Foram relatados casos de reinfecção, o que significa que mesmo aqueles que já tiveram mpox podem contraí-lo novamente. Partículas do vírus mpox vistas ao microscópio eletrônico. O NIAID mpox recebeu o nível de alerta mais alto da Organização Mundial da Saúde (OMS) na semana passada. Depois disso, surgiram muitas dúvidas sobre a doença que foi chamada de varíola dos macacos. Por exemplo: você pode ser infectado duas vezes com mpox? A resposta é Sim. Em geral, espera-se que uma infecção pelo MPXV, o vírus que causa a doença, ofereça protecção a longo prazo, mas ainda existem poucos dados sobre a imunidade pós-infecção. Segundo a OMS, a duração desta imunidade ainda está em evolução. Foram relatados casos de reinfecção, o que significa que mesmo aqueles que já tiveram mpox podem contraí-lo novamente. Mas um estudo recente mostrou que aqueles que tiveram a infecção duas vezes tiveram uma reinfecção mais branda e rápida. Além disso, as infecções pós-vacinais mostraram poucas lesões e pouco envolvimento da mucosa. Não houve mortes ou infecções secundárias graves e todos foram tratados ambulatorialmente, exceto um caso que exigiu hospitalização devido a uma lesão no pescoço. “Normalmente, uma pessoa infectada fica protegida de infecções futuras por toda a vida. Pessoas saudáveis não costumam ser infectadas mais de uma vez. Porém, indivíduos com comorbidades ou imunossuprimidos podem ter reinfecção”, afirma Flávio Guimarães da Fonseca, virologista do departamento de microbiologia da do Instituto de Ciências Biológicas (ICB) da UFMG. Por outro lado, também foram relatadas infecções assintomáticas por mpox. Ou seja, há casos de transmissão por pessoas sem sintomas, mas ainda não se sabe se o vírus pode ser transmitido antes do aparecimento dos sintomas ou após a cicatrização das lesões. De acordo com o Centro Europeu de Prevenção e Controlo das Doenças (ECDC), entre 1,3% e 6,5% das pessoas infetadas com MPXV nunca apresentam sintomas. “Normalmente, a maioria das pessoas apresentará sintomas como febre e mal-estar. Quem tem menos sintomas costuma apresentar sinais como febre e mal-estar, mas o vírus tende a se manifestar na pele”, acrescenta Flávio, que é especialista em poxvírus, como o vírus mpox. Ele conhece o vírus mpox e os principais sintomas da doença. Ana Moscatelli/Arte g1 Vale lembrar que existem duas formas clássicas de transmissão da doença. O primeiro é o contato direto com a pele, como ocorre durante o contato íntimo. Ou seja, a proximidade da pele facilita a transmissão, não porque os órgãos sexuais sejam particularmente afetados, mas devido ao contacto próximo. A segunda forma é através de objetos e superfícies contaminadas, como roupas, toalhas e outros itens. Nessa situação, o líquido das vesículas que se formam na pele, que contêm o vírus, pode se espalhar e infectar outras pessoas através de tecidos e objetos não desinfetados. Em ambos os casos, a transmissão pode ocorrer desde o início dos sintomas até a cura completa das lesões, e algumas pessoas podem espalhar o vírus 1 a 4 dias antes do aparecimento dos sintomas. Entenda por que a MPox voltou a ser uma emergência global
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