‘Education at a Glance’ de 2024 mostra que, em 2021, o gasto foi de US$ 3.600 no ensino fundamental, em comparação com US$ 11.900 nos países ricos. O Brasil tem um dos gastos mais baixos por aluno entre 49 nações analisadas pelo “Education at a Glance” 2024, um relatório anual produzido pela Organização de Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE). Em 2021, ano analisado pela publicação, o país investiu apenas um terço da média das economias mais desenvolvidas que fazem parte da OCDE. Despesa anual por aluno na educação básica (em dólares) Luxemburgo – 26.357 Suíça – 19.448 Noruega – 18.395 Áustria – 16.745 Coreia do Sul – 16.146 Islândia – 15.958 Bélgica – 15.236 Suécia – 14.800 Estados Unidos – 14.603 Dinamarca – 14.398 Alemanha – 13.876 Holanda – 13. 817 Finlândia – 13.158 Reino Unido – 12.243 Canadá – 12.179 França – 11.952 Austrália – 11.759 Média OCDE – 11.736 Itália – 11.676 União Europeia (25 países) – 11.513 Eslovênia – 11.083 República Tcheca – 10.990 Irlanda – 10.967 Japão – 39. 8 Portugal – 10.209 Espanha – 10.194 Israel – 9.962 Estônia – 9.637 Eslováquia – 9.146 Nova Zelândia – 9.067 Polônia – 8.892 Lituânia – 8.654 Croácia – 8.037 Letônia – 7.506 Hungria – 7.047 Bulgária – 6.636 Romênia – 5.292 Costa Rica – 5.139 Chile – 5.110 Argentina – 3.488 Brasil – 3.181 Turquia – 3.171 África do Sul – 2.861 México – 2.582 — O gasto público do Brasil está próximo de outros países da região. Maior no México e no Peru, mas menor que na Costa Rica e na Argentina. A Costa Rica gasta US$ 5 mil e o Chile, US$ 7 mil — afirma a gerente de Indicadores de Financiamento da Educação do Ines/OCDE, Viktória Kis. Apesar da diferença no investimento por aluno, o Brasil tem uma proporção de gastos públicos com educação (10,6% do Orçamento) semelhante à média dos países da OCDE (10%). Ensino fundamental (1º ao 5º ano): Brasil: US$ 3,6 mil (o equivalente a R$ 20,2 mil hoje) Média OCDE: US$ 11,9 mil (R$ 67 mil) Ensino fundamental (6º ano) ao 9º ano): Brasil: US$ 3,7 mil (o equivalente de R$ 20,8 mil hoje) Média da OCDE: US$ 13,2 mil (R$ 74,3 mil) Ensino médio: Brasil: US$ 4 mil (o equivalente a R$ 22,5 mil hoje) Média da OCDE: US$ 12,7 mil (R$ 71,4 mil) mil) Especialistas apontam que aumentar os gastos não significa necessariamente um aumento na qualidade do aprendizado, mas apontam que o Brasil enfrenta subfinanciamento. Isto significa que, se bem utilizados, mais recursos poderão gerar benefícios importantes. Um exemplo é a Estônia, que faz parte do Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa) 2022, lançado no ano passado, está entre os dez países com maiores índices de aprendizagem nas três disciplinas avaliadas (Matemática, Leitura e Ciências) e investe (US$ 9,00). 6 mil) menos que a média da OCDE e de vários outros países. No entanto, o país do Leste Europeu ainda apresenta um nível de gastos muito superior ao do Brasil. A organização inclui economias desenvolvidas como Alemanha, Bélgica, EUA, Reino Unido, Dinamarca, Itália, Japão, Holanda e França, bem como países emergentes como Turquia e México. Segundo o relatório, Luxemburgo tem o maior gasto por aluno dos países analisados no ensino fundamental —referente ao ensino fundamental brasileiro. O país investe 26,5 mil dólares por ano em cada aluno. Os gastos encolheram e os salários são baixos Além disso, o relatório aponta que os gastos do ensino primário ao superior diminuíram 2,5% ao ano, em média, no Brasil, entre 2015 e 2021. Nos países da OCDE, aumentaram 2,1% anualmente durante este ano. período. Por outro lado, os gastos do Brasil com a primeira infância (de 0 a 3 anos) tiveram um aumento significativo de 29% neste período. Ainda assim, 57% das crianças do país nesta faixa etária estão na escola. É inferior à média da OCDE de 70%. As diferenças diminuem nas faixas de 4 e 5 anos, mas ainda são menores do que as registadas no grupo dos países ricos. — No contexto da equidade, a educação na primeira infância é fundamental. É uma oportunidade de dar às crianças uma base sólida para a aprendizagem que virá mais tarde durante a sua escolaridade — disse Viktória Kis. A pesquisa mostra ainda que, em 2023, o salário inicial com qualificação mínima para professores do ensino médio no Brasil está 47% abaixo da média da OCDE. Divulgado anualmente pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), o “Education at a Glance” reúne e compara os principais indicadores internacionais ligados à educação. Os dados são fornecidos pelos próprios países. Jovens A boa notícia do relatório é a redução do número de jovens que não estudam nem trabalham entre os 18 e os 24 anos. Esta percentagem caiu de 29,4% (2016) para 24% (2023). Entre os países da OCDE, a redução foi de 15,8% para 13,8%. Essa conta, porém, também inclui aqueles que trabalham informalmente, sem registro profissional, ou que precisam abandonar os estudos para cuidar dos irmãos mais novos. A proporção de jovens (25 a 34 anos) sem concluir o ensino secundário caiu no Brasil, atingindo 27%, um nível relativamente elevado em comparação com os países da OCDE, mas abaixo do registado em 2016, quando 34% não tinham o ensino secundário. completo. — A taxa de emprego dos jovens desempregados é baixa. No Brasil, 60% têm emprego. Para quem tem ensino médio completo, o índice é de 74%. Estes valores estão próximos dos valores médios da OCDE. Quem não tem, tem um texas menor do que quem completou. Quem consegue trabalho sem concluir o ensino médio tem um ganho médio completo em comparação com quem tem nível de escolaridade superior — afirma Kis.
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