Incêndios em SP: polícia investiga envolvimento do PCC em queimadas no interior, diz Tarcísio | CBN São Paulo

Segundo o gestor estadual, um dos presos por envolvimento nos incêndios admitiu fazer parte da organização criminosa. O homem afirmou ainda, em gravação, que iria atear fogo em nome do PCC.

“Um dos presos se identificou como integrante da organização criminosa PCC. Ele até fez um vídeo dizendo que iria cometer um incêndio criminoso em nome da facção criminosa. agora será mais explorado na investigação da Polícia Civil”, afirmou.

Até o momento, três pessoas foram presas em São José do Rio Preto, Batatais e Porto Ferreira por causar incêndio criminoso. Segundo Tarcísio, ainda não há relação entre os presídios e não é possível afirmar que se trata de uma ação coordenada.

Para o governador, uma “combinação de fatores extremos” levou ao cenário crítico registado. No final da tarde deste sábado (24), focos de incêndio em todo o estado chegaram a 2.600o maior número para o mês de agosto desde 1998.

“Na situação que estávamos, com a seca que estávamos, qualquer coisa poderia ser motivo ou fator de ignição, certo? Então, achamos que houve uma combinação de fatores. Primeiro: os fatores que são específicos da criticidade do Clima. Segundo ponto: pessoas que aproveitaram para descartar materiais que vinham se acumulando no armazenamento e acabaram aumentando o problema e também os incêndios criminosos que já vimos”, explicou.

Nesta segunda-feira (26), nenhum foco de incêndio permanece ativo após chuvas na região e o combate da força-tarefa criada para combater o fogo. Mesmo assim, o alerta para novos surtos foi mantido para cerca de 48 cidades paulistas.

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O incêndio atingiu mais de 20 mil hectares, segundo a Defesa Civil do estado. Tarcísio de Freitas afirma que o prejuízo ultrapassa a marca de R$ 1 bilhão:

“Atinge fortemente a lavoura de cana-de-açúcar. É muito triste ver a lavoura comprometida, totalmente destruída”, lamentou.

Para apoiar os produtores afetados, o governo de São Paulo fornecerá R$ 100 milhões em subsídios para o seguro rural. Voltado aos pequenos produtores, será lançada uma linha de crédito, via Desenvolvimento SP, com carência de dois anos e taxa zero de juros.