Neste 28 de junho, Dia do Orgulho LGBTQIAPN+, o ge apresenta clubes amadores fundados sob a bandeira da diversidade sexual e do respeito às diferenças. Segundo o dicionário Aurélio, esporte é “conjunto de exercícios físicos praticados metodicamente, individualmente ou em equipe”. Mas para algumas pessoas o desporto significa inclusão. Jogadores do Pampahand falam sobre a importância do esporte na causa LGBTQIAPN+ Esse é o lema de alguns clubes amadores de Porto Alegre, fundados sob a bandeira da diversidade sexual. Longe da competitividade do esporte de alto rendimento, servem como espaço de liberdade, onde todos podem ser verdadeiros e quem realmente são. Neste dia 28 de junho, que comemora o “Dia do Orgulho LGBTQIAPN+”, o ge apresenta três equipes que decidiram quebrar preconceitos e mostrar que o esporte é capaz de unir as pessoas, com respeito às diferenças. + Dia do Orgulho LGBTQIAPN+: veja momentos históricos de resistência no esporte Magia e inclusão Fundado há 19 anos, o Magia Sport Club é um dos mais antigos a atuar em favor da diversidade. Foi fundada por um grupo de amigos de Porto Alegre que, durante uma conversa, identificaram uma paixão comum: o futebol. Segundo Cassiano Gentilini, zagueiro e um dos integrantes mais antigos do clube, a falta de espaço e liberdade uniu os jogadores. As redes sociais foram um instrumento para impulsionar o crescimento do Magia, que rapidamente se tornou um dos maiores clubes amadores do estado. – É muito legal ver, ao longo de todo esse tempo, a quantidade de pessoas que estiveram na boate – diz Cassiano. Atleta do Magia Sport Club fala sobre a participação do time na causa LGBTQIAPN+. Analista de marketing de profissão, afirma que o clube transmite uma mensagem de pertencimento. – É um ambiente onde posso ser eu mesmo, participar de um esporte que adoro, o futebol. A Magia se prepara para disputar competições todos os anos. A capacitação acontece em uma quadra localizada na 4ª Distrito, zona norte da capital gaúcha, uma das regiões mais afetadas pelas enchentes que atingiram o Rio Grande do Sul em maio. O próprio clube foi afetado, com a perda de parte do material de treino. O clube conta com um treinador e uma comissão para ajudar na preparação dos jogadores e tem alguns títulos em seu currículo. Em novembro deste ano, o Magia será um dos representantes do Rio Grande do Sul na Liga Nacional de Futebol Gay, campeonato que reúne os melhores times amadores do Brasil. Atletas do Magia Sport Club Claudemir Santos “Inclusão” é o lema do clube. Para Cassiano, Magic é um ambiente de liberdade, sem espaço para julgamentos. – Me fez crescer, principalmente como pessoa, ao me aceitar, entender que existem diferenças. Porém, não são essas diferenças que devem definir a nossa vida – diz Cassiano. – Quando você joga, quando pratica qualquer tipo de esporte, você se permite se libertar, ser você mesmo, com seus defeitos, com seus adjetivos, mas você pode ser você mesmo, você pode ser verdadeiro aí – acrescenta. Lista de títulos do Magia: 1º lugar: Copa do Mundo de Esportes (2019), em Porto Alegre; 2º lugar: Copa LGBT Futsal (2018), em Gramado; Copa Sul (2019), em Porto Alegre; 3º lugar: Mundial de Esportes (3x); Copa Intercontinental (2019), em Gramado; Copa Maragatos (2019) em Porto Alegre; 4º lugar: Liga dos Campeões (2017), no Rio de Janeiro. +Equipes LGBT espalhadas pelo Brasil: conheça as equipes inclusivas do país Agregar Resistência. Assim pode ser definido o Pampacats, fundado em 2017 na capital gaúcha e que abrigou atletas de diversas modalidades esportivas. Com a chegada da pandemia de Covid-19 não foi possível dar continuidade ao futebol e ao vôlei, mas o clube ainda oferece treinamento de handebol. Pampahand possui uma equipe feminina e masculina totalmente inclusiva. A categoria se tornou um meio de inspiração para quem vê o esporte como um espaço para todos. A atleta Pampahand Andressa Mendes Talles Motta, 28 anos, entende o que é sentir que não pertence a um espaço. Atleta de handebol desde os 15 anos, ele destaca que sempre jogou em times diretos até começar a treinar no clube. – O Pampa foi muito importante para mim, pois eu estava passando por alguns problemas familiares e se não tivesse os meninos do Pampa talvez nem estivesse aqui hoje. É bom ter uma equipe acolhedora – define. Enio Borsatto é técnico do Pampahand há dois anos. Para ele, o clube representa uma visão do esporte em que acredita. – É maravilhoso, porque esporte é inclusão. Eles resumem o significado do esporte no propósito do time – afirma o treinador. Segundo a professora e coordenadora da seleção feminina, Brunna Stock, 34 anos, o objetivo do Pampahand é agregar. A equipe busca reverter a lógica da ocultação. Vêem o desporto como um espaço comum, onde todos podem mostrar as suas verdadeiras identidades, competências e paixões. – Entendemos que a própria proposta de que todos joguem sempre e não sejam uma equipe que valoriza o desempenho individual e a competitividade é uma forma de romper com uma lógica socialmente construída do que é o esporte, que perpetua uma hegemonia cultural masculina que, entre outras coisas coisas, determina o que significa ser “o homem” e “a mulher” – comenta Brunna. +Igor Benevenuto é o primeiro árbitro da FIFA a se declarar gay: “Sem filtro e finalmente eu mesmo” Ge foi convidado pela coordenadora do clube, Brenda Parmeggiani para participar de um dia de treino da seleção feminina Os treinos acontecem uma vez por semana, em uma quadra do bairro Moinhos de Vento, a equipe responsável pela coordenação, formada por seis pessoas, entra em contato para explicar como funciona o Pampa. foi acompanhar os treinos do Pampahand, clube de handebol inclusivo do RS – A pessoa não precisa saber jogar handebol, pode vir jogar pela primeira vez aqui, assim como ela pode ter jogado a vida inteira. Não importa a experiência, a pessoa vem e aprende e fica junto, conforme a filosofia da equipe, que é feminista e LGBTQIAPN+ – afirma Brenda. Os treinamentos duram aproximadamente uma hora. A primeira parte consiste no aquecimento, onde os 14 atletas são divididos em duplas e depois em grupos maiores. Além disso, os goleiros recebem aquecimento específico para defesa. Após esse período, o técnico Enio inicia o jogo. +”É possível ser gay, ídolo e ganhar títulos”, diz o ex-goleiro Emerson Bandeira da Diversidade Assim como os demais clubes já citados, o Sport Club Maragatos também é outra entidade fundada em Porto Alegre com o objetivo de promover o esporte sem distinção de gênero ou raça. Atualmente, o Maragatos conta com atividades semanais desenvolvidas por futebol e vôlei. Mais de 50 atletas participam e cerca de 150 pessoas se envolvem com o clube. – Todos se sentem acolhidos em um ambiente seguro para pessoas que em algum momento se sentiram excluídas – explica o idealizador do clube, Diego Bueno. Jogadores do Sport Club Maragatos Arquivo pessoal Além das categorias masculinas, foi criada recentemente a seleção feminina de futebol, que em pouco tempo conquistou o vice-campeonato da Federação Gaúcha de Futebol 7 (FGFT). Os treinamentos acontecem semanalmente em uma quadra na zona norte da capital. A equipe também disputa amistosos e participa de competições, embora este não seja o objetivo principal. – A ideia sempre foi ter um time que incluísse a bandeira – diz Diego. * Colaborou com Andressa Mendes
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