As unidades incluídas no programa representaram 56,9% das vendas nos 12 meses encerrados em abril, segundo estudo da Abrainc. O mercado imobiliário fora de planta está em expansão, fruto do aumento do número de unidades vendidas no segmento econômico. Segundo a Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc), foram vendidos 179,86 mil apartamentos de abril de 2023 até o mesmo mês deste ano, um aumento de 43,7% no período. O melhor desempenho foi observado nos empreendimentos do programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV): 129,68 mil unidades, ou 56,9% do total. O bom desempenho gerou expectativas positivas para as construtoras no segundo semestre. A Kadima Construções lançará seu primeiro empreendimento dentro do MCMV em Nova Iguaçu: Tall, torre de 20 andares e 160 unidades, negociada na faixa 3 do programa (famílias com renda de até R$ 8 mil). Em agosto, iniciam as obras de outro empreendimento em São Gonçalo, na faixa 1 (renda de até dois salários mínimos). A expectativa da empresa para o segundo semestre é expandir sua atuação no Estado do Rio. — Fizemos um estudo de prospecção de terrenos em diversas regiões do estado. Estamos entusiasmados com as mudanças que ocorreram no programa habitacional. O aumento do valor das unidades e da renda familiar foi fundamental, porque aumentou o número de famílias elegíveis ao financiamento — afirma o diretor do Kadima, Rodrigo Roiseman. Segundo ele, a empresa decidiu explorar outras regiões do estado devido à forte concorrência por terrenos na Região Portuária e em bairros da Zona Norte, o que provocou aumento nos valores, inviabilizando empreendimentos para pessoas de menor renda. — Um dos maiores desafios do desenvolvimento de projetos incluídos no programa ainda é equilibrar os custos de construção com a oferta de unidades a preços acessíveis para a população. Mas as mudanças nas regras do MCMV, ocorridas no ano passado, aumentaram as expectativas de bons negócios e as apostas das construtoras nesse nicho econômico — explica Roiseman. Para a Novolar, o cenário no Estado do Rio também é positivo. A empresa espera fechar este ano com um total de R$ 500 milhões em lançamentos dentro do programa Minha Casa, Minha Vida e no segmento de crédito associativo, ante R$ 190 milhões lançados ao longo de 2023. O mais recente projeto lançado pela construtora foi Novolar Atlanta, em Campo Grande, em dezembro do ano passado, um sucesso de vendas: 80% das 328 unidades já foram vendidas — todas enquadram-se na faixa 2, com preços de até R$ 265 mil. Neste segundo semestre, a previsão é lançar mais três empreendimentos no segmento econômico por meio do MCMV: dois na faixa 2, com valores entre R$ 215 mil e R$ 225 mil, em Santa Cruz (499 unidades) e em Campo Grande (320). A terceira ficará em São Gonçalo, enquadrando-se na faixa 3, e terá 240 unidades. — As vendas dos empreendimentos do MCMV sempre foram boas, porque há um grande déficit habitacional no país e, consequentemente, muita demanda. Acho que o termômetro da expansão que vem acontecendo no segmento econômico é justamente o aumento do número de lançamentos. O mercado próspero incentiva as empresas a investirem mais nesse tipo de projeto — avalia o diretor Regional RJ da Novolar, Paulo Araújo. O supervisor de vendas da Riviera Construções, Vitor Sales, espera atingir as metas de vendas estabelecidas para a terceira fase do Central Park, em Duque de Caxias, até novembro. As unidades das duas primeiras etapas já foram 100% vendidas e parte delas foi entregue. As boas expectativas se devem ao fato, segundo ele, de o primeiro semestre ter sido surpreendente. — Todas as metas dos primeiros seis meses deste ano foram cumpridas, por isso esperamos que as vendas continuem nesse ritmo até dezembro — destaca Vendas. Queda nas taxas de juros impulsiona o médio padrão Redução na rentabilidade das aplicações aquece vendas no mercado imobiliário A boa localização foi decisiva para o sucesso das vendas da Modalidade MR2/DIVULGAÇÃO No segmento médio padrão, as vendas também estão em franca expansão. A Mode, lançada pela MR2 na Freguesia, registrou um número significativo de vendas desde o carnaval deste ano, afirma o presidente da empresa, Marco Túlio Cabral. — Houve um aumento considerável nas vendas, e uma das causas pode ter sido a queda da taxa Selic, ainda que em pequena escala. Quando a rentabilidade dos investimentos no mercado financeiro é reduzida, o mercado imobiliário registra imediatamente crescimento nas vendas, principalmente com a entrada de investidores em busca de retornos maiores e mais seguros — afirma. A localização também foi relevante para o sucesso do empreendimento, que conta com 70 unidades de dois e três dormitórios. Os preços variam de R$ 289 mil a R$ 1 milhão, preço de jardins e coberturas duplex. — O ritmo de vendas na Freguesia surpreendeu-nos. Depois de muitos anos sem lançamentos no bairro, chegamos com um produto inovador que se popularizou junto ao público. Cerca de 60% das unidades já foram vendidas desde o lançamento. Jeronimo da Veiga está 100% focado na faixa 3 do MCMV até o final de 2025, embora também tenha projetos nos segmentos médio e alto, na Baixada Fluminense. Segundo o Diretor Comercial da empresa, Maurício Correa, as vendas superaram as expectativas. — Um bom exemplo é nosso último lançamento, Conceito California, em Nova Iguaçu, que teve 250 unidades vendidas em quatro meses. A faixa 3 do programa é a que apresenta melhor relação entre o custo da obra, o preço de venda e a capacidade de financiamento das pessoas.
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