Hoje com 23 anos, o jovem foi diagnosticado com depressão e apresenta sintomas de esquizofrenia. Dois policiais foram condenados pelo crime. Dois funcionários da concessionária também foram julgados, mas foram absolvidos. “Lutamos com muito sacrifício para criar nossos filhos e um agente do Estado, que deveria proteger, vem e destrói nossas vidas. Há 5 anos luto diariamente para evitar que meu filho tire a vida e por justiça. Há anos que luto para que o Estado pague pelo que estes homens fizeram ao meu filho e espero que este pesadelo acabe rapidamente.” A fala emocionada é da mãe de um dos jovens que foi vítima de agressão e abuso sexual dentro da estação de trem da Supervia, no Maracanã, Zona Norte do Rio, em 2019. Dois policiais militares foram condenados pelo crime, e dois seguranças da concessionária, absolvidos, mas acabaram demitidos. Na época, os policiais faziam um trabalho extra para a empresa. ‘Eles acabaram com a nossa vida’, diz mãe de vítima de abuso na Supervia Cinco anos depois do crime, o filho da mulher, hoje com 23 anos, foi diagnosticado com depressão, não sai de casa e toma oito comprimidos por dia. A Justiça decidiu que ele é incapaz de cuidar da própria vida e deu a tutela provisória à mãe, que está desempregada e tem 48 anos. Segundo a mulher, após o incidente, seu filho tentou tirar a própria vida quatro vezes e precisou ser internado em diversas outras ocasiões para tratar episódios psicóticos. Atualmente é acompanhado por especialistas em um Centro de Atenção Psicossocial (CAPs). Mãe de um dos jovens que foi vítima de agressões de dois policiais militares e dois funcionários da Supervia, em 2019 Stephanie Rodrigues/g1 Segundo a mãe do jovem, os desabafos começaram após a humilhação vivida pelo filho, de 18 anos . Desde que foi vítima de violência, o menino apresenta sintomas de esquizofrenia. Segundo o psiquiatra Victor Viegas Vieira, médico residente em psiquiatria da UFRJ, a doença provoca alterações no comportamento do paciente, e um dos sintomas é o isolamento social. “Há uma grande variação na forma como o transtorno se apresenta em cada indivíduo, quanto mais cedo o transtorno for acometido, maior o risco de um pior prognóstico para o quadro. Ou seja, indivíduos acometidos em idades mais jovens podem apresentar maior dificuldade de convivência social. funcionamento e trabalho”, disse o médico. Ao g1, o especialista explicou que um paciente com diagnóstico de esquizofrenia “pode permanecer fechado sobre si mesmo, com olhar vago, demonstrando certa indiferença em relação ao meio ambiente”. Ainda assim, segundo o médico, o transtorno da esquizofrenia pode ser devastador para o paciente e sua família. A mãe do jovem diz que esse é o comportamento habitual do filho, e que a rotina da família não tem sido a mesma desde o episódio. Indenização por danos morais Enquanto isso, a família do jovem luta na Justiça para que o Estado pague indenização por danos morais. Em 2023, a Justiça do RJ condenou o governo do estado a pagar R$ 300 mil à família. Contudo, a Procuradoria-Geral do Estado (PGE) recorreu da decisão. No mês passado, a Justiça reduziu a indenização para R$ 60 mil. A família não concordou com o valor e recorreu. “Não é questão de dinheiro. É dar um mínimo de conforto para meu filho. Levar ele no médico. Comprar remédio, porque às vezes não tem remédio no posto. Não quero depender do SUS”, diz a mãe. “Trabalhei e sustentei a casa. Paguei minhas contas, comprei tudo para meu filho. Hoje vivemos com R$ 600 do Bolsa Família e o vale alimentação do meu irmão, que não chega a R$ 300.” As dificuldades, segundo ela, viraram rotina. “Meu filho virou criança. Gosta de comer biscoito, tomar chocolate e às vezes não tem. Esta é uma casa humilde, mas é o que posso proporcionar em termos de conforto. Mas ele merecia algo melhor.” Mãe foi diagnosticada com depressão Por segurança e preservação da família, o g1 omitiu a cidade em que moram. Na semana passada, o repórter esteve na residência: uma casa simples, sem gesso e com piso de cimento. A mãe do jovem, que foi diagnosticada com depressão, conta que precisa tomar três tipos de remédios e revela o que sonhava para o futuro do filho mais novo. Mãe de um dos jovens que foi vítima de agressões de dois policiais militares e dois funcionários da Supervia, em 2019 Stephanie Rodrigues/g1 “Como toda mãe, sonhamos coisas boas para nossos filhos, né? na minha vida. Na época eu trabalhava em um banco e pagava um curso para ele, mas deu tudo errado, não foi nada do jeito que eu imaginava.” “Deito na cama e penso o tempo todo: ‘Por que com meu filho? Por que isso aconteceu conosco?’ Meu filho não sai de casa, meu filho não tem amigos. Ele só fica deitado”, diz ela. Em lágrimas, ela diz que não aguenta mais essa situação, mas resiste pelo filho. “Tem mãe que está sofrendo porque perdeu o filho e não conseguiu enterrá-lo. Eu sofro porque meu filho está assim. meu filho. Ele está aí, você está passando pelo que está passando.” Questionada se perdoaria os envolvidos no crime, ela diz que é improvável. “É difícil perdoar. Mesmo sendo mãe, tenho o coração aberto. Se fosse ao contrário, eles perdoariam?” Humilhação registrada Durante a surra, os meninos – então com 17 e 18 anos – foram obrigados a fazer sexo oral um no outro. Como se não bastasse a brutalidade e a humilhação, o crime foi filmado e divulgado nas redes sociais. Os amigos admitiram que eram usuários de drogas e que iriam comprar maconha na comunidade da Mangueira. Mas disseram que no momento da abordagem não tinham nenhum medicamento. Eles também não tinham nenhuma identificação. Logo após o episódio, a Supervia demitiu os seguranças Rafael Souza Marcolino e Carlos Renato da Silva Alamino, que filmaram o crime, chegou a um acordo extrajudicial e pagou indenização aos familiares dos jovens – para evitar que o caso fosse levado à Justiça . Denunciados por jovens por abusos na Supervia: agentes Carlos Renato Alamino e Rafael Marcolino (acima) e PMs Wagner Castro e Lenine Júnior Arte/g1 “Eles pagaram uma quantia, que eu usei para comprar essa casinha e comprar remédios para ele. , esse dinheiro não existe mais”, diz a mãe do menino. Em 2022, foram condenados o soldado Wagner Castro da Silva, que na época trabalhava na 1ª UPP (Fazendinha) do 16º BPM (Olaria) e o cabo Levine Venute da Silva Júnior, então lotado no Batalhão de Choque. Wagner foi condenado a 22 anos e Levine a 18 anos. Ambos fechados. Os dois funcionários da Supervia foram absolvidos. Desde então, os advogados de Wagner e Levine tentam libertá-los. Também em 2022, o cabo Levine e o soldado Wagner foram expulsos da força. No relatório final do Inquérito Policial Militar (IPM), da Corregedoria da PM, que apoiou as expulsões, o órgão afirmou “que as acusações levantadas pelo Ministério Público em relação a estes arguidos são robustas, contundentes e indicam, inequivocamente , que têm como arguidos os autores dos crimes bárbaros, injustos e culposos de roubo, tortura, violação e divulgação de cenas de violação”. Adolescentes denunciam abusos sexuais cometidos por policiais e agentes da Supervia Reprodução/TV Globo Atualmente, ambos cumprem pena no Presídio Público Joaquim Ferreira de Souza, no Complexo de Gericinó, em Bangu, na Zona Oeste. A reportagem não conseguiu localizar a defesa dos ex-PMs. A Supervia informou que se solidariza com as vítimas e repudia o crime. A empresa afirmou que “os dois profissionais envolvidos no lamentável episódio foram imediatamente afastados de seus cargos. E, após cuidadosa investigação, foram demitidos”. A empresa não comentou sobre indenizações às famílias. Em nota, a Defensoria Pública do Estado, que defende a família do jovem com diagnóstico de esquizofrenia, informou que solicitou a revisão do valor (R$ 60 mil) estipulado pela Justiça. A Procuradoria-Geral do Estado (PGE) disse que também vai recorrer. Procurado, o governo do estado não comentou o caso.
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