ANTT e concessionária são condenadas a indenizar em R$ 600 mil família de mulher morta com pedrada na BR-290, no RS

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Munike Fernandes Krischke, de 45 anos, morreu em 2021, em Porto Alegre. A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) e a CCR ViaSul podem recorrer da decisão. Buraco de pedra no para-brisa de carro que trafegava pela BR-290, em Porto Alegre, e paralelepípedo no piso do veículo Arquivo pessoal A Justiça Federal condenou a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) e a concessionária CCR ViaSul a pagarem indenização de aproximadamente R$ 600 mil a familiares de uma mulher que morreu após ser atingida por uma pedra na BR-290, rodovia, em Porto Alegre. A decisão, tomada nesta terça-feira (6), foi tomada pela juíza Daniela Tocchetto Cavalheiro, da 2ª Vara Federal de Porto Alegre. Acesse o canal g1 RS no WhatsApp O valor deverá ser pago ao filho, marido, mãe e duas irmãs da vítima, Munike Fernandes Krischke, de 45 anos. O caso foi investigado pela RBS TV em parceria com o repórter Lucas Abati, da Rádio Gaúcha. A CCR ViaSul afirmou, em nota, que “não comenta ações judiciais”. A RBS TV entrou em contato com a ANTT, que não respondeu até a última atualização desta reportagem. Os valores deverão ser divididos entre os réus, que poderão recorrer da decisão. O caso aconteceu em junho de 2021, quando Munike e o marido dirigiam pela rodovia. O casal ia comemorar o Dia dos Namorados e, no caminho, passaram pela rodovia, próximo à ponte nova Guaíba. Uma pedra foi atirada contra o veículo, quebrando o vidro e atingindo a mulher. Munike foi levada pelo marido para tratamento no Hospital de Urgência (HPS), mas faleceu um dia depois (veja detalhes do caso abaixo). ‘Quero justiça’, diz marido de vítima de pedra Na decisão, a juíza Daniela Cavalheiro alegou que houve “omissão de medidas efetivas para garantir a segurança do transporte na rodovia por parte da concessionária ré”. A decisão também alegou que houve “omissão de fiscalização e cobrança de medidas suficientes a serem tomadas pela ANTT”. O advogado Roger Lopes, que representa duas das irmãs e a mãe da vítima, afirmou que a decisão é justa, mas que os valores não condizem com o fato. A família pediu indenização de R$ 2,5 milhões. “Termina um período de luto e busca por justiça. Quanto ao valor dado na sentença, a família entende que ficou abaixo do esperado. É uma sentença muito fundamentada, mas quando se trata de indenização, o autor entrará com uma ação recurso”, afirmou. Além da indenização, a família solicitou a apresentação de planos de segurança no trânsito, como instalação de iluminação, cercas e câmeras de monitoramento, para evitar casos como o de Munique. Na última segunda-feira (5), o ex-governador do RS Ranolfo Vieira Júnior (PSDB) teve seu carro atingido por uma pedra na mesma rodovia. Ninguém ficou ferido. Munike Krischke, 45 anos, deixa marido e filho Arquivo pessoal Relembre o caso Munike morreu em 13 de junho de 2021, após ser atingida por um paralelepípedo enquanto trafegava pela BR-290, rodovia, em Porto Alegre. Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), o caso ocorreu na noite do dia anterior, abaixo da Ponte Guaíba, próximo ao acesso à Avenida Castelo Branco. Munike estava acompanhada do marido, Alex Von Zeidler Ramos, que dirigia o veículo, no sentido Litoral-Capital da rodovia. Na época, a irmã de Munike, Sabrina Krischke, contou ao g1 que o casal estava indo para um restaurante na Zona Sul. Foi então que o companheiro da vítima foi surpreendido pelo impacto da pedra. “Ele ouviu um barulho muito alto, pensando que [alguém] havia batido no carro. Mas ela quebrou o vidro, encheu-se de cacos de vidro. Quando ele olhou para o lado, viu que minha irmã estava com o pescoço para baixo e o paralelepípedo nas pernas”, disse. Alex teria chamado Munike, que não respondia mais. coração, fígado e pescoço “Enquanto se dirigia para o Centro, ele foi direto. Teve a ideia de ir direto para o Pronto Socorro. Tentaram de tudo no Pronto Socorro, atendimento muito bom. Esperamos e ela faleceu”, lamentou. Dois anos depois, em 2023, a Polícia Civil indiciou um homem de 31 anos suspeito de ter causado a morte de Munike por roubo. local próximo ao local do lançamento da pedra. Ele foi interrogado durante a investigação, mas negou envolvimento no crime. A polícia afirmou que uma testemunha reconheceu o suspeito por meio de fotografia e o identificou como o responsável pelo roubo. roubo não se concretizou, pois o marido de Munike não parou o carro”, disse o delegado Eric Dutra em 2023. Mulher morre após ser atingida por paralelepípedo em rodovia de Porto Alegre VÍDEOS: Tudo sobre o RS



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