A prática adotada pelo adolescente é chamada de deepfake e, segundo o especialista em Inteligência Artificial, é um tipo de informação falsa gerada por IA capaz de criar imagens, vídeos ou gravações de áudio realistas. O caso é investigado pela Delegacia de Infância e Juventude. Deepfake: entenda a ferramenta usada por um estudante para criar nus de adolescentes em Sorocaba Freepik O caso do jovem de 15 anos que usou Inteligência Artificial (IA) para criar nus de adolescentes da escola onde estudava repercutiu nos últimos dias em Sorocaba (SP) e provocou o debate sobre os perigos da ferramenta quando usada com más intenções. Mas qual é essa ferramenta que permitiu alterar fotos? É possível se proteger de deepfakes? Participe do canal g1 Sorocaba e Jundiaí no WhatsApp o g1 conversou com o professor da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) em Sorocaba Tiago Almeida, especialista em IA e autor do livro “Inteligência Artificial: Uma Abordagem de Aprendizado de Máquina”, para entender como funciona o deepfake funciona, ferramenta usada por adolescentes para criar imagens e como se proteger. Segundo o especialista, deepfake é um tipo de informação falsa gerada por IA capaz de criar imagens, vídeos ou gravações de áudio realistas. A tecnologia por trás da criação de um deepfake é normalmente baseada em um conceito chamado “aprendizado profundo”, que envolve padrões de aprendizagem extraídos de grandes quantidades de dados e que são posteriormente usados para manipular ou gerar mídia de uma forma que pareça genuína. Saiba como se proteger de deepfakes Marcos Serra Lima/g1 “Por exemplo, um vídeo deepfake pode mostrar uma pessoa dizendo ou fazendo algo que nunca fez, criado pela alteração digital do vídeo de forma que pareça real. A tecnologia pode ser usada para fins de entretenimento ou criativos, mas também levanta preocupações sobre a desinformação e a privacidade, pois pode ser usada para enganar as pessoas e espalhar informações falsas”, explica. Além de ser utilizado para enganar pessoas, o software também apresenta diversos riscos potenciais, incluindo a disseminação de desinformação e pode causar danos às vítimas dessas criações. “Podem prejudicar a reputação ao fazer parecer que alguém disse ou fez algo inapropriado e podem ser usados em fraudes e burlas, enganando as pessoas para que entreguem informações sensíveis ou dinheiro”, reforça Tiago Almeida. Família de estudante de escola particular suspeita de criar nus de adolescentes com IA diz que caso foi uma ‘brincadeira’ É possível reconhecer um deepfake? Segundo o especialista, embora seja desafiador, existem algumas pistas que podem ajudar a identificar um deepfake. Verificar: procure inconsistências no vídeo ou na imagem, como movimentos não naturais, piscadas estranhas ou expressões faciais desalinhadas. “Os métodos de criação de deepfake muitas vezes têm dificuldade em criar detalhes como movimentos dos olhos, sincronização labial ou como a luz e as sombras são projetadas no rosto”, explica ele; Caso a suspeita recaia sobre algum vídeo, o usuário pode ficar atento ao áudio, pois muitas vezes as vozes podem soar robóticas ou com entonações pouco naturais; Utilizar softwares desenvolvidos para detectar deepfakes, pois analisam as “impressões digitais” deixadas pelo conteúdo manipulado; Verifique as informações com fontes confiáveis se algo parecer muito chocante ou incomum. Como me proteger? Segundo Tiago, é fundamental ter cuidado com as informações compartilhadas pela internet, principalmente fotos, áudios e vídeos, pois o conteúdo pode ser usado para criar deepfakes. “Considere usar configurações de privacidade nas redes sociais para limitar quem pode acessar seu conteúdo, reduzindo as chances de ele ser usado em um deepfake. Por fim, verifique sempre a origem de qualquer mídia que pareça suspeita ou excessivamente sensacionalista e procure confirmar sua autenticidade com veículos confiáveis.” Aluno é suspeito de usar IA para manipular fotos Aluno de escola particular que criou nus falsos de adolescentes com IA dá depoimento Aluno de escola particular é suspeito de criar nus de adolescentes com Inteligência Artificial (IA). Dez boletins de ocorrência foram registrados na Delegacia de Defesa da Mulher, mas o caso está sendo investigado pela Delegacia da Criança e do Adolescente (SP) de Sorocaba. Na sexta-feira (23), ele foi à delegacia acompanhado dos pais e de um advogado para prestar depoimento. Pelo menos 10 mães prestaram boletins de ocorrência denunciando o caso. Segundo um deles, o grupo de estudantes fez uma viagem para um acampamento em Sapucaí-Mirim (MG), onde permaneceu durante quatro dias. Neste acampamento, o menino de 15 anos supostamente tirou fotos ampliadas dos seios e nádegas dos adolescentes. Segundo relatos, ele mostrou os registros aos colegas e, supostamente, disse que iria estuprá-los. Adolescente prestou depoimento na Delegacia da Infância e Juventude de Sorocaba (SP) Fernando Bellon/TV TEM No dia 13 de agosto, três dias após retornar do acampamento, ele teria compartilhado com colegas cerca de 1.500 fotos, algumas delas alteradas pela IA , onde as meninas ficariam nuas. A mãe não soube especificar o número de fotos manipuladas. A denúncia foi feita por outros alunos à direção da escola e a família do adolescente teria o transferido da escola para evitar retaliações. Na terça-feira (20), as mães dos estudantes prestaram boletim de ocorrência na Delegacia de Defesa da Mulher de Sorocaba, e o caso foi transferido para a Delegacia da Criança e do Adolescente. Em nota, a Secretaria de Segurança Pública (SSP) de São Paulo confirmou o registro do caso no DDM como infração, “semelhante à utilização de criança ou adolescente em cena de sexo explícito”. Ainda segundo a SSP, as mães dos adolescentes compareceram à delegacia para denunciar o caso, e que, por se tratar de menor de idade, o caso será encaminhado à Vara da Infância e Juventude para que o Ministério Público aplique o máximo medida socioeducativa adequada. As mães procuraram a DDM de Sorocaba para denunciar o caso Reprodução/TV TEM Em nota, o Colégio Uirapuru informou que tinha conhecimento do caso e acompanha a investigação. “Em respeito a todas as famílias envolvidas nas denúncias, e principalmente por serem menores, estamos tratando o assunto com a maior sensibilidade possível. Trabalhamos sempre com o objetivo de capacitar os alunos para o uso responsável das novas tecnologias. , por meio de palestras e projetos internos, pois entendemos que isso faz parte da nossa missão em formar cidadãos empáticos e responsáveis”, reforçam. LEIA TAMBÉM: Entenda as consequências jurídicas que podem ser aplicadas ao estudante Família diz que caso foi ‘brincadeira’ Em nota enviada à TV TEM nesta sexta-feira (23), família do estudante disse que caso foi uma “brincadeira” e que houve não havia “nenhuma intenção de prejudicar qualquer pessoa”. A família também lamentou o caso e negou qualquer ameaça que tenha sido feita pelo adolescente de 15 anos (leia a nota completa abaixo). “A família do menor lamenta que uma brincadeira, sem intenção de prejudicar ninguém, tenha tido tanto impacto e pede desculpas às famílias envolvidas”, disse. A defesa do adolescente afirmou que a maior parte dos factos alegados contra o jovem “não correspondem à realidade” e negou que tenha havido contacto físico ou ameaças verbais contra os alunos da escola. Na manhã desta sexta-feira, o adolescente, acompanhado dos pais e do advogado, prestou depoimento na Delegacia da Infância e Juventude. Confira a nota da família na íntegra: “A família do menor lamenta que uma brincadeira, sem intenção de prejudicar ninguém, tenha causado tamanho impacto e pede desculpas às famílias envolvidas. menor não correspondem à realidade, nunca houve contactos físicos ou ameaças verbais contra qualquer adolescente, e no que diz respeito às imagens não houve divulgação pública O menor já prestou a informação à Delegacia de Infância e Juventude e à família. espera e deseja que a verdade permaneça devidamente verificada pela Justiça e rejeita veementemente as notícias falsas, os discursos de ódio, as ameaças e a exploração indevida de informações divorciadas da realidade praticadas, condutas que não beneficiam ninguém e que no devido tempo o farão. tomar medidas apropriadas contra tais atitudes.” Veja mais notícias da região no g1 Sorocaba e Jundiaí VÍDEOS: assista reportagens da TV TEM
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