A Logitech G, marca suíça de periféricos voltada ao público gamer, esteve presente na Gamescom Latam, em São Paulo, com um estande de aproximadamente 120m² na tentativa de estreitar ainda mais seu relacionamento com o público brasileiro. De 26 a 30 de julho, o espaço contou não só com uma loja com os lançamentos da marca para compra e testes, mas também ativações com influenciadores e equipes de esports.
Na época, o Voxel tive a oportunidade de conversar com Ricardo Filó, head de marketing da Logitech Brasil, para entender mais sobre a importância do mercado brasileiro nas estratégias da empresa; como suas políticas de preços são adotadas; e claro, o esperado lançamento de alguns de seus produtos mais esperados — como o console Logitech G Nuvemo que permanece imprevisto.
O mercado brasileiro pós-pandemia
Uma informação muito relevante trazida por Ricardo Filó foi que o mercado brasileiro, entre todos aqueles que a Logitech atua, foi um dos únicos que continuou a crescer após a pandemia de Covid-19.
“Muitos mercados da Logitech tiveram crescimento muito elevado durante a pandemia, mas começaram a cair, o que já era esperado”, explica o executivo. “O crescimento do Brasil cresceu durante a pandemia e continuou crescendo pós-pandemia, mostrando a oportunidade que temos aqui no Brasil a ponto de chamar a atenção da gestão global. A Logitech é líder de mercado no Brasil, tanto de escritório quanto de games, mas ainda há muito espaço para crescimento.”
A Logitech G, vale lembrar, tem fama de ter produtos caros. Quando questionado sobre as intenções da marca em tornar os seus periféricos mais acessíveis a pessoas com pouco poder de compra, Ricardo Filó deixou claro que a marca está sempre a estudar formas de reduzir os seus preços e atingir novos públicos.
“Sim, tentamos trazer produtos para todos os públicos e gostos, mas a Logitech obviamente dá muita ênfase à qualidade e à tecnologia embarcada. Existe a possibilidade de não conseguirmos realmente atingir todos os públicos com esses produtos básicos porque A ideia é que tenham tecnologia atual para agregar valor”, explica Ricardo.
“Mas estamos sempre estudando formas de reduzir preços, marcar presença em outras regiões, atingir novos públicos que buscam produtos de qualidade e a tecnologia que podemos oferecer”, acrescentou.
O Logitech G Cloud ainda vem para o Brasil?
Na última ocasião em que Voxel teve a oportunidade de conversar com a Logitech, a marca ainda buscava formas de trazer seu console, o Logitech G Nuvem, para o mercado nacional. Depois de quase dois anos desde seu lançamento nos Estados Unidos, Ainda é bastante incerto se o aparelho será popular por aqui.
Segundo Ricardo, os principais entraves envolvem tecnologia e estratégia de preços, por se tratar de um produto de altíssimo valor agregado. “Este ano estamos ampliando sua disponibilidade para outras regiões, mas o Brasil ainda não está aprovado para lançar o produto”, disse.
“Sentimos que o mercado brasileiro ainda não está bem preparado para trazermos o produto e para o consumidor ter uma boa experiência. Gostaria muito que estivesse aqui também e estamos lutando para que isso aconteça”, garantiu.
Lançamento simultâneo de produtos no Brasil
A empresa também garantiu que busca sempre trazer seus lançamentos quase simultaneamente para o Brasil. Embora pareça uma realidade distante, o chefe de marketing garantiu que o teclado sem fio G515 chegará em breve e explicou que o motivo desses atrasos é mais burocrático.
“É mais uma questão de certificação da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações), necessária para esses produtos wireless, e autorização para importar e vender esse produto localmente, do que disponibilidade da fábrica da Logitech”, esclareceu.
Teclado sem fio Logitech
Ainda assim, a intenção da Logitech é disponibilizar a mais completa linha de produtos aos consumidores brasileiros, principalmente aqueles que estão em outras regiões e ainda não chegaram por aqui. “Algumas coisas já conquistamos, outras ainda estão por chegar. Continuaremos tentando”, afirmou.
Logitech e sua presença nos eSports
Por fim, Ricardo Filó também trouxe a informação de que cerca de 60% dos jogadores profissionais usam mouses Logitech para jogar profissionalmentedeixando a marca com seus produtos bem posicionados e reconhecidos neste cenário.
Mesmo patrocinando diretamente as equipes Red Canids e Legacy, a marca busca formar parcerias com outras equipes, por maiores que sejam, e mesmo aquelas que estão apenas começando com o propósito de pertencer ao ecossistema como um todo. É por isso, a empresa não tem intenção de lançar equipe própriajá que não quer prejudicar seu relacionamento com outros times e jogadores.
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