Adélia Prado é a vencedora do Prémio Camões 2024, o mais importante da língua portuguesa. A poetisa, professora, filósofa, romancista e contista mineira tem 88 anos e mora em Divinópolis, interior de Minas Gerais, onde nasceu em 1935. É considerada uma das maiores escritoras brasileiras vivas de todos os tempos.
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O júri do prêmio incluiu o escritor e professor Deonisio da Silva (Brasil), o professor e pesquisador Ranieri Ribas (Brasil), o filósofo e crítico de arte poética Dionisio Bahule (Moçambique), o professor Francisco Noa (Moçambique), a professora Clara Crabbé Rocha (Portugal) e o professor Isabel Cristina Mateus (Portugal).
De acordo com o júri, “Adélia Prado é autora de uma obra muito original, que se estende por décadas, com destaque para a produção poética. Herdeira de Carlos Drummond de Andrade, autor que a deu a conhecer e que escreveu sobre ela as conhecidas palavras “Adélia é lírica, bíblica, existencial, escreve poesia como um bom momento…”, Adélia Prado tem sido uma voz inconfundível na literatura de língua portuguesa”.
O valor do prémio é de 100 mil euros – um dos valores mais elevados do mundo entre os prémios literários – e é atribuído através de um subsídio da Fundação Biblioteca Nacional (FBN) – entidade ligada ao Ministério da Cultura ( MinC) e o Governo de Portugal.
O Prémio Camões foi instituído pelos Governos do Brasil e de Portugal em 1988, com o objetivo de estreitar os laços culturais entre as nações que compõem a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) e enriquecer o património literário e cultural da língua portuguesa. O diploma entregue aos laureados contém os nomes de todos os países de língua portuguesa e é assinado pelos chefes de estado do Brasil e de Portugal.
É o segundo prémio que Adélia Prado ganha em menos de uma semana. Na última quinta-feira (20), a Academia Brasileira de Letras (ABL) anunciou que o escritor mineiro foi o vencedor do Prêmio Machado de Assis 2024.
Adélia Prado começou publicando seus primeiros poemas em jornais de Divinópolis e Belo Horizonte.
Em 1975, ao enviar a Carlos Drummond de Andrade os originais de seus novos poemas, deixou o gigante literário impressionado com sua escrita. Drummond enviou a obra para Adélia para uma editora, que publicou o livro com o nome Bagagem. Em 1976, o livro foi lançado no Rio de Janeiro, contando com a presença de personalidades importantes como Carlos Drummond de Andrade, Affonso Romano de Sant’Anna, Clarice Lispector, entre outros.
Em 1978, Adélia escreveu O coração acelerado, que lhe rendeu o Prêmio Jabuti de Literatura. Nos dois anos seguintes dedicou-se à prosa, com Solte os cães em 1979 e Cacos para um vitral em 1980. A mineira voltou à poesia em 1981, com Terra de Santa Cruz.
Formada em Filosofia, a escritora mineira (que também foi professora) recebeu diversos prêmios ao longo de sua carreira literária. São eles:
- Prêmio Jabuti de Literatura — 1978 (Poesia)
- Prêmio ABL de Literatura Infantil (2007)
- Prêmio Literário da Fundação Biblioteca Nacional (2010)
- Prêmio da Associação Paulista de Críticos de Arte (2010)
- Prêmio Clarice Lispector (2016)
- Prêmio Machado de Assis (2024)
- Prémio Camões (2024)
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