A seca atinge 641 dos 645 municípios paulistas, quase todo o estado, incluindo Sorocaba, Jundiaí, Bauru e São José do Rio Preto (SP). Incêndio iniciado nesta quarta-feira (21) atingiu 120 alqueires entre Taquarituba e Coronel Macedo (SP) Defesa Civil de Taquarituba O interior de São Paulo enfrenta um período intenso de seca, com condições extremas e severas de estiagem em mais da metade do estado de São Paulo. Nas regiões de Sorocaba, Jundiaí, Itapetininga, Bauru e São José do Rio Preto (SP), a situação não é diferente, mostram dados do Governo Federal (veja mapa abaixo). Participe do canal g1 Sorocaba e Jundiaí no WhatsApp Segundo o Centro Nacional de Monitoramento de Desastres Naturais (Cemaden), responsável por gerenciar e direcionar ações de combate às crises climáticas, esta é a maior seca já registrada no Brasil desde 1950 e afeta o país em geral, com exceção do Rio Grande do Sul. A seca atinge 641 dos 645 municípios paulistas, quase todo o estado. Confira as condições enfrentadas em SP: Seca severa: 238; Seca moderada: 192; Seca extrema: 184; Seca fraca: 27. Em julho, Sorocaba enfrentava uma seca moderada. Porém, as cidades vizinhas Alumínio – que está no mapa de alerta máximo para incêndios, criado pelo governo do estado – e Mairinque (SP) estavam em situação de seca severa, aponta Cemaden. Na região de Jundiaí, Campo Limpo Paulista, Itatiba, Itupeva, Jarinu e Várzea Paulista (SP) também passaram por situação de forte estiagem. A forte seca também se estende a Pindorama (SP), na região de Rio Preto, onde um homem foi preso e multado em mais de R$ 330 mil após atear fogo em um canavial. Além de enfrentar forte seca, o noroeste paulista precisa lidar com incêndios. Em Fernandópolis (SP), um incêndio devastou aproximadamente 15 mil hectares de mata nativa e um canavial. Sequência de imagens mostra seca avançando ano a ano Art/g1 Por que a seca no Brasil é tão severa? A resposta a esta pergunta não é tão simples. O que especialistas explicam é que é multifatorial e leva em consideração alguns pontos: El Niño: o fenômeno, que aquece o Oceano Pacífico, contribuiu para o aumento das temperaturas no país e alterou os padrões de chuvas. O El Niño também gerou uma seca intensa no norte do país, que bateu recordes. Bloqueios atmosféricos: A expectativa era que o El Niño acabasse e a seca terminasse em abril deste ano, o que não aconteceu. Isso porque os bloqueios atmosféricos impediram o avanço das frentes frias pelo país, deixando chuvas abaixo da média em quase todo o mapa, com exceção do Rio Grande do Sul. Aquecimento do Atlântico Tropical Norte: Nos últimos meses, o Oceano Atlântico Tropical Norte tem estado mais quente que o normal, o que contribuiu para mudanças nos padrões de chuvas em todo o país, prolongando a seca iniciada em 2023. A soma desses fenômenos, que A mudança nos padrões de precipitação e temperatura durante um período tão longo e sem tréguas, foi o que fez com que a seca se intensificasse e se espalhasse por todo o país. Homem preso por atear fogo em canavial é multado em mais de R$ 300 mil em Pindorama (SP) Divulgação/Polícia Ambiental Veja mais notícias da região no g1 Sorocaba e Jundiaí VÍDEOS: assista reportagens da TV TEM
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