‘Não é o que esperávamos, certo? Justiça nos matando mais uma vez. E esta decisão é uma decisão absurda. São quatro anos de busca por Justiça e quatro anos de espera, onde tentamos sobreviver de alguma forma. E agora temos mais novidades, né?’, disse ele em entrevista à CBN.
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Rafaela acrescentou ainda que:
“É a justiça mostrar que é normal a polícia invadir uma casa e disparar mais de 60 tiros. É justiça mostrar que a justiça para jovens negros favelados é diferente se fosse filho de diplomata, como aconteceu há poucos dias. E é isso’.
João Pedro Mattos Pinto, morto durante operação em São Gonçalo. — Foto: Foto: Reprodução/TV Globo
O tribunal absolveu sumariamente os três policiais da Coordenação de Recursos Especiais, CORE, pela morte do adolescente João Pedro. O jovem de 14 anos foi morto a tiros durante operação conjunta da Polícia Federal e da Polícia Civil no Complexo do Salgueiro, em São Gonçalo, em maio de 2020.
João Pedro Mattos Pinto brincava em casa com amigos quando, segundo familiares, policiais chegaram atirando. O menino foi baleado nas costas e resgatado de helicóptero, mas não sobreviveu.
Os agentes Mauro José Gonçalves, Maxwell Gomes Pereira e Fernando de Brito Meister eram réus no caso, por duplo homicídio, por motivo vil e fútil, e estavam em liberdade. Na opinião da juíza Juliana Bessa Ferraz, da 4ª Vara Criminal de São Gonçalo, os policiais agiram em legítima defesa – pois havia bandidos dentro da casa atirando contra eles.
Na decisão, o juiz afirmou que após vários tiros disparados do lado de fora da casa, houve uma pausa, momento em que traficantes teriam jogado um artefato explosivo caseiro na direção dos policiais.
O juiz diz que nesse cenário, para repelir agressões injustas, os policiais atiraram contra o suspeito que, teoricamente, se dirigia para o interior da residência.
João Pedro jogava em casa, no dia 18 de maio de 2020, quando começou uma operação conjunta das Polícias Civil e Federal.
Durante a investigação, foi constatado que o tiro que atingiu João Pedro partiu de um policial civil. A casa de seu tio, onde ele brincava com outras crianças, ficou com mais de 70 ferimentos a bala.
Em audiência de julgamento, ocorrida em 2022, uma testemunha afirmou não se lembrar da presença de traficantes armados nas proximidades da residência onde o adolescente estava. A versão confrontou o que disseram as polícias civil e federal: afirmaram que criminosos do Complexo do Salgueiro pularam o muro da casa.
Parentes de João Pedro afirmaram ainda que a polícia chegou à residência atirando e que a cena do crime foi alterada para dar a impressão de ter ocorrido um confronto com traficantes.
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