O Itamaraty divulgou comunicado no qual afirma que um pedido formal de desculpas pelo ocorrido foi “entregue nas mãos dos embaixadores estrangeiros” do Gabão e de Burkina Faso. O mesmo será feito com a representação do Canadá. O governo brasileiro fez um pedido formal de desculpas pela abordagem racista, por parte da Polícia Militar, a adolescentes estrangeiros que estavam de férias em Ipanema, no Rio de Janeiro. O Itamaraty, responsável pela diplomacia brasileira, divulgou comunicado informando que entrará em contato com o governo do estado do Rio para realizar uma investigação rigorosa do caso, inclusive responsabilizando os policiais envolvidos. O Ministério das Relações Exteriores do Brasil informou em comunicado que “recebeu, esta manhã, os embaixadores do Gabão e de Burkina Faso em Brasília, a respeito da abordagem policial a menores filhos de diplomatas credenciados junto ao Estado brasileiro”. O texto continua dizendo que “na reunião foi entregue uma nota verbal aos embaixadores estrangeiros com um pedido formal de desculpas da parte brasileira, e o anúncio de que o Itamaraty entrará em contato com o governo do estado do Rio de Janeiro”. Janeiro, solicitando investigação rigorosa e adequada responsabilização dos policiais envolvidos na abordagem.” “Uma nota com conteúdo idêntico será entregue em mãos, nesta sexta-feira, ao embaixador canadense”. No Rio, a Delegacia Especial de Atendimento ao Turista (Deat) abriu inquérito e vai ouvir os jovens. Imagens de câmeras de segurança de um prédio em Ipanema, na Zona Sul, registraram a abordagem brutal, ocorrida na noite de quarta-feira. O vídeo mostra os adolescentes entrando em um prédio da Rua Prudente de Morais quando o carro da polícia parou na calçada e os policiais saíram com as armas em punho. O grupo, formado por um jovem branco e outros três negros, foi obrigado a encostar-se na parede para ser revistado. Os amigos haviam chegado de Brasília, na manhã de quarta-feira, para passar cinco dias de férias no Rio. A mãe de um dos adolescentes relatou o episódio nas redes sociais. Ao saber da abordagem e ver as imagens da câmera de segurança do prédio, Rhaiana Rondon acusou a polícia de racismo: “Uma viagem de férias, planejada há meses entre quatro amigos. Com destino ao Rio, quatro adolescentes de 13 e 14 anos, acompanhados dos avós de um deles, sofreu a pior forma de violência nas primeiras horas. Às 19h, voltando para casa em Ipanema, foram deixar um amigo na porta de sua casa, na Rua Prudente de Moraes, quando foram abordados abruptamente. policiais militares, armados com fuzis e pistolas, e sem perguntar nada, colocaram os meninos (menores de idade) contra a parede do condomínio. Três dos quatro adolescentes são negros!” Os jovens estavam visitando o Rio. Eles estavam acompanhados por dois amigos brancos. Eles foram abordados pela polícia quando entraram no prédio onde morava um desses amigos. O caso abriu espaço para a discussão sobre o racismo e o despreparo dos policiais na abordagem aos negros: — A atitude dos policiais é uma reprodução da sociedade racista que existe em nosso país. O caso está tendo maior repercussão, obviamente, porque diz respeito a jovens estrangeiros. Mas essa abordagem acontece o tempo todo em vários lugares do Brasil. Inclusive já fui abordado assim — diz o jornalista René Silva, editor do jornal Voz das Comunidades. René acrescentou: — Acredito que o PM pode mudar a sua formação ouvindo os movimentos sociais e os pesquisadores. As atitudes racistas acontecem naturalmente e ninguém questiona por que os brancos são tratados de forma diferente dos negros. Tivemos muitos casos de jovens negros inocentes que morreram e nada mudou. A sociedade não está chocada — diz ele.
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