Candidato do PSD, atual prefeito de Belo Horizonte tenta ser reeleito para o cargo Os jornais O GLOBO e Valor e a rádio CBN iniciaram as audiências com os principais candidatos aos prefeitos de Belo Horizonte, Rio e São Paulo. Os cinco primeiros colocados da prova na capital mineira abrirão a série esta semana: Bruno Engler (PL) participou nesta quarta-feira. Rio: veja o que é #FACT ou #FAKE na entrevista de Eduardo Paes para a GloboNews São Paulo: veja o que é #FACT ou #FAKE na entrevista de Ricardo Nunes para a GloboNews Fuad Noman (PSD), atual prefeito, foi o entrevistado nesta terça-feira. Mauro Tramonte (Republicanos) abriu a série de entrevistas nesta segunda-feira. Duda Salabert (PDT), será entrevistada na quinta; e Carlos Viana (Podemos), na sexta-feira, completa a lista de entrevistados. Veja o que é #FACT ou #FAKE na sabatina de Mauro Tramonte para O GLOBO, Valor e CBN. Veja o que é #FACT ou #FAKE na audiência de Fuad Noman para O GLOBO, Valor e CBN As entrevistas são transmitidas ao vivo pela rádio e pelos sites e redes sociais dos três veículos. Os eleitores também poderão encontrar informações por meio de relatórios e análises das assembleias. No total, serão três semanas de audiências presenciais, que terão início às 10h30, com duração aproximada de uma hora. Em todas as capitais, as audiências serão conduzidas por jornalistas e colunistas dos três veículos. Na capital mineira, os candidatos serão entrevistados pelas colunistas Bela Megale e Renata Agostini, do GLOBO e CBN, pela âncora de rádio Shirley Souza e pela jornalista Cibelle Bouças, do Valor Econômico. A equipe do Fato ou Fake conferiu as principais declarações de Bruno Engler. Leia: “Esse contrato de ônibus aqui em Belo Horizonte é um legado do governo petista. Foi feito quando as luzes se apagaram no governo Fernando Pimentel, um contrato de 20 anos.” selo fato g1 A afirmação é #FACT. Veja por quê: O atual contrato de ônibus de Belo Horizonte foi assinado em novembro de 2008, na gestão do ex-prefeito Fernando Pimentel (PT), que permaneceu no cargo de 8 de novembro de 2001 até 1º de janeiro de 2009. A concessão foi conquistada por quatro consórcios formados por 40 empresas que já operavam na cidade, cada uma com um valor específico previsto para 20 anos de operação do transporte público municipal. O maior valor do contrato ficou com o consórcio BH Leste, que prevê lucro superior a R$ 4,8 bilhões. No total, os quatro consórcios podem receber mais de R$ 16,3 bilhões, até 2028, quando está previsto o término da atual concessão. Em 2008, a tarifa da maioria das linhas de ônibus da cidade custava R$ 2,10. Atualmente, a tarifa coletiva em Belo Horizonte (BH) é de R$ 5,25, aprovada em dezembro de 2023, quando a passagem custava R$ 4,50. O reajuste afetou quase metade das linhas da cidade, representando 43,6% do total. “Quase R$ 1,5 bilhão foram gastos nos últimos 20 anos para limpar a Lagoa (Pampulha). O atual prefeito renovou o contrato da empresa que limpa a Lagoa desde 2015 e ela continua suja. sem licitação e contra a manifestação do Ministério Público.” A informação não é bem assim G1 #NOTÉBEMASSIM. Veja por quê: No início de 2024, a Prefeitura publicou um novo edital, eliminando a licitação de um contrato diferenciado, para serviços especializados de tratamento de água em Lagoa, com o consórcio Pampulha Viva, no valor de R$ 22,5 milhões. Este consórcio é formado pelas mesmas três empresas que prestam este serviço na lagoa de forma não consecutiva desde 2015. Este acordo, por sua vez, não foi alvo de críticas do Ministério Público. A Prefeitura também alegou que as empresas que compõem o Consórcio são as únicas que oferecem esse tipo de serviço, eliminando a necessidade de concorrência. Levantamento feito pelo jornal “O Tempo” constatou que cerca de R$ 1,44 bilhão foram gastos pela Prefeitura de Belo Horizonte e pela Copasa (Companhia de Saneamento) entre 2002 e 2022 para limpar a Lagoa da Pampulha. Esse valor foi tomado como base pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Lagoa da Pampulha da Câmara Municipal da capital mineira e pelo próprio deputado. Em 2022, o Ministério Público e o Ministério Público de Contas de Minas Gerais recomendaram a suspensão da contratação de um acordo de desassoreamento para Lagoa, argumentando que os métodos utilizados são “ineficazes e excessivamente onerosos”, sem abordar a causa do assoreamento e da poluição . O contrato foi fechado inicialmente, válido até setembro de 2023, no valor de R$ 15 milhões. Ainda em 2022, foi revogado e o inquérito aberto pelo MP para apurar possíveis irregularidades foi arquivado. “Há dados da Sociedade Mineira de Pediatria que mostram que metade das UBS de Belo Horizonte não tem pediatra.” selo fato g1 A afirmação é #FACT. Veja por quê: Em nota publicada no site da Sociedade Mineira de Pediatria (SMP) em maio de 2023, a instituição afirma que Belo Horizonte possui 152 Unidades Básicas de Saúde, mas apenas 78 delas contam com pediatras. O último concurso público da Câmara Municipal aconteceu em 2021 e foi aprovado em 2022. Nele foram oferecidas 11 vagas para pediatras, sendo 6 para UBS. Segundo a SMP, os dados foram discutidos com a Secretaria Municipal de Saúde, em reunião que contou com a presença da então secretária, Cláudia Navarro, Márcia Penido, presidente da Sociedade, e representantes do Sindicato dos Médicos de Minas Gerais (Sinmed-MG). . “Hoje temos cerca de 1.600 crianças aguardando vaga na educação infantil” selo fato g1 A afirmação é #FACT. Veja por quê: A lista de espera de crianças por uma vaga na educação infantil conta atualmente com 1.443 nomes, segundo dados disponíveis na plataforma de transparência da Prefeitura de Belo Horizonte. No estado de Minas Gerais, há 63,4 mil crianças aguardando vaga na educação infantil, segundo levantamento divulgado em agosto pelo Gabinete de Articulação para Efetividade da Educação (Gaepe-Brasil) e pelo Ministério da Educação (MEC). “Tive 14% dos votos aqui (Belo Horizonte) para deputado e mesmo assim sou desconhecido pela maioria da população. (…) Tive mais votos para deputado em 2022 dentro de Belo Horizonte do que tive para prefeito em 2020” selo facto g1 A afirmação é #FACT. Veja por quê: em 2020, quando concorreu pela primeira vez à prefeitura de Belo Horizonte, Bruno Engler teve 123.215 votos, 9,95% do total de eleitores. Ele ficou em segundo lugar na eleição, atrás de Alexandre Kalil (sem partido), que venceu com 784.307 votos, o equivalente a 63,36%, e ocupou a prefeitura até 2022, quando deixou o cargo para concorrer ao governo do estado. Em 2022, quando foi eleito deputado federal, Bruno Engler teve 187.741 votos só na cidade de Belo Horizonte, um aumento de 64.526 eleitores. Esse total corresponde a 13,93% dos votos na capital mineira, podendo ser arredondado para 14%. Neste ano, o parlamentar foi o deputado estadual mais votado na cidade. “Queremos trazer exames de pré-eclâmpsia e eclâmpsia, que fazem parte do pré-natal, que não são fornecidos pela prefeitura” A informação não é bem assim G1 #NÃOÉBEMASSIM. Veja por quê: A rede municipal de saúde de Belo Horizonte não oferece exame específico para identificar os quadros de pré-eclâmpsia e eclâmpsia, ambas doenças relacionadas à pressão arterial. Porém, segundo a prefeitura de Minas Gerais, o diagnóstico pode ser feito por meio de exames laboratoriais (proteinúria em amostra isolada ou). na urina de 24 horas, hemograma completo, transaminases, creatinina) e exames de imagem (ultrassonografia obstétrica e doppler materno-fetal) “Todos esses exames estão disponíveis na rede SUS-BH e são realizados de acordo com a indicação clínica de cada gestante ”, garante a prefeitura de Belo Horizonte, em nota. “Tínhamos no diretor anterior um coeficiente de construção que variava de 1,2 a 2,7 e [Alexandre Kalil] coloque um coeficiente de 1 para toda a cidade.” selo fato g1 A afirmação é #FACT. Veja por quê: O Coeficiente Básico de Uso é o índice que, multiplicado pela área do terreno, define o potencial construtivo a ser exercido gratuitamente por um empreendimento público ou privado. O novo Plano Diretor de BH, aprovado em abril de 2023, reduziu esse coeficiente. Anteriormente, de acordo com o plano aprovado em 1996, as diferentes áreas da cidade variavam de 1,2 a 2,7. Agora, o coeficiente é de apenas 1 para toda a cidade, com exceção das áreas ambientais. Na prática, isso significa que uma construtora só pode construir o terreno uma vez e, para construir mais, precisa comprar potencial construtivo, encarecendo obras como prédios e estruturas. A prefeitura defende que a decisão de definir um coeficiente básico único e unitário, exceto para áreas ambientais, visa equalizar direitos à propriedade urbana e é fundamental para gerir a valorização dos terrenos urbanizados e para a divisão equitativa de cargas e benefícios no adensamento da cidade. Outro argumento é que a técnica de trabalhar com coeficiente de aproveitamento de 1,0 com possibilidade de superá-lo conforme a capacidade de suporte é difundida em outras capitais brasileiras e em outras cidades do mundo. “A primeira coisa para você resolver o problema dos moradores de rua é entender o problema. Esse fato de termos mais ou menos cinco mil moradores de rua é ridículo. Só na região central temos isso. pelo menos saber quantos moradores de rua tem em BH, como ela vai trabalhar para resolver o problema?” A informação não é bem assim G1 #NOTÉBEMASSIM. Veja por quê: Não há consenso sobre o número de moradores de rua em Belo Horizonte. Existem duas pesquisas sobre essa população que utilizam critérios diferentes e, portanto, apresentam disparidades nos dados. O Observatório Brasileiro de Políticas Públicas para a População em Situação de Rua (OBPopRua), da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), extrai dados do Cadastro Único (CadÚnico) — banco de dados do governo federal para recebimento de benefícios sociais, atualizado pelas próprias prefeituras , por meio dos chamados CRAS (Centros de Referência de Assistência Social). Segundo o último levantamento da OBPopRua, de julho deste ano, são 13.626 pessoas em situação de rua em Belo Horizonte. Enquanto isso, o Censo Pop Rua 2022 — realizado em parceria entre a prefeitura e a Faculdade de Medicina da UFMG — mostra que há 5.344 moradores de rua na capital mineira. Esta pesquisa foi realizada entre os dias 19 e 21 de outubro de 2022 e publicada em junho deste ano. A definição de pessoa em situação de rua adotada é a mesma estabelecida pela Política Nacional para a População em Situação de Rua. A pesquisa também contou indivíduos que foram encontrados morando em casas improvisadas, conforme conceito utilizado pelo IBGE. O Censo também excluiu da contagem as pessoas que se recusaram a participar e aquelas que não conseguiram consentir na pesquisa, por exemplo, por estarem sob efeito de drogas ou por terem transtornos mentais graves. A taxa de recusa foi de 18,7%. Procurada, a prefeitura afirmou que “os dados divulgados por algumas instituições de mais de 10 mil pessoas em situação de rua consideram informações do CadÚnico, abrangendo todos os cadastros já realizados no município ou sem atualização. Ou seja, considera o histórico de pessoas que já passaram por essa situação ou que já passaram pelo município, e não a situação atual”. A gestão municipal explicou ainda que “os resultados do Censo foram validados externamente por outras bases de dados, como dados de vacinação da população em situação de rua durante a pandemia”. Participaram dessa verificação: Daniel Biasetto, Giovanna Durães, Lucas Guimarães, Rita Azevedo, Pedro Bohnenberger, Fernanda Alves, Rodrigo Salgado e Letícia Dauer.
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