Atualmente realizada apenas em experiências e projetos de investigação em curso em todo o mundo, a tecnologia de fusão nuclear promete, uma vez comercialmente viável, fornecer energia limpa, abundante, contínua e segura. Resulta da fusão de dois núcleos de isótopos leves de hidrogênio para formar um núcleo mais pesado, um processo que libera grandes quantidades de energia.
Para poder conter toda esta energia libertada em condições extremas de temperatura e pressão, comparáveis às encontradas nos núcleos das estrelas, enormes reatores em forma de anéis gigantes, tokamaks, são construídospreenchido com ímãs, essenciais para controlar o plasma, que é o estado da matéria ionizada onde ocorre a fusão nuclear.
Para quem tem dificuldade em compreender como funciona (e funciona) este dispositivo, a Escola Politécnica Federal de Lausanne (EPFL), na Suíça, acaba de lançar, no seu Laboratório de Museologia Experimental (EM+), um programa capaz de produzir uma experiência de visualização 3D envolventecom base nos terabytes de dados resultantes das simulações e testes de tokamak realizados pelo Swiss Plasma Center (SPC).
Como é o verdadeiro tokamak da EPFL?
O TCV da EPFL opera desde 1992 na Suíça.Fonte: EPFL/Laboratório de Museologia Experimental
O reator experimental do Swiss Plasma Center da EPFL, usado como fonte da nova forma de interação visual, é, na verdade, um TCV, sigla francesa para Variable Configuration Tokamak. Isto significa que permite variar a forma do plasma confinado na câmara, o que é feito através de ajustes no perfil do campo magnético produzido pelos ímanes.
O objetivo do TCV é realizar estudos avançados em física de plasmas, que incluem a pesquisa de instabilidades na matéria composta por átomos ionizadoso comportamento de diferentes configurações de campo magnético e a busca por melhores técnicas para confinar e aquecer o plasma.
O TCV da EPFL é um tokamak de médio porte, em funcionamento desde 1992, simulando novas formas de trabalhar e realizar experimentos em fusão nuclear, para criar uma extensa base de dados (agora visível) que promova o conhecimento científico nesta área.
Imagens tão reais que mostram rachaduras no tokamak
As imagens captadas por um robô que registrou inclusive o desgaste das telhas de grafite do reator. Fonte: EPFL/Laboratório de Museologia Experimental
A visualização criada pelo Laboratório de Museologia Experimental É apresentado em formato panorâmico medindo 4 metros de altura e 10 metros de diâmetroque, em termos 3D, é um espaço muito grande e envolvente.
A ideia é levar os espectadores a uma “viagem” pelo interior do TCV, renderizado “com detalhes tão impressionantes que rivaliza até mesmo com a experiência de jogo da mais alta qualidade”, afirma o site da EPFL. Para obter esse grau de realismo, foi utilizado um robô, que gera varreduras de altíssima precisão no interior do reator.
De acordo com Samy Mannane, cientista da computação da EM+, “conseguimos até capturar o desgaste das telhas de grafite que revestem as paredes do reator, que estão sujeitas a temperaturas extremamente altas durante os testes do TCV”.
A dificuldade de produzir imagens de fusão nuclear
A produção de imagens de fusão nuclear utiliza tecnologia infográfica de última geração.Fonte: Imagens Getty
O processo de geração da visualização 3D começa quando os engenheiros do SPC fornecem equações para calcular exatamente como as partículas quânticas se movem em um determinado momento. É aí que entram em cena os pesquisadores do EM+, que incorporam esses dados aos do reator para produzir imagens.
Mas todos esses cálculos têm que ser feitos em tempo real. Para produzir uma única imagem, diz Mannane, é necessário calcular o caminho de milhares de partículas em movimento, viajando 60 vezes por segundo até cada olho.
Toda essa produção alucinante é então processada em dois computadores com duas GPUs, adquiridos especialmente para o projeto pela EM+. A saída desses megadispositivos é adequada para apresentação nos cinco projetores 4K do panorama. O sistema reflete os avanços de última geração em tecnologia infográfica.
Mantenha-se atualizado sobre física e ciências aqui no TecMundo e aproveite para compartilhar o material com seus amigos nas redes sociais. Até tarde!
empréstimo consignado descontado em folha de pagamento
zap empréstimo
simular empréstimo fgts bradesco
empréstimo auxílio brasil 2023
limite para empréstimo consignado
nova margem consignavel
empréstimo em belo horizonte