Especialistas explicam que sentimentos como alegria, raiva, tristeza e ansiedade podem ser benéficos ou causar queda de cabelo, acne e outros problemas dermatológicos De dentro para fora 2: como as emoções impactam a saúde da pele e dos cabelos? Divulgação/Pixar Em 2015, a animação “Divertida Mente” foi sucesso de bilheteria ao mostrar a “personificação” de diferentes emoções norteando o comportamento da menina Riley. Quase 10 anos depois, a sequência lançada em junho pela Disney mostra a personagem na adolescência e, portanto, enfrentando novos sentimentos. Alegria, Tristeza, Medo, Raiva e Nojo são acompanhados por Ansiedade, Vergonha, Medo e Inveja na sala de controle. E, nesta fase, a “diversão” de Riley ganha destaque, literalmente, pois esses sentimentos impactam direta ou indiretamente no tecido cutâneo. “O sistema nervoso e a pele, assim como seus anexos, foram formados a partir do mesmo folheto embrionário. Isso significa que todos eles têm a mesma origem. Então, não é surpresa que qualquer alteração na emoção, tanto positiva quanto negativa, possa afetar a saúde da pele e dos cabelos”, explica a dermatologista Mônica Aribi, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia. Portanto, a ficção, neste caso, não está nada longe da realidade. Sentimentos de ansiedade podem causar queda severa de cabelo, enquanto um aumento no estresse pode levar a um ataque de acne. Mas quem explica todos os detalhes são as dermatologistas Mônica Aribi, Ana Maria Pellegrini e Paola Pomerantzeff e a psicóloga Clarice Lopes Gentilli. Como a “diversão” afeta a saúde da pele e do cabelo? Ansiedade A ansiedade pode aumentar os níveis de cortisol, conhecido como ‘hormônio do estresse’ Divulgação/Pixar Essa é a sensação que pode levar os níveis de cortisol às alturas: multitarefa, esse hormônio é responsável por gerar respostas ao estresse, função imunológica e regular o metabolismo. Acontece que, sob carga elevada, uma dessas respostas fisiológicas é aumentar a oleosidade da pele e dos cabelos. Nos momentos de ansiedade, quando há aceleração dos batimentos cardíacos e do metabolismo, as glândulas sebáceas entendem que precisam aumentar a lubrificação da pele como forma de defesa e, consequentemente, ficam mais oleosas. Na pele há maior propensão ao desenvolvimento de acne, podendo até cair os cabelos, pois a oleosidade se acumula na raiz do folículo piloso, reduzindo a irrigação e a oxigenação dos fios.” Outras condições que podem ser desencadeadas são a dermatilomania e a tricotilomania, nas quais o paciente sente necessidade de cutucar a pele ou arrancar os cabelos, respectivamente. E, segundo a médica Paola Pomerantzeff, também pode acontecer o contrário, ou seja, doenças de pele que levam a pessoa a uma crise de ansiedade: “Acne, psoríase e vitiligo são alguns exemplos. A pele comprometida em áreas descobertas expõe o paciente, gerando desconforto e sofrimento psicológico.” Medo O medo é um sentimento que pode deixar o corpo em estado de alerta constante Divulgação/Pixar Assim como a ansiedade, essa emoção também tende a deixar nosso corpo em estado de alerta, gerando um comportamento excessivamente impulsivo ou cauteloso. E, quando se trata de pele, o medo do envelhecimento toma conta das preocupações de muitas pessoas: “Esse medo do envelhecimento pode levar à busca excessiva por procedimentos estéticos e, em casos extremos, ao transtorno dismórfico corporal (TDC), em que a pessoa apresenta uma percepção distorcida de sua aparência e busca repetidas vezes intervenções estéticas”, explica Ana Maria Pellegrini. Ao mesmo tempo, o medo também pode ser o sentimento que nos impede de realizar determinadas ações por medo de possíveis consequências, como um procedimento estético mal sucedido e com resultados artificiais: “É um medo importante, pois gera cuidado. Porém, não há por que temer procedimentos desde que a vontade do paciente esteja dentro da normalidade e o tratamento seja realizado por médico competente e especializado”, orienta Mônica. O medo também é o “setor” das fobias e por isso o sentimento acaba se misturando à ansiedade em determinados momentos, como explica a psicóloga Clarice Lopes Gentilli: Você pode sentir medo de fazer uma prova, mas isso te motiva a estudar. Ou você tem medo de lugares altos e evita esse tipo de lugar. Esses sentimentos, juntamente com nossas crenças, valores e nosso ambiente, podem nos fazer agir de maneira prejudicial ou nos encorajar a realizar ações que sejam boas para nós. Há uma diferença daquele medo acentuado com intensidade um pouco menor, que seria aquela ansiedade constante. E uma situação que causa mais medo, o corpo já está sobrecarregado e o coração acelerado, o que pode provocar uma alteração no sistema digestivo.” Vergonha A vergonha de algo sobre você ou uma situação pode deixar uma pessoa mais tímida ou retraída, especialmente durante a adolescência Divulgação/Pixar Falando em acne e outros problemas de pele, Pomerantzeff comenta que essas condições podem impedir que as pessoas deixem algumas partes do corpo descobertas, fora de vergonha pelo que os outros possam pensar. Situações como essas são bastante comuns, principalmente na adolescência. Por isso, além de procurar tratamento, é fundamental que os pais conversem e demonstrem apoio, pois isso pode reforçar a timidez da criança ou torná-la mais retraída: “Muita gente percebe, fica olhando e até pergunta sobre o problema. Pode ser constrangedor e desagradável para o paciente, que muitas vezes já não se sente bem por ter esse quadro”, afirma o médico. Raiva Um pico de raiva faz com que as glândulas sebáceas funcionem de forma exacerbada, aumentando a oleosidade da pele e dos cabelos Divulgação/Pixar Aribi explica que, “nos momentos de raiva, vivenciamos picos de estresse muito elevados, com consequente aumento de frequência cardíaca, temperatura corporal e velocidade de circulação” devido à alta carga de adrenalina. Como a pele é um tecido terminal, o sangue demora mais para chegar, deixando o órgão mal irrigado: “Então, o aumento da temperatura corporal faz com que as glândulas sebáceas funcionem de forma exacerbada”, fazendo com que os cabelos e a pele fiquem mais finos. oleoso e, consequentemente, obstruindo os folículos capilares e os poros e causando queda de cabelo, acne ou foliculite. Joy Joy aumenta os níveis de hormônios como dopamina e serotonina, trazendo benefícios à saúde da pele e dos cabelos Globo É aquela sensação boa de bem-estar, animação e excitação… Mas também pode andar de mãos dadas com ansiedade, como lembra Clarice: “Por incrível que pareça, podemos sentir as duas coisas ao mesmo tempo. Por exemplo, quando você vai fazer algo que gosta muito, vai a uma festa, está apaixonada, vai encontrar seu namorado ou ter um primeiro encontro. Mas, dependendo da situação, a alegria pode ser calma, tranquila, a pessoa vai ficar relaxada e o coração vai desacelerar.” E claro que existem vários neurotransmissores relacionados com a felicidade, como a dopamina e a serotonina, que têm efeitos positivos no tecido da pele. Além do bom humor nos ajudar a lidar com questões desafiadoras do dia a dia, traz benefícios à saúde dos nossos cabelos, deixando-os mais fortes e vibrantes. “Esses neurotransmissores melhoram a circulação sanguínea, potencializando a oxigenação e a nutrição das células da pele, o que pode resultar em uma aparência mais saudável e radiante. Além disso, eles ajudam a reduzir a inflamação. E manter uma rotina de cuidados com a pele também é uma excelente forma de autocuidado que pode melhorar a autoestima e o bem-estar geral, contribuindo para um humor mais feliz e estável”, destaca Ana Maria Pellegrini. Tristeza A sensação acentuada de tristeza desregula o nível de cortisol e acelera o processo de envelhecimento da pele Divulgação/Pixar Embora a alegria traga benefícios para a pele, a tristeza pode trazer alguns malefícios. Segundo a dermatologista Paola Pomerantzeff, essa sensação também altera os níveis de cortisol que, como mencionado anteriormente, causa hiperatividade das glândulas sebáceas, estimulando a oleosidade, interferindo no crescimento dos fios e até mesmo queda severa dos cabelos, quadro chamado de eflúvio telógeno. . “Além de promover o aparecimento de acne e inflamações na pele, quando o cortisol está muito elevado, provoca aumento da glicemia, levando a um processo conhecido como glicação, que destrói a fibra de colágeno. O resultado é o envelhecimento precoce da pele”, alerta o médico. Tédio O tédio pode levar a comportamentos repetitivos, como cutucar espinhas e feridas, causando lesões mais graves Divulgação/Pixar Cutucar espinhas, tocar constantemente no cabelo, coçar-se ou remover crostas de feridas: esses hábitos parecem inofensivos, mas podem ter consequências graves, como deixar a pele desgastada, favorecendo a infecção das lesões e levando à celulite infecciosa, que exige tratamento com antibióticos orais: “Tocar excessivamente o rosto também pode levar à formação de cistos sebáceos, que devem ser removidos cirurgicamente. Tocar no cabelo, além de deixar os fios quebradiços, acaba provocando aumento da oleosidade, o que favorece a queda”, explica Mônica. Inveja A inveja pode incentivar a busca por procedimentos estéticos exagerados Divulgação/Pixar Assim como a vergonha, essa emoção também pode gerar comparações e impulsionar a busca por procedimentos estéticos. Por isso, Pomerantzeff reforça a importância de os médicos conversarem com os pacientes antes de qualquer intervenção, por menor que seja, para entender as motivações por trás desse desejo de mudar de corpo: “Algumas pessoas acreditam que conseguirão o que invejam em outras pessoas. se eles se parecem com eles. Pode ser simplesmente a aparência, o sucesso profissional ou até mesmo um grande amor. Porém, é sempre importante deixar claro que o procedimento só é capaz de promover uma melhora na autoestima, o que pode deixar a pessoa mais confiante e feliz, mas não é garantia de mais nada.” Consulte Mais informação!
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