Um pênalti perdido se transformou em um gol perdido. Uma vaga encaminhada tornou-se uma provável eliminação precoce. A noite que pode ter sido a última de Modric no Europeu Teve elementos de um grande drama para o veterano e terminou com os olhos marejados, divididos entre a tristeza e o inconformismo com o ocorrido quando ele já havia deixado o campo. Um empate que raramente foi sentido tanto quanto uma derrota para o astro de 38 anos.
Não sei o que dizer, o futebol às vezes é cruel.”
— Modric, Croácia número 10
– Já foi mostrado muitas vezes, mas é isso que está aí. Não merecíamos esse gol (da Itália). Não duvidamos dos torcedores, sabíamos que eles estariam sempre conosco. Lamentamos que não tenha sido uma vitória avançar para a próxima fase – lamentou o camisa 10 à “TV HRT”.
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As reações de Modric desde o pênalti perdido até o gol seguinte: imagens de Robson Carvalho
Modric Ele foi o grande protagonista do confronto entre Croácia e Itália, na última segunda-feira, em Leipzig. O desempenho não chegou perto de alguns dos recitais que o croata, eleito o melhor jogador do mundo em 2018, já apresentou – apesar de ter conquistado o prêmio de melhor do jogo. Mas os olhos do mundo – e do repórter de cinema Robson Carvalho – seguiram o número 10, pois o confronto pode marcar sua despedida na história da competição. (veja imagens acima).
Líder de uma geração histórica, que foi vice-campeã mundial em 2018 e terceira colocada na Copa do Mundo de 2022, o craque do Real Madrid foi quem teve seu nome gritado mais alto pelos torcedores croatas, em sua maioria no estádio de Leipzig. Foi o primeiro passe do jogo para ele, logo no pontapé inicial. Depois, ele tentou abastecer seus companheiros. Mais que isso: orientou, aconselhou, apontou, reclamou… Praticamente o tempo todo.
Apesar do físico atual, a experiência do jogador de 38 anos fez com que Modric mudasse o ritmo diversas vezes ao longo do primeiro tempo. Buscando a movimentação ofensiva quase sempre pela direita, procurou permanecer nas entrelinhas enquanto os times alternavam a posse de bola. Quando a Itália pressionou, fizeram a recomposição necessária. Mas ele apoiou bem o ataque sempre que viu uma abertura. Às vezes, ele permaneceu o homem mais avançado.
Modric chora após empate da Croácia com a Itália na Euro — Foto: Filip Singer/EFE
Ao observar Modric ao longo do jogo, é possível perceber que o camisa 10 também tem a característica de não ficar imune ao que acontece em campo. O croata fez caretas: bateu palmas para apoiar as boas jogadas; reclamou ao perceber que sua escolha de companheiro não foi das melhores; Ele colocava as mãos na cabeça a cada chance perdida, como na defesa de Donnarumma aos quatro minutos.
Ele também demonstrou toda a sua insatisfação com o maior momento de pressão italiana no primeiro tempo, quando Livakovic fez uma bela defesa reflexa. Ele abriu os braços e indicou como se não entendesse o que o time estava fazendo. No ataque, teve o momento mais agudo aos 30 minutos, quando foi para a linha de base e cruzou. Donnarumma interceptou. Logo depois, ele tentou um chute, que foi bloqueado pela defesa.
O cinturão de capitão usado pelo craque (muitas) vezes fez o croata mexer o braço e ajustá-lo. Mas mostrou que não se importa com a função, mostrando que sabe lidar com o árbitro. Por exemplo, quando seus companheiros tentavam reclamar de uma falta, ele observava atentamente, não dizia nada e só então ia conversar a sós com o árbitro. Depois, ele discordou da cobrança de escanteio e procurou novamente Danny Makkiele, inclusive apontando para o replay no telão.
Na saída para o intervalo, um dirigente insatisfeito chamou alguns atletas e falou e gesticulou, desde o meio do campo até a entrada do túnel. E poucos minutos depois de voltar ao campo, viveu o primeiro momento de altos e baixos da noite. Aos seis minutos, após pedir a bola na entrada da área e não ser atendido, Modric viu a bola bater no braço de Frattesi. Ele logo endossou o pedido de pênalti de seus companheiros.
Enquanto o VAR analisava a jogada, ele conversou com os companheiros, com calma. E ele observou o árbitro. Quando o árbitro foi revisar a jogada no monitor na entrada do campo, Modric se antecipou e foi em direção à bola. Ele a pegou do chão e a levou em direção à marca do pênalti. Quando o pênalti foi confirmado, ele estava com ele na mão.
Foi um momento de concentração e aparente tranquilidade. O camisa 10 croata quicou a bola algumas vezes no chão e depois a manteve debaixo do braço. Ele esperou o árbitro liberar a área, quicou novamente e posicionou. Ele só olhou para Donnarumma quando ele avançou para chutar… E viu o italiano cair para o lado direito, no canto esquerdo, e fazer a defesa.
Um erro do qual ele não poderia nem se arrepender. Modric saltou duas vezes e depois entrou novamente no jogo. A posse de bola permaneceu com a Croácia e quis o destino dar uma segunda chance à estrela. Ele se posicionou na área quando Sucic cruzou e aproveitou a sobra, chutando de pé esquerdo. Euforia minutos depois do lamento. Uma celebração tão efusiva que levou o número 10 ao chão. Seus companheiros se jogaram por cima, enquanto Modric chorava.
Modric comemora gol da Croácia contra a Itália — Foto: Reuters
A estrela se tornou o jogador mais velho a marcar um gol no Campeonato Europeu. Depois de ser abraçado por todos, ele torceu com a torcida, reunida a poucos metros do gol onde errou o pênalti e onde marcou o gol. Ele apontou para alguém na arquibancada, caminhou sozinho e mandou beijos.
Momentos depois, saqueado pelo partido croata, tentou rapidamente roubar a bola. Ele chegou atrasado ao Frattesi e recebeu cartão amarelo. Depois, ele basicamente se manteve na zona de marcação e orientando os companheiros enquanto a Itália tentava aumentar o ritmo. Aos 34 minutos, foi chamado para deixar o campo e dar lugar a Majer. Ele foi em direção a Perisic e entregou-lhe o cinturão de capitão, pedindo torcida ao companheiro. Ele recebeu um abraço, aplaudiu a multidão e foi embora. Ele cumprimentou o técnico Zlatko Dalic e todos os seus companheiros no banco. Lá, a vaga para as oitavas de final parecia estar a caminho.
Foi do banco, sem conseguir orientar os companheiros em campo e ajudar com sua genialidade, que Modric viu o cenário mudar. O desempenho que poderia ser marcado pela conquista histórica e classificação acabou se transformando em uma possível despedida. A Itália empatou o jogo com a última jogada, deixando a Croácia com dois pontos, na terceira colocação – já com a quarta pior campanha entre os terceiros, no momento. Ainda têm chances matemáticas, mas dependerão dos resultados dos grupos B e F para tentar sobreviver à Euro 2024.
Sabendo que tal combinação não será fácil, Modric não escondeu a tristeza com o resultado. Mais do que isso: inconformidade. Após o apito final, ele entrou em campo de cabeça baixa e recebeu abraços de companheiros e rivais. Trocou camisas com Fagioli, enquanto caminhava olhando para o chão. Ele colocou as mãos na cabeça várias vezes. Ele conversou com seus companheiros mais experientes, gesticulando, como se tivesse visto algo que poderia ter sido diferente no lance final.
Com os olhos marejados e as lágrimas prestes a cair, ele caminhou calmamente até onde estavam os grupos organizados de torcedores croatas. Empolgado, ele aplaudiu diversas vezes. E ele foi reembolsado em espécie. Pode ter sido o capítulo final de Modric no Campeonato Europeu. Poderia ter sido o capítulo final para o ex-melhor jogador do mundo na seleção croata.
– Vamos ver. Agora não é hora para esse assunto – respondeu ela, ao final do jogo.
Modric chora após empate da Croácia com a Itália na Euro — Foto: Filip Singer/EFE
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