Ordem urbana: confira as propostas da candidatura de Boulos para Prefeitura de São Paulo | Eleições 2024

Antonio Donato destaca que a campanha de Guilherme Boulos entende a Cracolândia não apenas como uma questão de segurança, mas também uma questão de saúde pública, assistência social, emprego e renda.

“Se não conseguirmos reconstruir a vida dessas famílias e desses usuários, não conseguiremos resolver. Então, é um acompanhamento multidisciplinar, que hoje eles dizem que estão fazendo, mas os resultados são ruins, então precisamos muito ter um acompanhamento multidisciplinar, vemos a expansão da Cracolândia pela cidade, são mais de 70 cenas de uso, uma política que se mostrou incapaz de lidar com essa questão.”

Ele defende que será necessário contar com o apoio das forças de segurança para cortar o fornecimento de drogas. “É evidente que é necessário que a Polícia Civil e os órgãos do Estado evitem que as drogas cheguem até lá. É um trabalho de inteligência que esperamos que seja feito e coordenado em conjunto com o Estado”. Mas destaca que o mais importante é mudar a realidade dos usuários.

“A GCM não é o elemento central na atuação da Cracolândia, é a saúde, as ciências sociais, o emprego e a renda, porque se não reestruturarmos essa pessoa ela vai voltar para a Cracolândia. Conversei com psicólogos que trabalharam diretamente na Cracolândia. falam que tem gente lá que tem 20 internações Então, não é só internar, que é a política atual, a pessoa sai, ela não tem para onde ir, ela volta para lá precisa reestruturar essa pessoa completamente, com moradia. e a capacidade de gerar renda.”

‘Não podemos deixar uma milícia florescer no GCM’

O deputado comenta a recente atuação do Ministério Público com a denúncia dos GCMs e a formação de uma milícia na localidade, que cobrou comerciantes para alterar o fluxo de localidade. O representante de Boulos afirma ter a certeza de que “a esmagadora maioria” dos GCM são “muito empenhados e bons servidores”, mas que é preciso “não deixar florescer uma milícia no GCM”.