Um teste internacional de conhecimento, realizado em escolas públicas e privadas de 64 países, mostrou que mais da metade (54,3%) dos estudantes brasileiros de 15 anos apresentaram baixo nível de criatividade ao tentar resolver problemas científicos e sociais. senso comum de que o brasileiro é criativo e sempre tem uma boa ideia para resolver os problemas do dia a dia. Portanto, os resultados de uma pesquisa do Pisa, sigla em inglês para International School Assessment Program, publicada pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), foram surpreendentes. O teste internacional de conhecimentos, realizado em escolas públicas e privadas de 64 países, mostrou que mais da metade (54,3%) dos estudantes brasileiros de 15 anos apresentaram baixo nível de criatividade ao tentar resolver problemas científicos e sociais. Luzes, câmera e oração: igrejas evangélicas mantêm discurso conservador, mas investem na roupagem pop Professor premiado alerta Felipe Neto e Pequena Lô: ‘Tudo o que você fala ressoa muito na sala de aula’ O Brasil ficou em 49º lugar no ranking, liderando muitos educadores e famílias se perguntam: estamos nos tornando pouco criativos? A psicóloga Renata Ishida, gerente pedagógica do Laboratório de Inteligência de Vida (LIV), programa brasileiro referência em educação socioemocional presente em mais de 600 escolas do país, diz que primeiro é preciso saber quais foram os critérios de avaliação e entender se entendem a realidade brasileira. Feito isso, ela diz que é possível que pais e escolas adotem medidas para estimular a criatividade de crianças e jovens. Uma das ideias, diz Renata, é investir na aprendizagem a partir de projetos interdisciplinares. “Um projeto que combina ciência e arte pode permitir que os alunos explorem a biologia através da criação artística. A integração das disciplinas estimula a capacidade de tecer conhecimentos”, afirma. Confira outras ações que o especialista da LIV sugere para escolas e famílias: Pensamento Crítico e Resolução de Problemas: integre atividades que desafiem os alunos a resolver problemas complexos de formas inovadoras. Isto pode incluir debates, estudos de caso e simulações. Estimular a sala de aula com espaços de aprendizagem flexíveis: Crie salas de aula com áreas dedicadas a diferentes tipos de atividades criativas, como espaços de experimentação, criação de arte ou colaboração em grupo. E que não utiliza apenas o processo de escrita: incluir ações que envolvam o corpo e outras formas de linguagem estimula outros caminhos para o pensamento. Uso de ferramentas tecnológicas: Incorpore tecnologias que permitam aos alunos explorar suas ideias de novas maneiras, como software de design gráfico, programação de computadores e impressoras 3D. Tempo ocioso: Os pais, pensando que estão fazendo o melhor que podem, envolvem os filhos em diversas atividades depois da escola. Mas o tempo de inatividade também é importante. A falta de produtividade não é negativa. Uma mente sobrecarregada e estressada não consegue produzir ideias e trabalhos criativos e de qualidade. Não ter nada estimulante ou tarefas para uma criança por um tempo pode ser importante para que ela procure formas de se divertir. Educação socioemocional: As competências socioemocionais e a inteligência socioemocional são fundamentais para o desenvolvimento da criatividade, pois fornecem a base emocional e cognitiva necessária para explorar ideias inovadoras e resolver problemas de forma original. Autoconhecimento, comunicação, pensamento crítico e perseverança contribuem para a criatividade.
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