Os dados são da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave). No período, o país registrou 1.143.796 novos emplacamentos, um aumento de 14,59% em relação ao mesmo período de 2023. Volkswagen anuncia início da produção do Polo Track, sucessor do Gol na fábrica de Taubaté Volkswagen/ Divulgação O Volkswagen Polo é o veículo novo mais vendido no primeiro semestre de 2024, segundo dados divulgados pela Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave) nesta quarta-feira (3). O modelo mantém a liderança ao longo do ano, deixando para trás a Fiat Strada, que liderou a lista dos mais vendidos de 2021 a 2023. Nos primeiros seis meses do ano, foram emplacadas 57.862 unidades Polo. Da Strada, foram vendidas 56.597 unidades. Veja a lista dos mais vendidos do 1º semestre. Volkswagen Polo: 57.862 unidades Fiat Strada: 56.597 unidades Chevrolet Onix: 43.603 unidades Hyundai HB20: 42.696 unidades Fiat Argo: 39.624 unidades Fiat Mobi: 32.240 unidades Volkswagen T-Cross: 31.519 unidades Hyundai Creta: 30.531 unidades Onix Plus: 29.907 unidades Traker: 5 unidades Emplacamentos até junho No primeiro semestre de 2024, o país registrou 1.143.796 novos emplacamentos, um aumento de 14,59% em relação ao mesmo período de 2023. O número considera automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus. g1 considera motocicletas separadamente e não inclui equipamentos rodoviários. Em junho de 2024, a federação registrou 214.289 novas inscrições. Em relação a maio, houve aumento de 10,32% (194.237 unidades); Em relação a junho de 2023, registrou alta de 13,09% (189.491 unidades). O mercado automotivo está em franca expansão este ano, em meio a um ciclo histórico de investimentos, que supera os R$ 125 bilhões anunciados pelas montadoras que atuam aqui, para ampliar a produção e desenvolver tecnologia no país. A Fenabrave atribui a melhora do setor às melhores condições de crédito ao longo de 2024. A entidade cita o ciclo de redução da taxa básica de juros desde agosto do ano passado, que ajudou a reduzir os níveis de inadimplência no setor. “Quando as taxas de inadimplência caem, os bancos ficam mais confortáveis para aprovar novas formas de crédito. Isso já está incluso no crescimento que temos aqui”, afirma Andreta Jr., presidente da Fenabrave. “Estávamos vendendo carros para os quais os bancos não aprovavam financiamento. Agora, essa recusa diminuiu.” Taxas de juros mais baixas e matrículas mais altas: será mais fácil comprar um carro novo em 2024? Projeções para 2024 A Federação também divulgou novas projeções para o crescimento do setor automotivo ao longo deste ano, mais otimistas que as anteriores. Segundo a Fenabrave, a estimativa é: crescimento de 12% a 15% nos emplacamentos de automóveis novos e comerciais leves, para 2.506.267 veículos; aumento de 10% para 12% dos caminhões, para 116.654 unidades; manutenção do aumento projetado de 20% em ônibus, para 24.622 veículos. A melhora nas projeções contrasta com a valorização do dólar, interrupção do ciclo de cortes na taxa básica de juros e pressão sobre a inflação de itens básicos. Seriam dados que, em tese, desencorajariam os consumidores de trocar de carro. Para Andreta Jr., porém, o fator fundamental para manter o otimismo é eliminar o endividamento do consumidor, para que o fluxo de compras persista. “As vendas de automóveis e comerciais leves são baseadas na disponibilidade de crédito. E o crédito automotivo é a Selic mais o spread. Isso depende mais do histórico de crédito do consumidor”, afirma. Juros mais baixos e matrículas mais altas: será mais fácil comprar um carro novo? Relativamente ao agravamento das expectativas económicas, o presidente da entidade espera que a turbulência seja temporária e não deverá ter efeitos duradouros. “Poderíamos até melhorar a projeção se a tendência de queda dos juros continuasse, se o dólar se estabilizasse. Mas faremos novas projeções em outubro.” Andreta Jr. diz que outro fator que pode fazer com que os números sejam revisados é a tragédia no Rio Grande do Sul, com as enchentes de maio e junho. O mercado, segundo a Fenabrave, representa quase 5% do total e foi totalmente interrompido. “Teremos que substituir esses carros perdidos. Dependendo da recuperação, poderá haver um crescimento ainda mais forte. […] Mas as vendas ainda serão retomadas? Em que velocidade?”, afirma Andreta Jr. Segundo a entidade, 280 concessionárias e comerciantes foram atingidos no estado e o Detran local foi alagado. Mesmo os carros que estavam à venda não saíram, porque os carros novos não podiam ser licenciados. “Estamos preparando o trabalho para que eles possam buscar financiamento e retomar bem suas atividades”.
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