Neste dia 29 de agosto são comemoradas duas datas importantes: o possível fechamento do Twitter no Brasil, e o Dia do Gamer. Diferentemente da rede social de Elon Musk, a cultura dos games continua crescendo no Brasil e no mundo — sendo parte crucial de uma indústria lucrativa, que gerou mais de US$ 183 bilhões internacionalmente só em 2023.
Aqui no Brasil, quase 74% da população já joga alguma coisa, sendo que 47% do público prefere jogos mobile — segundo dados divulgados pela Pesquisa Game Brasil (PGB) este ano. Com essa adoção, a importância dos jogos para os brasileiros fica ainda mais evidente, com 85% deles declarando-os como sua principal forma de entretenimento.
Apesar de todo o sucesso, se você também não sabe o motivo da comemoração da data, justamente neste dia, a gente explica! A data foi marcada lá na Espanha, em 2008, por um grupo editorial focado em games. Bastante simples, a ideia era valorizar a cultura gamer como hobby, trabalho, arte, entretenimento e suas inúmeras outras aplicações.
@voxeloficial Dia do Gamer: qual a sua primeira lembrança gamer? #jogos de vídeo #diadogamer #jogos #jogos ? som original – Voxeloficial
Perpetuando o legado de nossos colegas espanhóis, o Voxel celebra o dia deste jogador trazendo histórias especiais de nossos colaboradores — seja o dia mais memorável com um jogo querido ou a primeira lembrança com um console. Conectar!
Equipe do Voxel relembra momentos memoráveis com jogos
Adriano Camacho (Assistente de Edição)
Começando por esse palestrante, o caçula do Voxel, preciso confessar que minha experiência com o mundo dos games começou antes do que eu conseguia lembrar. Graças aos meus pais, fãs absolutos do Super Nintendo, há fotos minhas com um controle desde os primeiros meses. Embora meus primeiros jogos oficiais tenham sido provavelmente País de Donkey Kong e Aladim, seria mais justo dizer isso Super Mário Mundo e Megaman X Eles conquistaram meu coração de verdade – cerca de quatro ou cinco anos atrás.
Eventualmente tive a sorte de jogar Super Metroide, Castlevania IV, Zumbis comeram meu vizinho e Cavaleiros do pôr do sol em um enorme Toshiba CRT. Naquela época, eu não tinha ideia de que se tratavam de futuros clássicos e, de qualquer forma, eram títulos sem nome — carinhosamente chamados de “western” ou “jogos de zumbis” por amigos e familiares. E, claro, grande parte dessa variedade foi fornecida por locadoras icônicas.
Cavaleiros do Pôr do Sol, SNES.
Embora essas memórias sejam um tanto memoráveis, nada foi tão especial quanto acordar na manhã de um aniversário e se deparar com um PlayStation 1 Slim novinho em folha. Naquela época, no auge dos meus 8 anos, nada parecia tão bonito quanto os gráficos do Bater Bandicooto querido “Little Fox Game”. A partir daí, não demorou muito para eu me apaixonar por Residente Mal 3, Eva Parasita, Tekken 3 e muitos outros jogos da temporada.
E então veio o PlayStation 2 com Residente Mal 4, Xbox 360 com Residente Mal 5 e muitos outros clássicos. Nesse ínterim, tive a sorte de jogar nos portáteis da Nintendo e da Sony e até me divertir Torneio Irreal 98 em um Windows XP. Demorei para adotar o PC e o Steam como principal plataforma para jogar, mas a praticidade e os preços me convenceram — mudando significativamente um hobby que antes só era possível através cópias sustentáveis, alugado ou emprestado de jogos.
Wesker, em Resident Evil 5.
Hoje em dia a sensação de jogar já não é a mesma, admito, mas ainda há muita daquela “magia nostálgica” ao experimentar Almas Negras, Anel Elden, A vida é estranha, O bruxo e muitos outros títulos. O curioso disso é relembrar a jornada, compartilhar aqui no Voxel, e só agora entender que talvez eu goste tanto da From Software por morrer excessivamente em Mega Man X.
Bom, depois de conversar bastante, perguntei aos meus colegas sobre a lembrança mais antiga ou memorável deles com o mundo dos games — confira abaixo, em primeira mão!
Mateus Mognon (Editor)
“Embora eu tenha muitas lembranças antigas de ver parentes jogando no Mega Drive, Super Nintendo e PC, o momento com videogames que mais marcou minha infância foi quando ganhei um PlayStation 1. Meu pai comprou o modelo Slim usado do meu tio e o Delivery foi não é muito suave. O console veio dentro de duas sacolas de supermercado com um porta CD cheio de jogos piratas, além de uma fonte de alimentação bem pesada.
Spyro, PS1.
Jogos como Espião, Dragon Ball Z e o icônico Brazukas Fizeram muito sucesso no interior de Lagoa Vermelha-RS. Curiosamente, o console só foi aposentado quando ganhei um Xbox de primeira geração — sim, faço parte do seleto clube que o jogou Halo 2 e coisas do gênero neste monstro que tentou competir com o PS2.”
Derek Pupo (editor de conteúdo de vídeo)
“Foi a final da Copa do Mundo de 2002. Como os jogos daquela edição aconteciam nas primeiras horas da manhã, toda a família se reunia na casa da minha avó para esperar. Naquele dia, a partida era logo pela manhã, então matamos o tempo competindo em Final Mortal Kombat 3no Super Nintendo do meu tio.
Final Mortal Kombat 3.
Foram horas de jogo até a final da Copa do Mundo, e foi aí que minha paixão por Mortal Kombat começou com o Final tornando-se um dos meus 5 jogos favoritos de todos os tempos. Foi um dia feliz: brincamos Mortal Kombat e o Brasil sagrou-se pentacampeão mundial.”
Francesco Casagrande (Analista de Mídias Sociais)
“Embora minha experiência mais memorável tenha sido jogar Poderosos Power Rangers Morphin do SNES do meu vizinho, a primeira coisa que lembro foi de ir na casa da minha bisavó no domingo e pegar emprestado o Nintendo 64 que estava lá para jogar Super Mário 64, Corrida de Ondas 64 e, principalmente, Episódio I de Star Wars: Piloto.
Episódio I de Star Wars: Racer.
Sempre era um incômodo poder usar a TV da sala, pois a família toda se reunia para tomar café à tarde e assistir videocassetes, mas sempre que podia era meu horário preferido da semana.”
Renan Hamann (Editor Chefe)
“Embora ainda tenha o Atari 2600 do meu pai, minhas primeiras lembranças de videogame são com o Nintendinho — no caso, um clone desavergonhado do Family System! Eu joguei muito Mário Bros., Mapa, Sensação de Fórmula 1 quando eu passava os finais de semana com meu pai… Por volta dos 95 ou 96, eu e minha irmã ganhamos um Super Nintendo e aí comecei a jogar muito Mortal Kombat Final e Futebol superestrelaalém de Super Mário Mundoque devemos ter fechado mil vezes.
Jogo que só Hamann conhecia.
Uma loucura é que o console veio com um jogo japonês muito difícil e obscuro cujo nome só descobri MUITOS anos depois: Gegege no Kitarou – Fukkatsu! Tenma Daiou! Eu nem passei de fase.”
Stephanie Kohn (gerente de conteúdo)
“Lembrei-me de jogar Enduro a manhã inteira com meus primos e meu pai, e ele teve tendinite no dedo do pé por causa do controle do Atari (risos).”
O verdadeiro videogame são amigos ao longo do caminho
Independentemente do contexto, idade, jogo ou plataforma, os videogames fazem parte da história de muitas pessoas. É claro que as lembranças são mais felizes quando envolvem algum bom título – algo pelo qual Concórdia dificilmente será lembrado —, mas a sua importância só é consagrada pela empresa, pela possibilidade de partilhar uma experiência única.
Seja com um amigo, um membro da família, um streamer ou anonimamente em um fórum, os jogos tendem a reunir todos os tipos de tribos — mesmo que os jogadores Valorante e Liga dos lendários discordo. E talvez por isso o Dia do Gamer seja tão importante para a comunidade, mesmo que não seja lembrado por ela — Afinal, não é nem feriado.
De qualquer forma, é claro: o verdadeiro videogame são os amigos que fazemos ao longo do caminho.
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