Luar: Abaixo a luz da lua, A Bruxa, Pós-SolVidas Passadas, Midsommar, Ex Machina… É bem provável que você conheça todos ou quase todos esses filmes, mas o que eles têm em comum? A bela estampa da A24, estúdio independente que se tornou um dos favoritos dos cinéfilos nos últimos anos.
Detentor do recorde de indicações ao Oscar 2023, com nada menos que 18 (11 delas para Tudo ao mesmo tempo em todos os lugares Tempo), A24 conseguiu chamar a atenção investindo em histórias pouco convencionais (mas autênticas e originais) deixadas de lado pelos grandes estúdios de Hollywood, que vem apostando em franquias já consolidadas e consideradas de baixo risco.
Tudo em Todos os Lugares ao Mesmo Tempo, da A24, foi o grande vencedor do Oscar 2023
História da A24
A produtora foi fundada em 2012 pelos amigos Daniel Katz, David Fenkel e John Hodges, que já atuavam na indústria cinematográfica independente. O que pouca gente sabe é que, no início, a empresa investia apenas na divulgação de filmes. Ou seja, A24 não realizou longas-metragens próprios, apenas comprou as produções de diretores iniciantes e investiu em divulgação e lançamento.
Nesse esquema, o estúdio rapidamente ganhou notoriedade com filmes como Disjuntores da mola (2012), que apresentava ex-estrelas da Disney brincando de ladrões que andam de biquíni, e O brilho Anel (2013), dirigido por Sofia Coppola.
Neste momento, a principal estratégia do estúdio era investir na compra de filmes com narrativas menores ou diferenciadas apoiadas por nomes já consagrados do setor, como aconteceu com Ó Homem duplicado (estrelado por Jake Gyllanhaal), O Anel Bling (por Sophia Coppola) e Lugares Escuros (com Charlize Theron).
Mesmo que o estúdio (apenas um distribuidor na época) tenha pulado alguns títulos, a comunidade criativa de Hollywood viu na A24 uma pausa na ‘mesmice’ vista nas produções das cinco grandes: Sony, Warner Bros, Disney, Paramount e Universal.
Aftersun é um exemplo de filme que não foi produzido pela A24, apenas distribuído e lançado pelo estúdio
Isso porque, desde o início da década passada, o quinteto vem concentrando seus esforços em franquias, revivals, reboots ou live-actions.
Foi aí que diretores com ideias originais viram a oportunidade de executar seus projetos e, claro, a A24 também.
Concentre-se na criatividade
Em 2016 tudo mudou. Pela primeira vez, a A24 decidiu financiar e produzir o seu primeiro filme: Luar – Sob o luarque, um ano depois, renderia ao estúdio o Oscar de Melhor Filme.
A partir daí, vimos vários outros filmes se destacarem nas telas e em premiações, incluindo Uma história de fantasmas, Lady Bird, Minari e tudo ao mesmo tempo em todos os lugares.
Mesmo depois de seu estrelato, A24 continuou a focar em enredos originais de baixo orçamento – o filme mais caro do estúdio, Tudo em Todos Coloque ao mesmo tempo custou apenas US$ 14,3 milhões, enquanto Avatar: O Caminho da Água, que também concorreu ao prêmio de Melhor Filme no Oscar de 2023, teve orçamento estimado em US$ 460 milhões).
Pode-se dizer que o diferencial da estratégia do estúdio é investir na criatividade dos artistas (assim dizem, os executivos se reúnem com os cineastas para uma noite de vinho e queijo, evitando os tradicionais encontros de terno e gravata. Tudo como um forma de trazer mais personalidade ao processo criativo).
A abertura para histórias que vão além do arroz e do feijão também garantiu mais diversidade na tela, o que, no século 21, vai muito bem. Prova disso é que Michelle Yeoh, protagonista de Tudo em Todos os Lugares ao Mesmo Tempo, foi a primeira atriz asiática a ganhar um Oscar.
Um empurrãozinho das redes sociais
Com todo esse investimento em ideias autorais, fica claro que A24 passou a ser considerada a ‘menina dos olhos’ da comunidade cinéfila, que rapidamente adotou o estúdio e adicionaram como favorito em suas contas do Letterbox.
A marca conseguiu construir uma sólida base de fãs, uma comunidade que promove seus filmes por vontade própria.
Seja no Letterbox, no Instagram ou no TikTok, fãs de takes “estéticos” de filmes A24 aparecerão por toda parte – compartilhando a adoração com outros fãs ou se apresentando para quem ainda não conhece. Afinal, existe publicidade melhor do que o boca a boca?
Moonlight foi o primeiro longa produzido pela A24 e o primeiro do estúdio a ganhar o Oscar de Melhor Filme
Hoje, adorada pelos cinéfilos e elogiada pela crítica, a A24 passou a ser considerada uma “marca de grife” no cinema e responsável por fazer um contraponto às gigantescas empresas audiovisuais de Hollywood.
Com os planos do estúdio de expandir seu universo para alcançar novos públicos e produzir mais filmes comerciais – um dos objetivos do estúdio agora seria adquirir os direitos da franquia dia das Bruxas – há esperança de que o A24 continue a ser o selo de qualidade pelo qual se tornou conhecido.
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