Equatorial: conheça a empresa que deve comprar 15% das ações da Sabesp

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A empresa está no mercado há mais de 20 anos e atende mais de 13 milhões de clientes. Equatorial Energia A Equatorial Equatorial Energia, única empresa a apresentar proposta de compra de ações da Sabesp, é uma holding – gestora que controla outras empresas – de “utilities”, como são chamadas as empresas que atuam no setor de energia, água e gás. Com mais de 20 anos de mercado, a empresa atua com concessionárias nos estados de Alagoas, Amapá, Goiás, Maranhão, Pará, Piauí e Rio Grande do Sul, e é o 3º maior grupo distribuidor do país em número de clientes. Atende mais de 13 milhões de pessoas nessas regiões. A empresa ainda atua nos segmentos de transmissão, telecomunicações e energias renováveis, além de ter ingressado recentemente no setor de saneamento, após adquirir os serviços de água e esgoto do governo do Amapá no final de 2021, em uma concessão com prazo de 35 anos . No primeiro trimestre deste ano, a Equatorial registrou lucro líquido ajustado de R$ 384 milhões, aumento de 40,9% em relação ao observado no mesmo período de 2023. Em nota, a empresa afirmou que o valor oferecido por 15% de das ações como acionista de referência da Sabesp, era de R$ 67 por ação. A empresa também reiterou que “continuará seguindo todas as etapas e procedimentos previstos no edital”, que estão sendo realizados pela Sabesp e pelo Governo do Estado de São Paulo. “A participação do Grupo Equatorial, como um dos principais líderes do setor energético do país, no processo, é mais um passo na consolidação da empresa no segmento de saneamento brasileiro, expansão geográfica para a região sudeste e diversificação na infraestrutura segmento”, informou. Primeira etapa da venda de ações A Equatorial venceu a primeira etapa da venda de ações da Sabesp, ao adquirir 15% das ações por R$ 6,9 bilhões. Nesta fase, apenas poderiam participar empresas com experiência em saneamento. A atual presidente do conselho de administração da Sabesp, Karla Bertocco Trindade, foi membro do conselho de administração da Equatorial Energia e membro do comitê de regulação e inovação e do comitê operacional da empresa até dezembro do ano passado. Ela renunciou ao cargo no dia 29 de dezembro. Em nota, a Equatorial informou que vem avaliando o setor de saneamento desde a publicação do novo marco do segmento, o que motivou a participação da empresa em diversos leilões públicos. “Nesse contexto, o trabalho então realizado pela assessora independente Sra. Karla Bertocco, a partir de 2022, no âmbito do Conselho de Administração da Equatorial, esteve sempre alinhado às melhores práticas de governança da empresa e do mercado, sem qualquer ação em potencial conflito de interesses”, disse a empresa. A Equatorial destacou ainda que a demissão de Bertocco, em 2023, ocorreu “muito antes de serem definidas as regras do processo de privatização da Sabesp”. A empresa reiterou ainda que adota “os mais elevados padrões de governança corporativa” e que nos últimos anos consolidou uma série de “importantes políticas e regulamentos para fortalecer os níveis de segurança e confiabilidade de sua gestão”. “O grupo segue rigorosamente um Código de Ética, que regulamenta toda a conduta das empresas no Brasil e de seus executivos, em todos os seus negócios e relacionamentos”, acrescentou. Procurada pelo g1, a Sabesp não se posicionou sobre o tema até a última atualização desta reportagem. Começa o período de reservas para quem quiser comprar ações da Sabesp Segunda etapa de venda de ações No início desta semana, a Sabesp iniciou a segunda etapa do processo e abriu a venda de mais 17% de suas ações para investidores aptos a atuar no mercado de ações, incluindo pessoas físicas. Ao final do processo, dos 50,3% de ações que o governo paulista detém atualmente: 32% serão detidos por investidores; 18% ficarão com o governo do estado. As ações remanescentes da empresa (49,7%) já estão negociadas nas Bolsas de Valores de São Paulo e Nova York. O governo do estado pretende finalizar a venda da empresa até 22 de julho. Privatização O projeto que autorizou a privatização da Sabesp foi aprovado pela Assembleia Legislativa de São Paulo em dezembro de 2023. Na capital, a privatização foi aprovada pela Câmara Municipal em 2 de maio deste ano. Atualmente, metade das ações da empresa estão sob controle privado, sendo parte negociada na B3 e parte na Bolsa de Valores de Nova York, nos Estados Unidos. Mesmo com a aquisição de 15% das ações da Sabesp, a empresa ainda terá uma participação menor que a do Governo do Estado de São Paulo. Atualmente, a Sabesp atende: 28,1 milhões de clientes com abastecimento direto de água; 24,9 milhões de clientes com coleta direta de esgoto; 376 municípios no total. No primeiro trimestre deste ano, a Sabesp registrou lucro líquido de R$ 823,3 milhões, aumento de 10,2% em relação ao mesmo período do ano passado. Em 2023, o lucro anual total da empresa foi de R$ 3,5 bilhões.



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