Aos âncoras do Estúdio CBN, Tatiana Vasconcellos e Fernando Andradeo jornalista investigativo Natália Vianafala sobre o lançamento do livro ‘O vazamento: memórias do ano em que o WikiLeaks abalou o mundo’. A obra é uma autobiografia que conta a trajetória do autor junto ao ‘WikiLeaks’, organização criada em 2006 por Julian Assange, acusado de vazar, por meio da empresa, milhares de documentos confidenciais dos Estados Unidos. Ela detalha o trabalho ao lado de Assange, as lições aprendidas durante sua permanência no grupo e detalha um convite confidencial para ingressar no ‘WikiLeaks’.
A jornalista detalhou como foi trabalhar ao lado de Julian Assange, fundador do WikiLeaks, que apesar de ser considerado uma ‘pessoa difícil de se trabalhar’, sempre a tratou com muito respeito.
“Julian, ele é uma pessoa difícil de trabalhar, acho importante dizer isso. É uma pessoa que acabou brigando, tendo conflitos com quase todos os principais parceiros do Norte Global, The Guardian, New York Times, etc. Todo mundo reclama de trabalhar com ele, mas ele sempre me tratou com muito respeito, e quero dizer respeito jornalístico, respeitando as decisões que tomei, me dando carta branca para pensar e conduzir a coordenação desse trabalho jornalístico com a maior liberdade . Ele sempre me ouviu.”
Além disso, Natalia Viana relata a influência do trabalho jornalístico investigativo realizado no ‘WikiLeaks’ no seu crescimento como jornalista. Segundo ela, os aprendizados na empresa fizeram e continuam fazendo a diferença em seu trabalho.
“Aprendi muito com Julian Assange. Muitos dos princípios que hoje, de fato, muitas organizações jornalísticas adotam no Brasil, mas o órgão público também, foram aprendidos lá”, relatou.
“As colaborações jornalísticas, reunir diferentes redações, fazer pesquisas ou analisar a base de dados, também foi uma inovação de Julian Assange. Então, para mim, foi um momento de grande crescimento.”
Viana conta ainda que o convite para ingressar no projeto foi totalmente secreto. Até o primeiro momento não foi possível saber do que se tratava completamente, e ela só saberia depois de aceitar a proposta. Foi apenas com o apoio do colega jornalista de investigação, Gavin MacFadyen, também ligado ao ‘WikiLeaks’, e em quem ela confiava muito, que ela decidiu participar.
“Resolvi ligar para um jornalista americano que sempre foi uma espécie de mentor para mim. Gavin, recebi uma ligação estranha sobre um projeto, você tem alguma coisa a ver com isso, sabe do que se trata? sim, seria um projeto tremendo, do qual não me arrependeria. ‘Venha para Londres’, ele me disse que eu confiava muito nele, deixei minha vida amazônica lá, ficou no passado, peguei o avião para São. Paulo e dois dias depois fui embora estava em Londres”, relatou.
Em um trecho do livro, ela descreve seus sentimentos ao chegar na organização.
‘Eu estava prestes a entrar em um carro desconhecido, rodeado de pessoas que nunca tinha visto na vida, rumo a um lugar que não fazia ideia de onde ficava, para trabalhar com documentos secretos do governo americano. Só pensei que minha mãe ficaria muito preocupada se soubesse.
Criado em 2006 pelo australiano Julian Assange, o ‘WikiLeaks’ é uma organização jornalística investigativa especializada em receber documentos vazados por ‘denunciantes’, pessoas de dentro de empresas que observam abusos de poder e erros, e por não conseguirem causar muita mobilização, pegam o documentos que comprovam esses abusos são repassados ao WikiLeaks.
O ‘WikiLeaks’ está empenhado em manter estes vazadores sob total sigilo, em total segurança e dando a máxima visibilidade aos documentos, fazendo parceria com organizações jornalísticas para processar e investigar os documentos vazados.
Apesar de ter surgido em 2006, o WikiLeaks só ficou famoso em 2010, quando vazou um vídeo confidencial mostrando um ataque de helicóptero dos EUA no Iraque. A rede divulgou cerca de 490 mil documentos militares dos EUA sobre as guerras no Iraque e no Afeganistão. Os arquivos foram considerados confidenciais, ou mesmo secretos.
O fundador do WikiLeaks estava preso desde 2019, no entanto, Julian Assange foi libertado esta semana depois de passar 12 anos confinado – primeiro na embaixada do Equador em Londres, e depois numa prisão de segurança máxima no Reino Unido. A liberdade do ativista é contestada por um dos governos mais poderosos do mundo pela liberdade de acesso à informação.
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