Novo debate entre candidatos à prefeitura de São Paulo tem denúncias e muitos direitos de resposta | Eleições 2024

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Datena, do PSDB, foi avisado ao sair da cadeira e foi em direção a Pablo Marçal após ser provocado e chamado para briga pelo ex-técnico. O conflito começou depois de Datena ter dito que no primeiro debate desta campanha Marçal lhe telefonou sugerindo que combinassem ataques aos adversários.

‘Ele me ligou um dia antes do debate da Band para tentar armar para mim, eu atacando o Ricardo Nunes e ele atacando o Boulos. Eu falei, rapaz, isso não é ético’.

Marçal disse que, após o primeiro debate, Datena ligou para ele dizendo que não quer ser prefeito e que não se importa com a campanha.

A candidata Tabata Amaral, do PSB, aproveitou o debate para apresentar nova denúncia contra Marçal. Ela publicou nas redes a ação que apresentou à Justiça Eleitoral contra Pablo, Levy Fidelix e o partido PRTB

‘Estou entrando com uma ação na Justiça Eleitoral, fazendo uma nova representação com as ilegalidades que reunimos, mostrando como foi que ele novamente, com financiamento ilegal, com uso abusivo do poder econômico, conseguiu tantos seguidores’

Nas suas redes, Tábata partilhou a denúncia de que Marçal utilizava dados obtidos em atividades comerciais (como venda de cursos) para fins eleitorais. A sua campanha alega que houve desvio de finalidade, contrário à lei de proteção de dados e à legislação eleitoral. A ação diz ainda que e-mails massivos foram enviados aos eleitores após ordem judicial suspendendo suas redes, convidando-os a segui-lo em novos perfis

Ricardo Nunes, do MDB, aproveitou sua primeira pergunta para questionar Marçal sobre uma reportagem publicada no portal UOL que contém áudio das escutas telefônicas da investigação da Polícia Federal que levou à prisão de Pablo (PRTB). O caso aconteceu em 2005, por participação em esquema de fraude bancária em Goiás.

‘PCC chuchuca, hoje, por exemplo, o UOL traz uma grande revelação. Seus áudios, sua voz, porque você é o M da Mentira, mas sua voz está aí, participando ativamente dessa organização criminosa’.

Marçal voltou a dizer que não obteve lucro com o esquema. O candidato do PRTB não comentou os áudios em que fala sobre a lista de e-mails captados com um dos integrantes da quadrilha, apesar do questionamento de Nunes. A influenciadora também não refutou a denúncia de Tábata Amaral. O candidato aproveitou o tempo para falar sobre denúncias de desvios em subprefeituras, sem apresentar provas, e trouxe ao debate uma investigação da Polícia Federal sobre a máfia das creches.

‘Bananinha está desesperado porque sua campanha se desintegrou. Tem como ganhar essa prefeitura, porque se eu ganhar você vai ficar preso na próxima vez, por causa dos desvios que aconteceram em creches que você sabe muito bem que está escondendo. Você é um prefeito que não olha para as subprefeituras.

Ricardo Nunes se defendeu dizendo que não foi indiciado no caso da creche. Guilherme Boulos, do Psol, também relembrou a investigação sobre a máfia das creches e focou nas críticas à atual gestão

‘Sou contra a privatização da Sabesp, já me manifestei mais de uma vez. Meu partido foi autor de uma ação no Supremo Tribunal Federal. Vimos também, e disse isto no último debate, o que aconteceu em relação à privatização dos cemitérios. Uma pena feita por Ricardo Nunes. As pessoas estão pagando quatro vezes mais para enterrar seus entes queridos, sendo humilhadas nos portões do cemitério. Uma indústria da morte foi criada. Vou reverter esse tipo de coisa. Agora existe uma concessão que funciona’.

Ao final do debate, os candidatos concederam breves entrevistas à imprensa. Pablo Marçal, que acabou sendo alvo da maioria das perguntas, disse que não era possível debater com os seus adversários que eram todos comunistas. O influenciador disse ainda que a partir de agora vai internacionalizar a campanha com reuniões com presidentes.