Na última sexta-feira, a moeda norte-americana caiu 0,45%, cotada a R$ 5,7091. O principal índice de ações da bolsa brasileira fechou em queda de 1,21%, aos 125.854 pontos, o menor valor em quase um mês. Notas de dólar Pexels O dólar abriu em forte alta nesta segunda-feira (5), contrariando uma tendência global de desvalorização da moeda norte-americana, enquanto crescem os temores de que uma recessão econômica nos Estados Unidos possa estar próxima. Na última sexta-feira (2), novos dados de emprego no país mostraram que a maior economia do mundo dá sinais de desaceleração. O Payroll, relatório de emprego dos Estados Unidos que mostra o aquecimento do mercado de trabalho e a sua potencial pressão sobre a inflação, reportou 97 mil empregos criados no setor privado em julho, abaixo do registado no mês anterior e abaixo das projeções. Isto, aliado a uma taxa de juros que continua elevada no país, reacende dúvidas sobre a força da economia americana nos próximos meses. Na sequência destes receios, que levam os investidores a adoptar uma abordagem mais cautelosa aos investimentos, os mercados bolsistas em todo o mundo estão a viver um dia de quedas acentuadas. Veja abaixo um resumo dos mercados. ENTENDA: Copom endurece discurso e deixa a dúvida: a Selic pode subir? ENTENDA: A cronologia da alta do dólar motivada pelos juros nos EUA, o cenário fiscal brasileiro e as declarações de Lula CONSEQUÊNCIAS: A alta do dólar deve pressionar a inflação e impactar o consumo das famílias no 2º semestre, dizem especialistas Dólar às 9 Às 05h05, o dólar subia 2,01%, cotado a R$ 5,8326. Na máxima do dia, chegou a R$ 5,8641. Veja mais citações. Na última sexta-feira, a moeda norte-americana caiu 0,45%, cotada a R$ 5,7091. Com o resultado, acumulou: alta de 0,91% na semana; ganho de 0,97% no mês; aumento de 17,65% no ano. Ibovespa O Ibovespa começa a operar às 10h. Na véspera, o índice fechou em queda de 1,21%, aos 125.854 pontos. Com o resultado, o Ibovespa acumulou: queda de 1,32% na semana; queda de 1,44% no mês; perdas de 6,24% no ano. LEIA TAMBÉM 30 anos do Real: como era a vida antes do plano econômico que deu origem à moeda brasileira DINHEIRO OU CARTÃO? Qual a melhor forma de levar dólares em viagens? DÓLAR: Qual é o melhor momento para comprar a moeda? Entenda o que faz o preço do dólar subir ou descer O que movimenta os mercados? O mercado continua a refletir as informações da semana passada, enquanto aguarda a divulgação de novos indicadores económicos dos Estados Unidos. Na sexta-feira, a folha de pagamento com 97 mil vagas em julho ficou abaixo dos 136 mil empregos registrados em junho e também abaixo das 148 mil vagas que eram esperadas pelo mercado financeiro. Os números ecoaram outros dados de emprego divulgados na quinta-feira: os Estados Unidos tiveram um aumento de 14.000 pedidos iniciais de seguro-desemprego na semana passada, totalizando 249.000, em comparação com 236.000 nas projeções do mercado. “Esses números sugerem um enfraquecimento do mercado de trabalho dos EUA, embora os pedidos de seguro-desemprego tendam a ser voláteis nesta época do ano. Sinais recentes de desaceleração da atividade reforçam nosso cenário de que o Fed iniciará seu ciclo de flexibilização monetária em setembro”, afirma a XP Investimentos. Além disso, a decisão do Federal Reserve (Fed, banco central americano) de ainda não cortar as taxas de juros – atualmente entre 5,25% e 5,50% ao ano – também contribui para a percepção de que uma desaceleração mais significativa poderia atingir o país. Isso porque as altas taxas de juros encarecem os processos de crédito e financiamento para pessoas e empresas, o que tende a reduzir o consumo da população e a desacelerar os investimentos das empresas no seu próprio crescimento – o que poderia afetar ainda mais o mercado de trabalho. Porém, há expectativa de corte nas taxas de juros em setembro por praticamente 100% dos participantes do mercado financeiro, segundo a ferramenta de análise FedWatch do CME. Alimentando ainda mais esta cautela, uma série de balanços empresariais também pesam na percepção do mercado, com destaque para resultados abaixo do esperado de gigantes tecnológicos, como Amazon e Intel.
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