:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_d975fad146a14bbfad9e763717b09688/internal_photos/bs/2024/H/w/a7ELLKTbqCzjBoHPgy4g/seca-2.jpg?w=1200&resize=1200,675&ssl=1 "Amazonas deve chegar a ponto mais crítico da seca até o final de agosto | Meio Ambiente")
Segundo a Defesa Civil, o Amazonas deve atingir o ponto mais crítico da seca dois meses antes do marco registrado no ano passado, em 2023, quando atingiu marca histórica no estado, na primeira quinzena de outubro. Para este ano, a seca piora mais cedo, prevendo-se que o ponto mais baixo seja atingido antes dessa data, no final de agosto.
- Seca no Amazonas: Rio Negro registra nível crítico de água baixo, diz Defesa Civil
O Rio Negro, em Manaus, registrou 26,5 metros nesta terça (20), após atingir 22,76 metros na segunda (19). Nesta terça-feira, o Solimões atingiu 7 cm.
O governo do Amazonas declarou situação de emergência em 20 cidades devido à seca no estado. Até o momento, cerca de 63 mil famílias e 250 mil pessoas já estão sendo diretamente impactadas pela forte seca no estado.
As cidades localizadas no Alto Solimões, como o município de Tabatinga, enfrentam situação crítica, com dificuldade de recebimento de insumos e também de água potável. As embarcações estão encalhando em áreas que antes eram o fundo do Rio Solimões.
Segundo pesquisadores da região, os efeitos da seca também devem atingir Manaus e região metropolitana em até 20 dias, além das cidades ribeirinhas do Rio Negro.
Seca no Amazonas em 2024 — Foto: Defesa Civil do Amazonas
Junto com a seca no Amazonas, a Amazônia tem a pior temporada de incêndios em 17 anos. Desde janeiro, foram identificados pelo menos 59 mil incêndios. A fumaça que cobre a floresta percorre milhares de quilômetros e já atingiu pelo menos dez estados, incluindo Rio Grande do Sul e Santa Catarina. A Amazônia possui, no total, 800 mil quilômetros quadrados de áreas desmatadas. A maioria deles é usada para pastagem. De forma geral, o país enfrenta o pior momento em termos de focos de incêndio em uma década.
A Amazônia foi o bioma que mais perdeu hectares em 39 anos
Levantamento realizado nos últimos 39 anos pelo MapBiomas mostra que a Amazônia foi o bioma que mais perdeu áreas nativas, com cerca de 55 milhões de hectares perdidos, o que representa uma redução de 14% nos últimos 39 anos. Com essa diminuição, o bioma tem atualmente cerca de 81% do percentual coberto por florestas e vegetação nativa. Esse percentual já inclui vegetação secundária, ou seja, vegetação que já voltou a crescer após ser desmatada.
Segundo especialistas, esse percentual coloca a região em risco de chegar ao ponto de não retorno, de não recuperação desta área.
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