Tribunal analisa, no plenário virtual, recurso contra decisão de que segurados não podem escolher regime mais benéfico Quatro ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) já votaram pela rejeição de recursos que, na prática, fazem a chamada ‘revisão vitalícia’ ‘de benefícios inviabilizados do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). As impugnações estão sendo analisadas no plenário virtual do Tribunal e, até o momento, não houve voto favorável, o que na prática impediria que os aposentados tivessem seus benefícios corrigidos. O relator do caso, Nunes Marques, está acompanhado até o momento por três ministros: Cristiano Zanin, Flávio Dino e Cármen Lúcia. A análise acontece na plenária virtual e está prevista para durar até 30 de agosto. Em março deste ano, o STF decidiu que os segurados não podem escolher o regime mais vantajoso para a aposentadoria do INSS. Isso impactou a decisão sobre a “revisão vitalícia”, que foi discutida em outra ação. O Instituto de Estudos Previdenciários (Ieprev) e a Confederação Nacional dos Metalúrgicos (CNTM), então, interpuseram embargos de esclarecimento, espécie de recurso utilizado para esclarecer pontos do julgamento. As entidades afirmam que o julgamento da ‘revisão de vida’ não foi levado em consideração. Nunes Marques, porém, afirmou que o tema foi “objeto de deliberação expressa” no julgamento e que o entendimento era superar esta tese. Em 2022, o plenário do STF decidiu que o mecanismo de “revisão de toda a vida” é constitucional. Isso significa que todas as contribuições previdenciárias feitas ao INSS pelos trabalhadores no período anterior a julho de 1994 poderiam ser consideradas no cálculo das pensões que poderiam aumentar. a renda de alguns aposentados No entanto, a decisão não entrou em vigor porque havia um recurso pendente, apresentado pelo governo federal. Em março deste ano, antes de analisar esse recurso federal, o STF decidiu julgar outras duas ações que questionam. As mudanças no sistema previdenciário promovidas por uma lei de 1999, que implementou a reforma previdenciária do governo do presidente Fernando Henrique Cardoso, ao analisar essas ações, os ministros aprovaram uma tese que estabelece que o segurado não pode optar pela regra mais favorável. Por maioria, o Tribunal entendeu que os segurados não têm direito de escolha, ainda que a regra lhes seja mais benéfica. É uma decisão exatamente oposta à “revisão de vida”. Com isso, toda a “revisão de vida” foi prejudicada, pois os segurados só poderão seguir as regras do fator previdenciário, sem direito de escolha. Depois vieram recursos do Ieprev e da CNTM, em favor dos aposentados. Estes embargos estão agora a ser julgados e anulados, com quatro votos contra a revisão. Saiba mais taboola
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