Cidade da Região Serrana tem história de tragédias naturais e desafios de transporte Um dos destinos turísticos mais procurados do estado, Petrópolis, na Região Serrana, é conhecida não só pela sua história, mas também pelos desastres naturais que atingiram o cidade nas últimas décadas. Os desafios que o futuro prefeito enfrenta não são poucos. Os investimentos incluem a redução do déficit habitacional, a melhoria do sistema de transporte e a manutenção de programas de combate a enchentes e ocupação irregular de encostas. Nos últimos 20 anos, Petrópolis enfrentou duas grandes enchentes que deixaram um rastro de destruição. Em 2011, registaram-se 73 mortes — na Região Serrana, mais de 900, na maior tragédia natural do país. Em 2022, a situação se repetiu. Desta vez, com 241 mortes e 4 mil desabrigados ou desabrigados. As áreas afetadas pelas chuvas de 2022 são caracterizadas por maior vulnerabilidade social, que inclui diversos aspectos como estrutura familiar, renda e escolaridade. O bairro mais afetado, Alto da Serra, é um dos mais suscetíveis a deslizamentos. Dados do Índice de Desenvolvimento de Cidades Sustentáveis (IDSC) mostram que grande parte dos imóveis está localizada em áreas de risco. Segundo levantamento da geógrafa Isabelle Alves, a formação histórica de Petrópolis é complexa. No Império, a população instalou-se às margens dos rios, seguindo o padrão europeu. Se naquela época os moradores se instalavam no fundo dos vales, nas últimas décadas passaram a ocupar as encostas. Segundo o IBGE, nos últimos 30 anos, a população triplicou e os investimentos em infraestrutura e habitação por parte da prefeitura não acompanharam esse crescimento. O Índice Firjan de Gestão Fiscal (IFGF) aponta que em Petrópolis, ao longo da década avaliada (2013 a 2022), durante os governos de Rubens Bomtempo (PSB), Bernardo Rossi (MDB na época) e Hingo Hammes (PP) —veja infográfico —, os investimentos permaneceram em nível crítico. Por outro lado, a cidade manteve suas contas em boa classificação — somente entre 2014 e 2017 atingiram o nível difícil. Para o IFGF, o que explica o bom resultado nas contas em 2022 é a autonomia para cobrir custos da prefeitura sem depender de repasses; menos comprometimento orçamentário com despesas de funcionários e planejamento financeiro. Entre as recomendações ao futuro prefeito estão ampliar o tratamento de resíduos urbanos e industriais, criar novas unidades de coleta e reciclagem de lixo, prevenir ocupações irregulares e melhorar o transporte. Para os moradores, um dos principais desafios é o transporte. No último dia 6, o Supremo Tribunal Federal retirou parte das linhas da empresa Petro Itá por mau atendimento. No sábado, um decreto do prefeito Rubens Bomtempo cancelou as operações da empresa. Outro veículo do grupo, o Cascatinha, já havia perdido todas as filas. Outras três empresas assumiram os itinerários em caráter emergencial. Sentimento de insegurança Apesar de ser a cidade mais segura do Estado do Rio e a sexta do Brasil, segundo classificação do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) para cidades de médio e grande porte, o sentimento de insegurança vem crescendo entre a população. Vídeos de atos violentos ocorridos no Centro Histórico viralizaram nas redes sociais. O Atlas da Violência 2024, divulgado pelo IPEA e pelo Fórum Econômico Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), mostra que Petrópolis registrou 28 homicídios em 2022. A taxa por 100 mil habitantes é de 10,0. Os dados do IDSC indicam que existem grandes desafios em relação aos índices de feminicídio e violência contra pessoas LGBQTI+ no município. Tema debatido nas eleições municipais deste ano, a segurança pública, embora presente nos planos de governo dos candidatos a prefeito, é de responsabilidade do governo do estado. O que a população quer para a cidade Para Alexandre Oliveira, morador de São Sebastião, um dos desafios de Petrópolis é o déficit habitacional, que se reflete na ocupação de áreas de risco: — Junto a isso, falta transporte de qualidade. Falta mais respeito pela população. Alexandre Oliveira, morador do bairro São Sebastião, cita projetos habitacionais como desafio Priscila Schmitz Moradora do Centro Histórico, Rita Araújo acrescenta outros desafios ao futuro prefeito: — Petrópolis precisa de um olhar mais atento para diversas áreas, mas vejo saúde e saúde como os principais problemas. transporte. Na saúde, o acesso aos exames necessários e a dificuldade de contar com algumas especialidades como psiquiatria e neurologia deixam um grande número de pacientes sem atendimento. O transporte também é outro problema sério. Poucos ônibus e ônibus sem manutenção. Renovação da frota de ônibus: sistema acrescenta reclamações da população Divulgação Para Luiz Davi Absalão, morador de Bingen, falta vontade aos governos de fazer mais pela Cidade Imperial, “fugindo do feijão e do arroz, do básico, para investimentos maiores do que olhar para o futuro.” — As propostas do governo são excelentes, mas na hora de colocá-las em prática não estão concluídas. Falta um líder governamental que tenha uma equipe que possa fazer isso acontecer. E maior apoio da Câmara Municipal aos governos também — diz Absalão. Priscila Schmitz é cientista política, doutoranda em Ciência Política (Iesp/Uerj), sob orientação de Marcelo Remigio PROJETO TAMO JUNTO É uma parceria entre o EXTRA e o Laboratório de Partidos, Eleições e Política Comparada (Lappcom) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), em que jornalistas e pesquisadores se concentram no processo eleitoral deste ano em dez cidades da Região Metropolitana e do Interior do Rio de Janeiro, abordando problemas, apontando encontrar soluções e apresentar os candidatos e seus planos de governo.
taxa de juro para empréstimo consignado
emprestimo simulador online
itaú empréstimo consignado
refinanciamento para representante legal
empréstimo consignado taxas
emprestimo loas bradesco
zap pan
0