O valor começa a ser pago no dia 1º de julho, para atividades relacionadas ao mandato. Atualmente, o salário mensal dos parlamentares é de R$ 33 mil, mais auxílio moradia, saúde e alimentação, que pode chegar a R$ 13,8 mil. Imagem da Diretoria da Alepe durante a votação do reajuste de 20% nas verbas do gabinete. Valor permitido passou para R$ 60 mil mensais por deputado estadual. Reprodução/TV Alepe A Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) aprovou um reajuste de 20% nos orçamentos de gabinete dos parlamentares estaduais, o chamado “orçamento de remuneração”, que é utilizado para despesas de trabalho. Com a aprovação, o novo valor passa para R$ 60 mil mensais, para cada deputado estadual, e entra em vigor no dia 1º de julho. Clique aqui para acompanhar o canal g1 PE no WhatsApp. A votação ocorreu no dia 19 de junho, com aprovação unânime dos presentes, em menos de um minuto. Assim como o aumento dos salários dos deputados, o reajuste da cota para realização de atividades parlamentares é proposto, votado e aprovado pelos próprios deputados, sem interferência de outras instituições. O dinheiro da cota parlamentar poderá ser gasto, por mês, nas seguintes despesas, com pagamento comprovado por fatura: Imóveis de apoio à atividade parlamentar, até o limite de R$ 12.500 (aluguel; condomínio; IPTU e taxas; seguro contra incêndio ; aluguel de móveis e equipamentos; contratação de serviços relacionados à internet e esgoto; Contratação de empresa para locação de veículos para atendimento do parlamentar; Pagamento de conselheiros vinculados ao escritório, até o limite de R$ 16.300; Empresas de assessoria jurídica, para apoio à atividade parlamentar, até o limite de R$ 10.800; Contratação de consultorias e trabalhos técnicos, inclusive pesquisas sociais e econômicas, até o limite de R$ 20.700; Divulgação da atividade parlamentar, até o limite de R$ 20,7 mil, incluindo contratação de consultorias nas áreas: planejamento, organização, informação e gestão; produção de vídeos ou documentários; preparação de palestras, exposições e reuniões inerentes à atividade parlamentar; e manutenção de site e perfil em redes sociais; Serviços de telecomunicações, inclusive contas de telefone convencional, desde que o parlamentar seja titular, e contas de celular do parlamentar e de seus assessores, até o limite de R$ 5.800; Serviços e produtos postais; assinatura de publicações; fornecimento de alimentos para parlamentares; Serviços de segurança de empresa especializada, até o limite de R$ 8.700. As informações sobre o projeto de reajuste orçamentário do gabinete estão no site da Alepe, mas não são de fácil compreensão. Ao ler a proposta deste ano, por exemplo, é possível perceber que o reajuste aprovado foi de 20%, em relação ao valor anterior; mas a proposta não diz qual foi o valor, validado em 2023. Quem acompanhar para ver o valor para 2022 vai se deparar com as mesmas informações, sem valores explícitos de quanto cada deputado estadual poderia gastar com essa cota de recursos. Só voltando ao ano de 2021, no site da Alepe, é possível descobrir que a Resolução 747, de agosto, definiu que o orçamento do gabinete seria de R$ 29.650, por deputado, por mês. Assim, acompanhando novamente a trajetória anual dos projetos de reajuste no site, é possível verificar que o valor atingiu o teto de R$ 60 mil, que valerá a partir da próxima segunda-feira, 1º de julho, após três reajustes anuais: Em maio de 2022, os deputados estaduais aprovaram reajuste de 34%, aumentando a cota para R$ 39.731; Em 2023, foi aprovado outro aumento, de 26%, e o orçamento mensal do gabinete para cada deputado atingiu R$ 50.061,06; Em 19 de junho de 2024, com o reajuste de 20% aprovado pela Alepe, o novo valor da cota parlamentar, por mês, passou para R$ 60.073,27. A cota parlamentar é opcional. Cada mandato pode gastar até o limite de R$ 60 mil por mês. Mas não ter atingido o teto de gastos mensais não significa que o deputado estadual não possa utilizar o dinheiro até o final de cada ano. É possível apresentar notas fiscais que comprovem a utilização dos recursos até janeiro do ano seguinte, e completar o limite por mês, totalizando em 2024 um valor que pode chegar a R$ 660,8 mil por deputado, ou R$ 32,3 milhões para o grupo de 49 parlamentares estaduais em Pernambuco. Em 2024, a remuneração de cada deputado estadual em Pernambuco é composta por: Salário mensal de R$ 33.006,39 Auxílio moradia de R$ 7.261,40 (22% do salário), conforme algumas regras (veja abaixo); Benefício de saúde de R$ 3.300,63 (10% do salário); Auxílio alimentação de R$ 3.300,63 (10% do salário); Total pode chegar a R$ 46.869,05 A partir de 1º de fevereiro de 2025, a remuneração será: Salário mensal de R$ 34.774,64; Auxílio moradia de R$ 7.650,42; Auxílio saúde de R$ 3.477,46; Vale alimentação de R$ 3.477,46; O total poderá chegar a R$ 49.379,98. Cada parlamentar recebe ainda, no primeiro e no último ano do quadriênio, um auxílio de subsistência igual a um salário mensal, recurso que antes era chamado de “auxílio-jaqueta”. Prestação de contas mensal, com crédito até dezembro No Portal da Transparência Alepe há contas dos gastos de cada parlamentar nos últimos meses. Abril: Em abril de 2024, por exemplo, 45 dos 49 deputados utilizaram o orçamento do gabinete, totalizando R$ 2.154.670,43. Quatro deputados gastaram exatamente o teto: Álvaro Porto (PSDB) – presidente da Alepe, Gilmar Júnior (PV), João de Nadegi (PV) e Luciano Duque (Solidariedade). Ao todo, 34 parlamentares gastaram mais de R$ 49 mil; O menor valor gasto foi o de Jarbas Filho (MDB), que utilizou R$ 32.792,45. Aglailson Victor (PSB), Diogo Moraes (PSB), Gleide Ângelo (PSB) e Izaías Régis (PSDB) não declararam gastos com verbas ministeriais neste mês. Maio: Em maio, 43 deputados gastaram recursos do orçamento de remuneração, totalizando R$ 1.922.974,84 em despesas; Mais uma vez, três deputados gastaram exatamente o maior valor permitido: o presidente da Câmara, Álvaro Porto (PSDB); João de Nadegi (PV); e Luciano Duque (Solidariedade); Neste mês, 28 parlamentares gastaram mais de R$ 49 mil; O menor valor gasto foi o de Cleber Chaparral (União Brasil), que utilizou R$ 13.916; Doriel Barros (PT), Eriberto Filho (PSB), Gleide Ângelo (PSB), Izaías Régis (PSDB), Jeferson Timóteo (PP) e Renato Antunes (PL) não apresentaram faturas sobre o gasto desses recursos no mês de maio . Gastos dos deputados estaduais com verbas de compensação O que dizem os parlamentares A Assembleia Legislativa de Pernambuco e os deputados Álvaro Porto (PSDB) e João de Nadegi (PV) não quiseram comentar o aumento da cota parlamentar; Diogo Moraes (PSB) disse que quem deveria se manifestar era o Conselho de Administração, responsável pela parte administrativa da Alepe; Gilmar Júnior (PV) explicou que usa o dinheiro para contratar serviços estritamente necessários; Luciano Duque (Solidariedade) disse que a cota é utilizada para despesas não cobertas pela Alepe. Regras para auxílio moradia para deputados estaduais em Pernambuco: O deputado ou cônjuge não pode possuir imóvel residencial no Grande Recife; O deputado não poderá ter bens funcionais disponíveis para uso; O cônjuge, companheiro ou quem mora com o deputado não pode ocupar imóvel funcional nem receber auxílio-moradia ou auxílio-moradia. VÍDEOS: mais vistos em Pernambuco nos últimos 7 dias
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