Giovanni Quintella Bezerra está preso desde julho de 2022 após ser flagrado por imagens gravadas em centro cirúrgico contra um paciente. Um crime ocorrido há mais de dois anos em São João de Meriti, na Baixada Fluminense, foi explicitamente exposto nas redes sociais nos últimos dias. Imagens dos abusos cometidos pelo anestesista Giovanni Quintella Bezerra contra uma paciente sedada submetida a cesariana viralizaram em perfis estrangeiros nas plataformas X e TikTok, alguns com centenas de seguidores. Na porta de casa: Bandido mata policial federal em Todos os Santos, Zona Norte do Rio Vídeo: Mulher é feita refém em supermercado da Zona Norte do Rio No momento do estupro, as mesmas imagens foram fundamentais pela denúncia contra o profissional de segurança de saúde. Material cujo compartilhamento agora também pode ser entendido como criminoso. Bezerra foi preso e acusado de estupro no dia 10 de julho de 2022. Enquanto a paciente fazia cesárea no Hospital da Mulher Heloneida Studart, em São João Meriti, ele cometeu o crime. Os demais médicos, colegas de equipe, estavam na mesma sala e realizaram o procedimento enquanto acontecia o abuso. O crime foi flagrado por meio de imagens tiradas de um celular escondido. Mulheres da equipe que trabalhou com Bezerra desconfiaram do comportamento dele em algumas cirurgias e resolveram investigar. As imagens, que demonstram claramente os abusos, foram parte fundamental do processo. A vítima não se lembrava do que havia acontecido durante a cirurgia para dar à luz seu filho. Investigações preliminares mostraram até excesso de anestésicos. Com as imagens do estupro viralizando, apenas uma das publicações da rede X teve mais de 26 mil curtidas e 17 mil visualizações, apesar do vídeo ter sido excluído menos de 24 horas depois de ter sido postado. A publicação, numa conta estrangeira com mais de 846 mil seguidores, tinha sido feita no início da tarde da última quarta-feira. Nos comentários, as pessoas reagem assustadas às imagens, e o crime é classificado como “nojento”. Outros internautas, também em contas estrangeiras na rede social, compartilham conteúdo pornográfico. Em outro perfil, que também compartilhou o vídeo de pouco mais de um minuto, as pessoas reagiram chocadas com a gravação. Um compartilhou link para uma matéria sobre o caso da época e, em inglês, explicou que se tratava de um crime de estupro ocorrido há dois anos e que a gravação foi feita para fins de denúncia. Em dezembro do ano passado, Bezerra foi proibido de exercer qualquer atividade relacionada à medicina no Brasil. Seu registro profissional foi cassado pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), não havendo possibilidade de recurso da decisão. O Conselho Regional de Medicina do Rio de Janeiro (Cremerj) já havia impedido Giovanni definitivamente de exercer atividades médicas em primeira instância. O médico está preso no Presídio Pedrolino Werling de Oliveira (Bangu 8), no Complexo de Gericinó, na Zona Oeste do Rio.
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