Tim Walz: Veja os pontos fortes e fracos do vice de Kamala Harris na corrida eleitoral dos EUA

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As políticas progressistas e de imigração já estão a ser exploradas pelos republicanos para atacar a chapa democrata. O governador de Minnesota, porém, traz uma figura familiar ao eleitorado americano e pode aumentar o alcance de Kamala Harris. Com a oficialização da chapa democrata nos EUA, candidatos realizam comícios em Wisconsin e Michigan Com a indicação de nomes para a chapa democrata, a corrida eleitoral norte-americana ganha novo ritmo. Candidatos a presidente e vice-presidente realizam seus primeiros comícios com foco em estados indecisos nos EUA. Nesta quarta-feira (07), JD Vance, Kamala Harris e Tim Walz participaram de eventos em Michigan e Wisconsin. O recomeço nas eleições nos EUA começa a dar pistas sobre quais serão os próximos passos das campanhas dos candidatos e como o historial de Tim Walz poderá ser explorado pelos republicanos. Veja alguns pontos fortes e fracos que o vice-candidato pode enfrentar na campanha. Clique aqui para acompanhar o canal de notícias internacionais g1 no WhatsApp Pontos fortes Os pontos fortes de Tim Walz GloboNews Um dos pontos que podem favorecer Tim Walz na campanha presidencial é o alto alcance que ele tem nos estados do Centro-Oeste. Mesmo não sendo de um “estado indeciso”, o que será decisivo nesta votação, o governador de Minnesota traz aos eleitores uma figura familiar aos mais conservadores, que podem não se sentir atraídos por uma mulher negra e asiática da Califórnia. A expectativa da campanha de Kamala Harris é que Walz tenha apelo em estados-chave do meio-oeste americano, como Wisconsin e Michigan. Ao jornal americano The New York Times, a senadora de Minnesota, Amy Klobuchar, afirmou que Walz “traz consigo uma vasta compreensão do Centro-Oeste”. “Este será um vice-presidente que ocupou cargos de caça de veados em clima de 10 graus e pescou nos 10.000 lagos de Minnesota”, disse ela. Aos 60 anos, o escolhido para vice-presidente pela chapa democrata é um ex-técnico de futebol americano do ensino médio de uma pequena cidade. Ele costuma passar seu tempo livre caçando e pescando. A figura, vista como amigável pela imprensa internacional, também demonstra capacidade de atacar Trump e JD Vance de forma leve e bem-humorada. Um dos momentos que chama a atenção nas redes sociais é Walz chamar os candidatos republicanos de “estranhos”. Leia mais Kamala Harris escolhe o progressista Tim Walz como vice-presidente democrata nas eleições dos EUA Tim Walz traz energia e humor à campanha democrata Watz tem uma sólida carreira política, embora tenha mudado de opinião ao longo dos anos. Ele foi membro do Congresso por 12 anos antes de se tornar governador de Minnesota em 2018. Seu governo foi marcado pela aprovação de diversas políticas progressistas no estado. Tal como Kamala Harris, a defesa dos direitos reprodutivos é uma bandeira importante para Walz. Minnesota se tornou o primeiro estado a incluir o direito ao aborto na lei estadual. Tim Walz também defende a legalização da maconha recreativa, a comunidade LGBTQIA+, metas de energia renovável, educação pública e controle de armas. Walz defendeu o amplo acesso às armas no início de sua carreira política. Mas depois de um massacre numa escola na Flórida, em 2018, que deixou 17 mortos, ele mudou de ideia. No ano passado, os democratas aprovaram um pacote de leis para limitar o acesso a armas de fogo em Minnesota. Pontos fracos Pontos fracos de Tim Walz GloboNews Grande parte do histórico de Walz será facilmente usado contra ele pelos republicanos, o que começou a acontecer. O governador democrata é considerado moderado no que diz respeito à imigração. Mas ele já foi criticado após criar medidas para ajudar imigrantes indocumentados no país. Durante a sua administração, foram aprovadas leis que permitiam aos migrantes ilegais obter seguro de saúde e carta de condução. Segundo ele, a medida poderia tornar as estradas mais seguras ao reduzir o número de motoristas sem habilitação. Walz votou anteriormente a favor de uma triagem mais rigorosa dos refugiados que chegam ao país, mas abandonou o cargo quando concorreu ao governo de Minnesota. Em 2021, apelou aos líderes democratas para que criassem um caminho para a cidadania para os “sonhadores” trazidos para os EUA quando crianças, bem como para os trabalhadores essenciais ou aqueles que fugiram de países em crise. Outro ponto sensível para o democrata é a demora na reação aos protestos no estado em 2020, depois que um policial de Minneapolis foi filmado assassinando George Floyd, o que gerou uma reação em larga escala do movimento “Black Lives Matter”. em português). A reação da população foi intensa e o caso cobriu a imprensa mundial. Com os protestos em Minneapolis a tornarem-se cada vez mais violentos, o presidente da cidade, Jacob Frey, chegou a pedir ao governador Walz que mobilizasse a Guarda Nacional. Foi apenas na tarde seguinte, porém, que o democrata assinou uma ordem executiva permitindo à Guarda ajudar as cidades. “O governador Walz tinha a capacidade e o dever de usar a força e a aplicação da lei para impedir a violência criminosa, mas não o fez”, afirmou um relatório do Senado de Minnesota de 2020 sobre os tumultos que ocorreram após a morte de Floyd. O governador defendeu recentemente suas ações, afirmando que tentou fazer o melhor que pôde em uma situação difícil. Apesar das críticas, os eleitores de Minnesota reelegeram Walz para um segundo mandato em 2022. As políticas progressistas de Walz também se tornaram alvo dos republicanos. A campanha de Trump chamou Walz de “perigosamente liberal” e os dois democratas de “a dupla de esquerda mais radical da história americana”. Após o anúncio do governador como companheiro de chapa de Harris, os republicanos passaram o dia vasculhando o histórico de Walz na gestão do estado e rotulando Walz como um liberal progressista. A campanha de Trump cometeu até uma gafe ao criticar uma política de Tim Walz que concede o direito de voto a criminosos condenados. O ex-presidente Trump e líder da chapa republicana, no entanto, foi o primeiro ex-presidente na história dos EUA a ser condenado criminalmente.



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