Artilheiro do time e jogador que mais atuou neste ciclo de Copa do Mundo, o atacante defende o trabalho de Dorival Júnior, destaca a versatilidade, mas pondera: “Às vezes pode me atrapalhar um pouco” Rodrygo explica “cutucada” após a Bola d ‘Ou lista final: “Acho que quem merecia estar lá” Titular absoluto e múltiplo campeão do Real Madrid, Rodrygo lidera alguns dos principais rankings da seleção brasileira neste ciclo de Copa do Mundo: é o artilheiro (com seis gols) , o jogador com mais internacionalizações (oito) e também com mais minutos (1399) disputados neste ciclo de Copa do Mundo. Mesmo assim, o jogador ficou de fora da lista dos 30 indicados ao Prêmio Bola de Ouro, que premiará o melhor atleta de futebol da temporada 2023/2024. Em entrevista exclusiva ao ge, Rodrygo não escondeu o desconforto com a ausência entre os indicados: – Fiquei chateado. Acho que pela temporada que tive mereci estar entre os 30, mereci. Também não é rebaixar ninguém, todos fizeram um ótimo trabalho. Mas acho que merecia estar lá. Leia mais: + Seleção treina com Fabrício Bruno e quatro desfalques + Dorival vê Vini sofrendo cobranças parecidas com Neymar e prega paciência Atacante Rodrygo, do Real Madrid e da Seleção, em entrevista ao ge Bruno Cassucci Neste bate-papo, Rodrygo também aborda o momento da Seleção e a busca por um jogo mais bonito, defende o trabalho de Dorival Júnior e fala sobre seu estilo versátil, que a seu ver pode até atrapalhar. Confira abaixo: O time vinha de quatro partidas sem vencer nas Eliminatórias. Você entendeu que o mais importante era acabar com isso rápido do que dar um bom show? – Sem dúvida havia esse sentimento de urgência, estávamos, digamos, desesperados para ganhar o jogo logo. Estávamos muito focados e todos tinham em mente que tínhamos que sair logo dessa situação, que as vitórias tinham que acontecer novamente, então foi ótimo ver a concentração de todos. Talvez não tenhamos feito o nosso melhor jogo, mas depois no final a conversa foi o mais importante foi a vitória e agora para os próximos jogos corrigimos tudo o que temos que corrigir, mas todos estavam no mesmo foco, todos concentrados. E estou feliz que funcionou. Apesar de jovem, você está na seleção há quatro anos e já deve ter percebido que a torcida exige não apenas resultados, mas boas atuações. Você acha que é possível conseguir isso em breve? Um bom desempenho pode restaurar a confiança do público? – Acho que as pessoas, gostem ou não, estão um pouco desacostumadas com as nossas gerações passadas que sempre venceram, sempre encantaram e estamos tentando reconquistar isso. É normal, os torcedores brasileiros sempre vão querer que o time ganhe os jogos por 5 a 0, sempre vão querer que a gente domine o jogo inteiro. Às vezes é difícil que isso aconteça, mas é isso que estamos tentando. E é normal, sabemos que isso vem com o tempo, que ainda é um trabalho novo. Quando vencemos a Inglaterra, as esperanças dos adeptos mudaram, depois as coisas não correram tão bem. Mas acho que sim, pode ser um jogo, pode mudar tudo, mas o bom é que todo mundo aqui tem a cabeça clara, todo mundo está na mesma direção, então vamos tentar não ficar chateados com essas coisas, você saber? Existe uma cobrança entre vocês, jogadores, para que o desempenho também seja melhor contra o Paraguai? – Sim, definitivamente. Acho que todos sabem que não fizemos o nosso melhor jogo (contra o Equador). O mais importante foi a vitória. Tínhamos que ter essa confiança para vencer. E acho natural que no próximo jogo, depois desta vitória, comecemos um pouco mais tranquilos. Gostemos ou não, entramos com um certo peso, tipo: “ei, temos que vencer, temos que vencer de qualquer maneira”. E acaba que, às vezes, com o nervosismo, a tensão do jogo, as coisas não saem como você quer. Então, pode ter sido isso que nos atrapalhou um pouco. Mas agora espero que no próximo jogo, com essa vitória, com a confiança que tivemos no jogo do Equador, contra o Paraguai, tudo dê certo, joguemos mais leves, mais felizes e as coisas vão dar certo. “Os torcedores sempre vão querer a vitória por 5 a 0”, diz Rodrygo após o triunfo do Brasil. Você foi convocado primeiro por Tite e foi titular de todos os treinadores que vieram depois. Desde a ausência de Neymar você veste a camisa 10 do Brasil. Como você se vê neste momento da Seleção? – Sei da minha importância, sei da minha qualidade, de tudo que posso entregar ao time. Estou feliz que todos os treinadores gostam de mim e confiam em mim. Acho que isso é resultado do meu trabalho diário, de vir aqui sempre motivado para ser melhor, sabe? Sei que posso fazer muito mais do que já fiz pela seleção. É fruto do meu trabalho. Estou feliz com meu momento. Espero continuar marcando gols pela seleção, sendo importante. Acho que é para isso que estou aqui. O que Dorival tem de diferente dos outros treinadores com quem trabalhou na seleção? – Bom, eu acho que de todos os treinadores, todos eram muito bons, dava para ver que todos tinham muita qualidade. Talvez alguns não tenham tido tanta sorte nos resultados. O Dorival começou muito bem conosco, acho que nas primeiras conversas que ele teve foi o que nos marcou, como falei sobre isso, de dividir a responsabilidade, a torcida de volta para nós, para que a torcida sinta alegria em ver a gente jogar. Então essa conversa com o Dorival, a forma como ele está gerenciando o vestiário, acho que essas são as qualidades dele. E claro, taticamente também, acho que ele é muito bom. E acho que aos poucos vamos conseguir demonstrar, com o time jogando bem, com o time sempre compacto, mostrando o quão bom realmente é, que talvez as pessoas possam duvidar um pouco pelo fato dos resultados não terem sido muito bom, mas vamos em busca disso, para melhorar. Você é o jogador com mais gols, minutos jogados e convocações neste ciclo de Copa do Mundo. Mesmo assim, há quem ainda não o veja como protagonista na seleção. Como você enfrenta isso? – Não é algo que eu não me importe. Conheço a minha qualidade, a minha importância, sei tudo o que posso entregar ao time. E, como falei na entrevista após o jogo, o Dorival disse que temos que dividir responsabilidades. É normal, num jogo um será o protagonista, noutro será outro jogador, então essa é a nossa intenção, esse é o nosso foco, ninguém está a pensar em si, o nosso foco é que a Seleção Nacional volte às vitórias, voltando para encantar o povo. Todos estão nessa direção. Deixamos mais esse protagonismo para o público, para a imprensa, estamos focados em vencer os jogos. Falando em protagonismo, você recentemente afirmou estar na sigla “BMV”, junto com Bellingham, Mbappé e Vini Jr. – Essa história, cara, me deu muito o que falar, eu nem sabia muito sobre isso, porque é um canal de WhatsApp que não sou eu quem mexo. Vi gente me mandando encomendas, mas lá está tudo bem, todo mundo sabe, como aqui na seleção, no clube também, todo mundo é muito unido, nosso grupo é muito bom, então não tem problema. Como tem sido a relação com Mbappé? – Tem sido muito bom. O cara é uma pessoa muito boa, além da qualidade como jogador. Acho que estamos nos conhecendo cada dia mais, cada dia estamos tentando nos dar bem mais em campo. Mas as primeiras impressões dele foram muito boas, como eu disse, uma pessoa super do bem e um grande jogador, que tem tudo para nos ajudar muito lá no Madrid. É mais difícil ser titular da Seleção ou do Real Madrid? – Ah, cara, nós dois. A pressão é muito alta sobre ambos. É o maior clube do mundo e o maior time do mundo. Mas tenho muito orgulho de fazer parte dessas duas equipes. Mas é difícil para ambos. Você é reconhecido pela sua versatilidade em jogar nas três posições de ataque, podendo jogar mais fundo… Por um lado, isso é uma vantagem para você. Por outro lado, pode ser prejudicial não permanecer na sua posição preferida? – Pode sim, às vezes pode me incomodar um pouco. Claro que tem um lado bom, que me sinto bem em qualquer lugar. Existem minhas posições favoritas, mas em qualquer lugar me sinto bem. Mas, sim, isso pode me atrapalhar de alguma forma. Muitas vezes as pessoas não sabem o que jogo, em que posição vou jogar. Isso pode atrapalhar meu caminho. Mas onde você quer ficar? – Nossa, quero estar entre os 11. Sempre falo isso. Acho que depende muito do estilo de jogo da equipe também. – No Real Madrid jogamos de uma forma, na seleção jogamos de outra. Na seleção prefiro jogar mais por dentro, como meio-campista. Acho que funciona melhor nessa posição. No Real Madrid prefiro jogar mais pelas laterais. Acho que depende muito do estilo de jogo. Me ajude com isso, certo? Essa versatilidade. E dependendo do estilo de jogo do time, posso me encaixar. – Querendo ou não, muitas vezes acabo me sacrificando ou ajudando. Estou sempre aqui para ajudar, sempre deixo isso claro, mas talvez tenha isso: se faltar em algum lugar, o Rodrygo faz lá. E eu meio que acabo me sacrificando nisso. Mas eu também gosto, estou à disposição, poderia muito bem ir até o treinador e dizer: “não, não quero jogar nessa posição”. Mas estou aqui para ajudar, gosto muito dos meus companheiros, então onde precisar de mim estarei lá. Existe alguma posição que você acha mais difícil de jogar? – Bom, talvez o 9 acabe sendo um pouco mais difícil, mas agora nesse último jogo eu não fui um 9 fixo ali. O Dorival pediu para eu me movimentar bastante e foi aí que fiz o gol, recebendo nas entrelinhas, acho que é onde jogo melhor, quando recebo a bola ali nas entrelinhas e posso virar e ir para o gol. Acho que se tivesse que ficar num 9 fixo, com os zagueiros muito fortes, não gostaria tanto dessa posição. Veja o gol de Rodrygo que garantiu a vitória do Brasil sobre o Equador. O próprio Dorival reconheceu, após a lesão de Pedro, que gostaria de jogar com um número 9 mais fixo na área. Hoje a equipe tem um ataque muito leve e móvel. Você acha que por conta disso o Brasil terá que formatar uma forma de jogar mais aguçada, talvez com menos posse de bola e mais vertical? – Não, acho que podemos fazer um jogo com mais posse de bola, principalmente pelo que você falou. Como não é um time tão físico, é importante a gente estar sempre com a bola, todo mundo está fazendo movimentos para confundir o adversário. Então eu acho que se você tem jogadores leves isso fica mais fácil, porque talvez se você tiver um time forte então seja mais fácil para você jogar em transição. No Real é isso que acontece, temos jogadores muito fortes, então além de termos a posse de bola durante muito tempo de jogo, a nossa transição também é muito forte. E acho que aqui na Seleção temos que buscar isso, ter sempre a bola, movimentar sempre e usar o que temos de melhor no ataque. Pelas entrevistas recentes, sentimos que você está tentando tirar o peso de Neymar na Seleção e ter um time mais ajustado para que ele volte sem tanta responsabilidade. Está aí? – Todo mundo sabe o que é o Neymar, o que ele representa para nós. Tentamos resgatar (o bom futebol), para que a torcida fique feliz nos assistindo. Claro que este é o nosso trabalho aqui, temos que partilhar responsabilidades. Vamos deixar o Neymar se recuperar com calma, deixar ele com a cabeça boa, só pensando em se recuperar, ele sabe que o lugar dele é aqui e nesse tempo vamos ficar mais fortes como equipe, vencendo jogos, estando na nossa melhor posição possível na classificação. Acho que é isso que deveríamos fazer. Falamos do Neymar, nome consagrado na Seleção, e eu gostaria de falar de um menino que está chegando agora, o Estêvão. Como tem sido seu relacionamento com ele e o que você percebeu nele nos treinos? Você já recebeu uma pegadinha? – Foi legal que teve trote, todo mundo falou, e quando o Estêvão foi falar todo mundo levantou e foi embora (risos). Aí ele ficou cheio de vergonha, dá para ver que ele é tímido, mas dentro de campo ele é muito bom, dá para ver que vai ser um fenômeno. Fico sempre feliz em ver meninos surgindo assim, com tanta qualidade. É só torcer por ele, no que eu puder ajudá-lo, estou aqui, assim como outros me ajudaram. + CLIQUE AQUI e veja mais novidades da Seleção Nacional
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