A rejeição imediata da comunidade internacional é fundamental. Os EUA são um ator essencial dentro da Organização dos Estados Americanos e dentro do próprio contexto global. É o papel de grandes atores, como os EUA e o Brasil. E esperemos que isso na verdade ajuda a desinflar esse movimento golpista”, explica.
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Arce, Morales e a população
Paulo Velasco analisou que, apesar de ter sido o sucessor de Morales, e de ter tido uma relação convergente com ele, principalmente quando Morales foi impedido de concorrer em 2019, Arce está mais frágil, no que diz respeito ao seu vínculo com a população.
Para o professor, o fato de Morales ter transformado a Bolívia, nos 14 anos de governo, com uma reforma constitucional robusta, tem grande peso no imaginário popular. Isso, segundo o especialista, confere a Morales uma projeção política e um carisma que o diferencia de seu atual adversário.
“Arce ganhou espaço na vida política boliviana devido aos vínculos que teve ao longo de sua vida com Evo Morales, e foi escolhido como sucessor de Morales, quando foi impedido de concorrer em 2019. Mas essa relação entre os dois não durou, como Luiz Arce sentiu-se à sombra da influência de Evo Morales, tentou se separar do ex-presidente e participou de confrontos, sentindo-se ameaçado pela possibilidade de Morales concorrer às eleições.
Então, Arce é uma figura política muito frágil, se compararmos com Evo Morales, ele não tem os vínculos com a sociedade boliviana que Evo Morales tem”, observou.
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