Mais um mês está chegando ao fim e, mais uma vez, a Administração Nacional de Aeronáutica e Espaço dos Estados Unidos (NASA) não decepcionou os fãs de astronomia e divulgou novas imagens de paisagens cósmicas das profundezas do universo. As fotografias apresentadas foram capturadas pelo Telescópio Espacial James Webb (JWST) e pelo telescópio Euclid.
Para selecionar as melhores do mês, elaborei uma lista com algumas das imagens mais incríveis divulgadas durante o mês, incluindo o anel de joias cósmicas detectado pelo JWST e outros. No total, são três imagens impressionantes fotografadas em missões da NASA e da Agência Espacial Europeia (ESA). Confira!
RX J1131-1231: O anel de joias cósmicas
No início de julho, a NASA apresentou a fotografia de euentidade gravitacional do quasar RX J1131-1231, mas os pesquisadores o apelidaram de “anel de joias” devido ao seu formato peculiar. Ao observá-lo com atenção, você poderá perceber sua semelhança com um anel e três joias.
O anel cósmico de joias está localizado na constelação da Cratera, a aproximadamente 6 bilhões de anos-luz da Terra.Fonte: ESA/Webb/NASA/CSA/A. Nierenberg
Antes de capturarmos imagens como esta, Albert Einstein foi o primeiro cientista a prever lentes gravitacionais. A imagem foi fotografada com o auxílio do Mid-Infrared Instrument (MIRI) de James Webb e faz parte de um programa que tenta resolver o mistério da matéria escura.
“A matéria escura é uma forma invisível de matéria que representa a maior parte da massa do Universo. As observações do quasar de Webb estão permitindo aos astrônomos sondar a natureza da matéria escura em escalas menores do que nunca”, é descrito no site do JWTS.
Arp 142: galáxias em interação
No meio do mês a equipe do Telescópio James Webb divulgou uma imagem do par de galáxias em interação Arp 142 formada pela galáxia espiral distorcida ‘Pinguim’, no centro, e pela galáxia elíptica ‘Ovo’, à esquerda. As duas estão passando por uma fusão que dura milhões de anos, processo que poderá ajudar na formação de milhares de novas estrelas.
No fundo da imagem é possível observar diversas galáxias nas profundezas do cosmos.Fonte: NASA/ESA/CSA/STScI
“Nos casos mais extremos, as fusões podem fazer com que as galáxias formem milhares de novas estrelas por ano durante alguns milhões de anos. Para a Penguin, a pesquisa mostrou que cerca de 100 a 200 estrelas se formam por ano. Em comparação, a nossa galáxia, a Via Láctea (que não interage com uma galáxia do mesmo tamanho) forma cerca de seis a sete novas estrelas por ano”, explica a ESA.
Aglomerado Perseu
O Telescópio Euclides apresentou a imagem de uma paisagem impressionante: o Aglomerado de Perseu. Cientistas estimam que a região abrigue mais de mil galáxias, além de outras 100 mil ao fundo; estes últimos estão a uma distância significativamente maior. Por exemplo, a luz de algumas destas galáxias pode ter levado 10 mil milhões de anos a chegar às observações científicas.
O aglomerado de Perseu está localizado a aproximadamente 240 milhões de anos-luz de distância da Terra.Fonte: ESA / Euclides / Consórcio Euclides / NASA / J.-C. Cuillandre / G. Anselmi
O objetivo dos cientistas é mapear a distribuição dessas galáxias na tentativa de entender um pouco mais sobre a matéria escura. As distorções causadas pelas galáxias podem indicar como a matéria escura está distribuída dentro do aglomerado e em outras regiões do cosmos.
“Se a matéria escura não existisse, as galáxias estariam distribuídas uniformemente por todo o Universo”, explica o cientista da equipe Euclid, Jean-Charles Cuillandre, em um comunicado.
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