Simplicidade é um conceito que falta numa altura em que as superproduções AAA apostam em experiências cada vez mais profundas e mecanicamente complexas. Livre dos vícios de uma indústria saturada, com produtos que exigem cada vez mais tempo e dedicação do jogador, Warhammer 40.000: Fuzileiro Naval 2 nos lembra que os videogames são, acima de tudo, uma diversão intransigente. Porque às vezes menos é mais. Há momentos em que tudo o que queremos é sentar em uma cadeira confortável, desconectar o cérebro dos compromissos da vida e brincar.
Como que por milagre, o segundo episódio da série chega com um atraso de mais de uma década depois Warhammer 40.000: Fuzileiro Naval Espaciallançado para PlayStation 3, Xbox 360 e PC, um dos jogos mais queridos pela comunidade, apesar da recepção um tanto morna da crítica especializada. Para ser mais exato, foram necessários treze anos e duas gerações de consoles antes que uma nova jornada do Capitão Titus visse a luz do dia.
Marinha Espacial 2 exala a essência dos títulos de ação da sétima geração de consoles: simples, objetivos e regidos pela jogabilidade, com menos interrupções na história e mais combates. É aquele tipo de jogo que você liga e começa a atirar, uma fusão perfeita entre shooter e hack and slashque não poupa munição para explodir nossos níveis de adrenalina, como um filme de brucutu dos anos 1980. Animado e quer saber se vale a pena? Confira nossa análise completa.
Show de testosterona: jogabilidade visceral é a alma de Space Marine 2
Para quem não sabe, imagine a mecânica de tiro de Engrenagens da Guerramas sem o sistema de capa, marca registrada da série, e com o estilo “hack and slash” dos antigos Deus da Guerra. É isso Marinha Espacial 2. Se você jogou o primeiro game, já sabe exatamente o que esperar: uma aventura condensada em uma estrutura de campanha mais linear, com pouca conversa, muita ação, litros de sangue e tripas voadoras. Embora algumas áreas possam parecer grandes corredores, elas são largas e revelam diversas bifurcações.
Há pouca abertura para explorar os cenários, o que evidencia que a exploração não é o foco. Existem colecionáveis que são responsáveis por contextualizar um pouco mais a densa tradição da franquia. Martelo de guerraservindo como pequenos estímulos enquanto Titus busca fôlego em meio aos tiros, mas é basicamente isso.
É preciso ficar atento, porém, às caixas de suprimentos localizadas em pontos estratégicos dos mapas, no melhor estilo de atirador dos anos 1990. Eles são usados para reabastecer munição, trocar os trabucos do arsenal e coletar kits de cura. Estratégia é uma palavra que não faz parte do dicionário de Marinha Espacial 2Porém, é importante saber o momento certo de se afastar das “besteiras” para repor seus recursos.
Fonte: TecMundo
O combate tem um ritmo agradavelmente caóticocom enxames de Tyranids brotando de “formigueiros” nos cantos mais inusitados das arenas. Martelo de guerraàs vezes medieval, às vezes futurista. O Swarm Engine, motor proprietário da Sabre Interactive, estúdio que assina Marinha Espacial 2faz maravilhas, seja pelo seu sistema de iluminação que dá vida à grandiosidade dos ambientes, seja por conseguir reproduzir milhares de inimigos, cada um com um padrão de comportamento distinto, que se movem de forma independente e reagem com astúcia às ações de Titus.
A ausência de sistema de cobertura durante conflitos armados é intencional para favorecer o ritmo do jogo, pois são as lutas físicas que ditam o ritmo aqui. Na verdade, não há como enfrentar Marinha Espacial 2 como um jogo de tiro em terceira pessoa: você também precisa fazer justiça com as próprias mãos, desmembrando os xenos para restaurar suas barras de saúde e armadura – caso contrário, você será uma presa fácil até mesmo para os inimigos mais básicos.
Visceral, frenético e brutal, a sensação de jogar a sequência Marinha Espacial é igual ao seu antecessorum jogo com mais de uma década que provou ser o teste do tempo quando se trata de mecânica de combate. A evolução da jogabilidade, porém, é evidente, principalmente pelos refinamentos no sistema de esquiva e na ação de aparar, que agora recompensa o jogador que conseguir decifrar o timing dos ataques.
Fonte: TecMundo
Beleza na carnificina
Muitos podem considerar uma advertência que Marinha Espacial 2 tendo herdado a mesma fórmula de sucesso desde o primeiro episódio, tanto nas qualidades quanto nos defeitos. Porém, uma coisa não pode ser negada: dá o salto geracional que se espera de um produto lançado apenas para PC e consoles atuais, contribuindo para uma sensação de escala que poucos lançamentos conseguem entregar.
“Os gráficos não importam”, muitos dirão, mas, aqui, o deslumbre visual faz parte do espetáculo que o jogo promove. Estável em seus dois modos, qualidade e velocidade, Sabre Interactive transformou um episódio da franquia Martelo de guerra em um benchmark para a geração PS5 e Xbox Series X. E não é só em termos gráficos, não.
A inteligência artificial, desde inimigos até aliados, se destaca em relação a outras experiências do mesmo gênero, principalmente em dificuldades maiores, criando um grau de desafio que busca extrair as habilidades de Rambo do jogador. Assim como Marcus Fenix no início de EngrenagensTitus despedaça monstros com “sangue nos olhos” em execuções quase coreografadas, permitindo-nos apreciar cada partícula de carne xenomorfa sendo brutalmente arrancada dos ossos.
Fonte: TecMundo
A quantidade de elementos visuais enquanto o Tenente Titus estripa um Carnifex é impressionante e deve satisfazer os inspetores de resolução e taxa de quadros da Internet. Quer você goste da franquia ou não, Marinha Espacial 2 É um exemplo da excelência técnica que as produções da geração atual devem buscar daqui para frente.
Os cenários, por sua vez, são bem mais diversificados e deixam para trás a paleta laranja que caracterizou o primeiro Marinha Espacial. De pântanos a florestas e bases militares, é notável a dedicação do estúdio em evitar a reciclagem dos mesmos mapas. Apesar disso, é verdade que não temos muitos planetas para visitar e as criaturas começam a ser reutilizadas excessivamente já a um terço da campanha.
História? Que história?
Brincadeiras à parte, é claro Marinha Espacial 2 tem uma história; simplesmente não é o ponto central da experiência – e, consequentemente, desta análise. Antes que você se pergunte: não, você não precisa ter conhecimento prévio do jogo anterior, nem da franquia, para aproveitar o novo capítulo. Mesmo assim, como é repleto de referências ao primeiro episódio e à franquia em geral, não vou mentir: dá para “flutuar” em algumas explicações.
Fonte: TecMundo
Como sempre fazemos, nos limitaremos a dar detalhes da história para evitar spoilers e não estragar a experiência de ninguém. Tudo o que você precisa saber é que a aventura se passa duzentos anos depois dos acontecimentos do primeiro Marinha Espacial.
O capitão Titus, logo no início, sofre um ataque devastador e fica à beira da morte. Como parte de um recomeço, seu corpo é totalmente reconstruído e ele assume um novo esquadrão na posição de tenente. Acompanhado de Chairon e Gadriel, seu objetivo inicial é investigar a existência de um misterioso projeto conhecido como Aurora, uma suposta ameaça à segurança da humanidade.
É sempre bom elogiar quando um jogo é adaptado para o nosso idioma: há legendas em português brasileiro, diferentemente do título de 2011, que é um presente para os fãs da série. A melhor maneira de se preparar para Marinha Espacial 2 é abrir-se à jogabilidade, já que a narrativa se desenrola num plano mais secundário, cuja intenção é fornecer um pretexto para a luta.
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Os modos multijogador aumentam a vida útil
A campanha dura entre 12 e 15 horas, dependendo da dificuldade escolhida, podendo até ser completada com a ajuda de outros dois jogadores. Você também pode alternar entre diferentes modos a qualquer momento a partir de uma área central, um hub, que “une” todas as opções de jogo que você tem. Marinha Espacial 2 tem a oferecer.
Além da história, que serve como uma boa introdução aos mecanismos de combate, o pacote inclui dois modos multiplayer robustos – cooperativo e PvP – com suporte para crossplay, garantindo longevidade a um dos sistemas de combate mais satisfatórios que já testei. O principal atrativo de ambos os modos é o sistema de progressão baseado em níveis, que permite evoluir armas, personalizar a aparência das armaduras e lançar novos equipamentos à moda antiga, ou seja, sem pagar um dólar a mais por isso.
As missões do modo cooperativo, vale destacar, estão diretamente ligadas à história e estimulam o esquadrão a revisitar momentos vividos pelo grupo do Capitão Titus, mas sob uma perspectiva diferente. São invasões que nada devem às atividades principais da campanha, podendo levar mais de uma hora para serem concluídas. Felizmente, a progressão é justa e concede pontos de experiência mesmo quando o jogador não consegue cumprir todas as metas estabelecidas.
Fonte: TecMundo
Outro aspecto que merece destaque é que, embora o título esteja sempre conectado a um servidor, o que de fato resulta em telas de carregamento mais longas e frequentes, você pode aproveitar a campanha e o modo cooperativo 100% offline, com bots assumindo o controle dos Ultramarines. ‘lugar para completar o pelotão. Esta é uma solução bem-vinda para quem não gosta de depender de fatores externos para jogar.
Veredicto
Avesso à complexidade, Warhammer 40.000: Fuzileiro Naval 2 liberta-se dos vícios dos jogos atuais, oferecendo uma experiência simples e 200% dedicada à jogabilidade. Por mais áspero que seja e honesto em seu conjunto de modos – campanha, cooperativo e PvP –, Marinha Espacial 2 Herda o espírito simplista das produções do final da década de 2010, quando éramos mais felizes e menos exigentes, mas apresenta-se como referência para a geração atual. O que temos aqui são os videojogos na sua mais pura essência.
Nota de voxel: 90
Pontos positivos (prós):
- Exala a “vibração” simplista dos jogos de PlayStation 3 e Xbox 360;
- Em tempos de jogos quebrados, seu visual e desempenho surpreendem;
- A jogabilidade é a síntese do satisfatório: a palavra de ordem é sentar;
- Modos multiplayer com ótimo sistema de progressão, pensados para aumentar a durabilidade da experiência;
- A história tem seus momentos e incentiva o jogador a se aprofundar no universo Warhammer.
Pontos negativos (contras:
- Reciclagem de inimigos e determinados cenários;
- Muitas telas de carregamento.
Warhammer 40.000: Fuzileiro Naval 2 foi gentilmente cedido pela Focus Entertainment para fins de análise no PlayStation 5. O jogo chega para PS5, Xbox Series X e PC.
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