Natiele Costa Nascimento, 23 anos, moradora de Catanduva (SP), faz vídeos com “danças” e usa sua própria história para incentivar as pessoas a verem a vida com leveza. Natiele Costa Nascimento, de Catanduva (SP), chama atenção nas redes sociais Uma moradora de Catanduva (SP) tem se destacado nas redes sociais ao publicar vídeos com “danças” e performances baseadas em letras de músicas. Natiele Costa Nascimento, 23 anos, tem Osteogênese Imperfeita, conhecida como ossos frágeis. Devido à doença, a jovem usa cadeira de rodas para se locomover. Participe do canal g1 Rio Preto e Araçatuba no WhatsApp Mesmo com as dificuldades diárias, a influenciadora digital vive a vida de forma leve e divertida. Por ser comunicativa, em 2020 decidiu gravar e publicar vídeos com músicas de ritmos diversos, como pagode e funk. Ela usa as letras das músicas para alegrar os telespectadores. Natiele Costa Nascimento de Catanduva (SP) Arquivo Pessoal Algumas publicações tiveram audiência recorde, com 2,4 mil visualizações. Natalie também é apaixonada por cabelos e resolveu unir as duas paixões: aproveita para fazer vídeos mostrando seus cachos e até dando dicas para internautas. As postagens são feitas todos os dias e aos poucos a jovem já conquistou cerca de 9 mil seguidores. Ela ficou conhecida na cidade por sua determinação e bom humor. “O importante para mim é poder ser verdadeiro e influenciar as pessoas do meu jeito. Cada pessoa é única e isso é algo que deve ser demonstrado”, afirma Natalie. A rotina de usar cadeira de rodas nas ruas e locais não é fácil, mas Natalie conta que tenta fazer as atividades rotineiras sem ser tão influenciada por fatores externos. Nascida em Maracás (BA), Natalie teve a primeira fratura na perna com apenas um mês de idade. Na época, o bebê foi encaminhado para tratamento em Salvador, capital do estado. Por falta de recursos médicos, a família teve que se mudar para o estado de São Paulo e escolheu Catanduva em 2006. Uma tia da influenciadora já morava na cidade, o que facilitou a adaptação. Na época, o tratamento era realizado em São Paulo a cada quatro meses, e o paciente tomava medicação intravenosa por cinco horas ininterruptas. Devido aos seus “ossos frágeis”, ela já sofreu fraturas nas pernas e nos braços. Um movimento brusco pode trazer consequências: Natiele Costa Nascimento, de Catanduva (SP), teve fraturas nos primeiros meses de vida Arquivo Pessoal “Vivo normalmente, mas tenho que ter muito cuidado. Qualquer movimento repentino poderia me quebrar. Eu quebro se alguém me pegar mal. Já me quebrei dormindo”, diz Oliveira. Atualmente, Natalie mora com a mãe, a dona de casa Maria Lucio Costa, e outros familiares no interior de São Paulo. Maria lembra que a descoberta da doença foi um período de muita apreensão e ela teve até medo de que a filha não sobrevivesse. “Comecei a levar ela (Natalie) na ortopedia e me falaram que ela tem Osteogênese Imperfeita tipo 1. Começamos os tratamentos lá (em São Paulo), depois a encaminharam para o Instituto da Criança e ela começou a tomar pamidronato”, explica o mãe . Ossos frágeis Segundo o Ministério da Saúde, no ano passado ocorreram pouco mais de 1.100 internações por doenças dos ossos frágeis no país. Entre janeiro e abril deste ano, foram registradas 425 internações, segundo a secretaria. Entretanto, não existem estatísticas oficiais sobre casos de osteogênese imperfeita no Brasil. Natiele Costa Nascimento, de Catanduva (SP), tem doença dos “ossos quebradiços” Arquivo Pessoal Os sinais mais comuns são: fraturas por trauma leve; cor azulada na parte branca dos olhos; curto. O diagnóstico é feito na infância. No pré-natal, a ultrassonografia só consegue identificar a doença em casos mais graves, quando o bebê sofre uma fratura ainda no útero materno. Alceu Chueire, médico ortopedista, chefe do Departamento de Ortopedia e Traumatologia e professor da Famerp Divulgação/HB/Famerp Em entrevista ao g1, Alceu Chueire, médico ortopedista, chefe do Departamento de Ortopedia e professor da Faculdade de Medicina do Rio Preto (Famerp), explica que a doença também traz consequências na idade adulta. “Devido à fragilidade do osso, também ocorrem deformidades na coluna, cifose e escoliose. Os sobreviventes são de baixa estatura. Existe a classificação Silêncio para essa patologia, que determina as formas mais graves”, diz Alceu. Com o avanço da medicina, existem tratamentos que atuam sobre fatores genéticos. A recomendação é que pacientes e familiares cuidem das fraturas. Veja mais notícias da região no g1 Rio Preto e Araçatuba VÍDEOS: confira as reportagens da TV TEM
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