Pianista, de 36 anos, é um talento do jazz e tem ganhado cada vez mais destaque no cenário musical brasileiro Baile charme, samba, Mercadão… São diversas as referências ao tradicional e icônico bairro carioca de Madureira. Mas e se falarmos de um pianista de 36 anos, um talento do jazz, como um grande representante deste lugar? Ele é Jonathan Ferr, um músico que tem ganhado cada vez mais destaque no cenário musical brasileiro e até em eventos importantes no exterior, mas sem deixar de lado sua essência. Natural do Morro da Congonha, o artista não esconde o orgulho de suas origens: Texto inicial do plugin — Apesar de vir de família humilde, com quatro irmãos, minha infância foi muito feliz. Ainda adolescente, comecei a frequentar espaços culturais em Madureira. O baile do charme, as rodas de samba… Aos 22 anos vim morar sozinha no centro do Rio. Mas Madureira está em mim e vai comigo para todos os lugares. Está presente em cada nota que toco. Seu interesse por jazz e piano surgiu quando Jonathan ainda tinha 7 anos e assistia, junto com seus pais, Josué e Sueli, um programa de TV chamado “Pianíssimo”, com o pianista Pedrinho Mattar. Aos 9 anos ganhou seu primeiro teclado e aprendeu a tocar o instrumento de forma autodidata, até convencer os pais a matriculá-lo em um curso. — Houve um tempo em que eles não tinham mais condições de pagar as aulas. Depois comecei a trabalhar vendendo jornais. Meu professor descobriu e me deu uma bolsa de estudos. Depois, fui para a faculdade de música também — conta. Os registros desse período ficaram apenas na memória. Como a família não tinha muitos recursos, ele não tem nem foto de infância ao lado do piano. Enquanto morava nos subúrbios, ele sempre foi o “tocador de jazz que andava com MCs e beatmakers”. Tanto que suas referências jazzísticas se misturam com artistas que se destacam em outros gêneros, como os Racionais MC’s. — O meu jazz é diferente, é jazz urbano. Minhas referências são muito urbanas, hip-hop, rap, soul, funk, música eletrônica… Não andava com a galera instrumental, achava bobagem — explica. Fora da caixa, Jonathan usa exatamente esse termo quando se refere ao seu trabalho. Tanto que teve que se afirmar diante de alguns olhares distorcidos ao longo de sua carreira: — Sinto que enfrentei um sentimento de desconfiança das pessoas, pensando: “Como assim você toca piano?” E afirmei-me de muitas formas, não só como pianista, mas também através da moda, por exemplo. Não permito que ninguém me diga como sou ou deveria ser. Eu também me emancipei desse lugar masculino, de ter que me comportar de uma forma ou de outra. Sou subversivo para cumprir esses regulamentos. “Se você é um músico de jazz, você tem que se comportar assim, se vestir assim, falar assim.” Isto não me pertence. Viver do jazz sempre foi o sonho desse carioca, mesmo quando a falta de dinheiro atrapalhou. — Sou muito bem remunerado pelo que faço hoje e sou grato por isso. Aos 18 anos, não sabia se conseguiria, porque era difícil. Passei três meses trabalhando em telemarketing, mas resolvi sair. Depois, me comprometi comigo mesmo: mesmo que eu more em um lugar pequeno, coma apenas o suficiente e não tenha dinheiro para muita coisa, não vou desistir disso. É o meu sonho, não fui procurar dinheiro. Também dei aulas de piano até descobrir meu caminho e continuei como estou atualmente — diz Ferr, que até hoje se emociona quando volta a Madureira, seja para fazer um show ou até para votar em período eleitoral: — Quem disse que pode não está trazendo o jazz para os subúrbios ou que isso é apenas uma coisa da Zona Sul? Rock in Rio pela segunda vez “Estar neste festival foi um projeto da minha vida. Quando aconteceu, em 2019, foi incrível! O regresso (no espaço Global Village, dia 21 de setembro) tem um sabor diferente. Fazer parte da história numa edição comemorativa… sinto que estou celebrando também a minha existência artística, privilegiada por estar nestes lugares. Pretendo trazer surpresas para esse show. Muita gente não acreditou em mim quando comecei, achavam que eu era um “misto”, diziam: “Ou você toca jazz ou toca rap”. Eu precisava me libertar desse binário para afirmar quem eu sou.” Carreira no exterior “Vou representar o Brasil na feira de música Womex, na Inglaterra, em outubro. Quero internacionalizar minha carreira. Já fiz algumas apresentações no exterior e ouvi pessoas dizerem: “Esse tipo de música é feita no Brasil? Droga!”. Inspiração de outra geração “Fico emocionada quando recebo mensagens de mães dizendo que seus filhos também querem ser pianistas. Me mandam vídeos de crianças tocando piano, dizem que sou uma inspiração. Quero muito. ser referência, uma voz que não produz legado não faz sentido.” Saiba mais taboola
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