O Brasil poderá em breve ter uma nova estrela da ginástica artística. É o que promete a pequena Ana Luisa Sales, carioca de 11 anos, que viralizou na internet esta semana após uma entrevista cheia de carisma em Paris.
- Rebeca, Biles, Flávia: qual a altura das ginastas das Olimpíadas de Paris?
- Olimpíadas: Rebeca Andrade ganha prata na ginástica geral; Biles leva ouro
Ana Luísa: E daqui a quatro anos provavelmente vocês me verão nas Olimpíadas. Provavelmente terei 15 anos.
Repórter: Provavelmente?
Ana Luísa: Sim. Claro que não!
Ana Luisa mora na França desde o início do ano após aceitar o convite para treinar no clube Meaux. O jovem atleta conversou com CBN enquanto assistia à final do individual geral, que rendeu a prata e o título de brasileira com mais medalhas olímpicas para Rebeca Andrade.
Ana Luísa sonha em participar das Olimpíadas, mas sabe que só poderá competir em 2032, na Austrália, devido à idade. Na próxima edição, nos Estados Unidos, Ana terá 15 anos, e a idade mínima para disputar os Jogos Olímpicos de ginástica é 16 anos.
Mas ela garante que estará pronta para representar o Brasil se estiver pronta para competir.
‘Estou muito confiante. Provavelmente não será na minha idade, mas, se as leis mudarem, estarei muito disposto, muito confiante e prometo que tentarei ganhar uma medalha para vocês. Mas se também não for, 2032 é meu, lá na Austrália’, garantiu.
Parte dessa autoconfiança não vem só da inspiração de Rebeca Andrade, mas também de Simone Biles. A americana já conquistou duas medalhas de ouro em Paris e é considerada a maior ginasta de todos os tempos.
‘Eles me inspiram muito. Muito muito muito. Então, dá um ar de confiança, sabe? E parece que você está pronto, que vai vencer. Dá um ar de luta. É como se você estivesse plantando seus frutos e em pouco tempo já estivesse colhendo, entendeu? É assim. É praticamente a mesma coisa, só que é assim pessoalmente, fisicamente, com os seres humanos. Isso me motiva”, afirmou ela.
Ana Luísa Sales em Paris. — Foto: Reprodução
Ana Luisa é filha do professor de educação física Raphael DuGhetto e da bióloga Michele Silva. Seus pais são naturais de São João de Meriti, na Baixada Fluminense, e nunca pouparam esforços para que a menina se tornasse atleta. A primeira mudança foi para o Rio Comprido, bairro da Zona Norte da capital, para ficar mais próximo da Zona Sul, onde ficam Flamengo e Fluminense, clubes onde Ana treinou. Anos depois, o casal decidiu se mudar para outro país para acompanhar a filha. Raphael primeiro organizou habitação e emprego na França e depois esperou pela sua chegada. Hoje, eles moram em Paris.
Michele descobriu o amor de Ana Luisa pela ginástica ao encontrar em seu celular vários vídeos de saltos de nomes como Simone Biles, Daiane dos Santos, Daniele Hypólito e Jade Barbosa – medalhista de bronze em Paris na final por equipes.
‘Eu também perguntei: rítmico, bambolê, fita? Porque a gente tem que ser muito didático com a criança, né? E ela balançou a cabeça negativamente. Ela apenas disse: ‘pula, pula, pula’. Quando ela entrou pela primeira vez em uma academia de ginástica artística, eu olhei e falei: ‘Raphael, a Ana Luisa faz essas coisas, mas parece que ela já faz há muito tempo’. E por incrível que pareça, quando terminou a aula, que foi o primeiro dia de aula, experimental, o professor Marcelo Azeredo, que também estava na Seleção Brasileira, disse a mesma coisa. Eu falei: ‘Não, é a primeira vez’, lembrou a mãe.
Assim como Biles, a especialidade de Ana Luisa é o solo. E isso tem dois motivos: a dança e a música. Influenciada pelos pais desde cedo, Ana ouve artistas como Stevie B, Michael Jackson, Elis Regina, Claudinho e Bochecha e Lauryn Hill. Agora morando na França, ela descobriu as cantoras francesas Édith Piaf e Andila.
Em 2023, no Fluminense, Ana criou sua apresentação no Campeonato Brasileiro com a faixa ‘Money’, da cantora tailandesa de K-Pop Lisa. Durante as férias, a ginasta planeja um solo com Édith Piaf para as próximas competições.
‘Minha mãe toca música em casa do nada. Estou lá no quarto, venho aqui na sala e começo a dançar. Eu chamo: ‘Venha, mãe! Vamos dançar’; ‘Mas, Ana, eu estou fazendo a comida’; ‘Vamos dançar, deixe a comida em paz’, disse ela.
Ginasta Ana Luísa Sales. — Foto: Reprodução
‘Ela é assim. Aí ela ouve e fala: “Mãe, acho que vou colocar essa música na série solo”. “E se eu fizer assim?” Ela adora criar’, confirmou Michele.
E, se depender de Ana Luísa, os alicerces são fortes para estabelecer o Brasil como o país da ginástica.
‘Eu confio muito em mim. Meus pais me ensinaram que se eu não confiar em mim mesmo, as pessoas não confiarão. Você deve acreditar em você mesmo. É como um ímã: primeiro sou eu, depois são as pessoas. Então, primeiro tenho que confiar em mim mesmo, depois peço às pessoas que confiem em mim. É autoconfiança. Meus pais sempre me ensinaram desde pequeno – ‘pense assim: você vai conseguir’; ‘Peça a Deus que o ilumine’, disse ela.
Até chegar a vez de Ana Luísa, o Brasil continua torcendo por mais medalhas na ginástica em Paris. Rebeca Andrade compete no salto, neste sábado (03), e depois no solo e trave, na segunda (05). A estreante olímpica Júlia Soares competirá apenas na trave.
simulador de emprestimo itau consignado
quando vai ser liberado o empréstimo consignado 2023
emprestimo consignado banco pan
bancos que compram dívidas
empréstimo consignado não foi descontado em folha
banco pan empréstimo telefone
empréstimo para servidor público municipal