O resumo da decisão tomada pela Corte será discutido pelos ministros. As diretrizes servirão de guia para a aplicação da decisão do Tribunal em outras instâncias. O Supremo Tribunal Federal (STF) deverá encerrar, nesta quarta-feira (26), o julgamento do recurso sobre porte de maconha para uso individual. Os ministros definirão a tese, uma espécie de resumo da conclusão de que a posse da substância para consumo pessoal não é crime. Essas diretrizes serão utilizadas pela Corte para julgar casos semelhantes. STF forma maioria para descriminalizar porte de maconha A proposta de tese deve ter o texto discutido pelos ministros e estabelecer a quantidade de maconha que diferenciará o usuário do traficante. Segundo o Conselho Nacional de Justiça, há pelo menos 6.345 processos suspensos enquanto aguardam resultado. O impacto poderá ser maior, porém, à medida que o novo entendimento possa ser aplicado a investigações criminais sobre o mesmo assunto, ou seja, procedimentos em fase pré-processual. Recurso Ainda é possível recorrer da decisão do STF: são os chamados embargos de esclarecimentos, utilizados para solicitar esclarecimentos sobre pontos da decisão. Esses pedidos devem ser apresentados no prazo de cinco dias após a publicação do acórdão (toda a decisão colegiada), pois devem basear-se precisamente nos detalhes do acórdão. As partes envolvidas no processo poderão solicitar, por exemplo, alterações na redação da tese ou detalhamento de alguns assuntos. Plenário do STF nesta terça-feira (25). Antonio Augusto/STF Não há legalização O Supremo Tribunal Federal não legalizou o uso de substâncias. Ele apenas entendeu que, em relação especificamente à maconha, não é crime a conduta de ter consigo uma quantidade para uso próprio. Esta prática, no entanto, continuará a ser um ato ilegal, mas de natureza administrativa, porque as sanções terão caráter educativo: alertar sobre os efeitos das drogas; medida educacional de frequência a um programa ou curso educacional. Diferença entre usuário e traficante Os ministros estabelecerão um critério, baseado na quantidade da substância entorpecente, para diferenciar o usuário do traficante. A definição de uma quantidade que possa separar os usuários dos traficantes deverá ajudar a polícia e a Justiça a garantir tratamento igualitário para situações semelhantes. Porte de maconha para consumo individual: veja quais são os próximos passos e os efeitos da decisão do STF Na prática, o objetivo é evitar que casos de uso sejam enquadrados como tráfico de drogas por falta de uma regra clara que separe as duas situações . A definição de um marco é necessária porque a norma aprovada pelo Congresso não o faz expressamente. A Lei sobre Drogas de 2006 determina que cabe ao juiz avaliar, em caso específico, se a droga é de uso individual. Para tanto, o juiz deverá levar em consideração os seguintes requisitos: a natureza e a quantidade da substância apreendida; o local e as circunstâncias da apreensão; a situação social e pessoal da pessoa que transporta o produto, bem como a sua conduta e antecedentes. Ou seja, não existe um critério quantitativo específico estabelecido em lei. Como resultado, a avaliação foi deixada para o Tribunal. Congresso A decisão do tribunal, porém, não poderá encerrar a discussão sobre o assunto. Isso porque o Congresso Nacional – em reação ao movimento da Corte sobre o tema – trabalha para aprovar uma mudança na Constituição que torne crime o porte de qualquer quantidade de drogas. Nesta terça-feira, após sessão do STF, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, considerou que houve uma “invasão de competência” do Legislativo. Pacheco diz discordar da posição do STF sobre porte de maconha para uso pessoal e fala em invasão de competência do Congresso “Discordo da decisão do Supremo Tribunal Federal [sobre descriminalização]. Acredito que a descriminalização só pode ocorrer através do processo legislativo e não através de uma decisão judicial. Há um caminho específico a seguir nessa discussão que é o processo legislativo”, declarou o parlamentar”. Também nesta terça, o presidente da Câmara, deputado Arthur Lira (PP-AL), anunciou a criação de uma comissão especial para analisar o texto aprovado pelo Senado. No plenário da Câmara, a decisão do STF gerou debate entre os deputados.
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