O homem já era investigado por outros homicídios na mesma região. Ele foi ouvido nesta terça-feira (9) e permaneceu em silêncio durante seu depoimento. Os corpos dos jovens Renan Douglas, de 16 anos, e Wendys de Caldas, de 24, foram encontrados decapitados, com as mãos amarradas e enterrados em cova rasa, em Bayeux. Arquivo pessoal O homem preso suspeito de participação na morte de Renan Douglas, 16 anos, e Wendes de Caldas, 24, não teriam agido sozinhos. Ele está envolvido com a facção criminosa Comando Vermelho (CV) e a polícia investiga a participação de outras pessoas. A informação foi prestada ao g1 nesta quarta-feira (10) pelo delegado Diego Garcia, que ainda não divulgou o grau de participação do suspeito no caso. Os jovens estavam desaparecidos desde o dia 4 de julho e foram encontrados decapitados, com as mãos amarradas e enterrados em cova rasa, na manhã desta terça-feira (9). O suspeito foi preso no bairro Rio do Meio, em Bayeux, após investigações policiais. Ele foi ouvido nesta terça e permaneceu em silêncio durante depoimento. Segundo o delegado, o homem foi recentemente libertado do sistema penitenciário e já era investigado por outros homicídios na mesma região. A polícia o alcançou por meio de denúncias anônimas e investigações de campo. LEIA TAMBÉM: Entenda por que guerra entre facções é citada como motivo do aumento de assassinatos na Grande João Pessoa No momento da abordagem, o suspeito reagiu à ordem de prisão e, segundo a Polícia Civil, a força proporcional teve que ser usado para conter o suspeito. Com o homem foram encontradas diversas unidades de pinos de cocaína, além de dois sacos maiores, ainda da mesma droga, que ainda seriam desmanchados. Relembre o caso Os jovens do Jardim Veneza, em João Pessoa, estavam desaparecidos desde o último dia 4 de julho, após saírem de um ferro-velho em Imaculada, em Bayeux, e não serem mais vistos. Segundo familiares de ambos, já fazia um mês que os dois se reuniam para trabalhar por conta própria, comprando sobras de paletes para reformar e vender. Segundo funcionários da sucata, eles chegaram por volta das 14h e saíram depois das 16h. O desaparecimento foi relatado na última sexta-feira (5) e encaminhado à Delegacia de Homicídios. Dois jovens estão desaparecidos desde a última quinta-feira (4), em Bayeux (PB). Na terça-feira (9), os corpos dos jovens foram encontrados decapitados, com as mãos amarradas e enterrados em cova rasa. Os corpos apresentavam marcas de ferimentos a bala e, além disso, a polícia também encontrou próximo ao local um facão, que poderia ser uma arma utilizada no crime, não só para ferir as vítimas, mas também para decapitá-las. Segundo o delegado Diogo Garcia, os jovens podem ter sido mortos por serem moradores de uma região dominada por uma facção criminosa rival à que atua no local onde estavam. Durante as buscas, os corpos foram encontrados com a ajuda da cadela Thalia, do Corpo de Bombeiros. Havia urubus no local, o que ajudou a polícia e os bombeiros a definirem um diâmetro para a realização das buscas. Protesto exigindo solução Protesto por dois jovens desaparecidos bloqueia a BR-230, em João Pessoa Volney Andrade/TV Cabo Branco Renan e familiares de Wendes protestaram nesta segunda-feira (8), para exigir solução para o caso e bloquearam um trecho da rodovia BR-101, em João Pessoa. A manifestação começou por volta das 8h, no km 87 da BR-101. Cerca de 20 pessoas incendiaram pneus e outros materiais e bloquearam os dois sentidos da estrada. No início da tarde desta terça-feira (9), manifestantes realizaram um protesto na BR-101, em João Pessoa, e bloquearam o trânsito no entorno de Três Lagoas. A partir das 12h, os manifestantes atearam fogo em colchões, pneus, paletes, entre outros materiais para bloquear a rodovia, que ficou fechada nos dois sentidos e causou um longo engarrafamento. Às 15h, os dois sentidos da estrada estavam liberados. Em determinado momento do protesto, a Polícia Militar interveio, utilizando balas de borracha contra os manifestantes, ação que levou ao fim do confronto logo em seguida. Quatro pessoas foram detidas no protesto. Vídeos mais assistidos do g1 Paraíba
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