Ainda sem poder contar com jogadores recém-contratados, a Portuguesa revela colapso técnico após seis empréstimos e empata sem gols com o EC São Bernardo. As notícias da véspera já davam indícios das grandes dificuldades que a Portuguesa enfrentaria diante do EC São Bernardo: a equipe do Canindé não pôde contar com os reforços contratados para tentar compensar os empréstimos pendentes. Os sistemas da CBF, inclusive do BID, ficaram offline nesta quinta-feira, sem justificativa ou promessa de restabelecimento. Sexta e Sábado? Sem retomadas. Ou seja, todos os clubes brasileiros foram impedidos de inscrever atletas no período. Portuguesa x EC São Bernardo Dorival Rosa / Portuguesa Para piorar, no caso da Lusa, o prazo para inscrição de jogadores para a primeira fase da Copa Paulista terminou na sexta-feira. Após ofício enviado pelo clube, a Federação Paulista de Futebol concordou em dar mais dois dias úteis após o restabelecimento do BID. Isso aliviou um pouco a preocupação, afinal os reforços ainda poderiam disputar a primeira fase. Mas não resolveu o problema da Portuguesa, que queria ter pelo menos quatro reforços na partida deste sábado (3), no Canindé. O meio-campista Elvis, o meio-campista Ferreira, o meio-campista Franco e o atacante Theo já trabalham com a seleção portuguesa e chegaram justamente para as últimas três rodadas da fase de grupos. Agora, poderão participar no máximo das duas últimas rodadas. Esta impossibilidade foi um duro golpe para a Portuguesa. Ninguém poderia imaginar este problema com o BID. O técnico Alan Dotti, por exemplo, treinou com alguns desses jogadores durante a semana. Outra equipe teria que entrar em campo no último minuto. Portuguesa x EC São Bernardo Dorival Rosa / Portuguesa Os atletas chegaram para compensar as saídas por empréstimo. Na primeira vaga, o lateral-direito Talles (Avaí), o lateral-esquerdo Matheus Maycon (Ceará), o volante e volante Denis (Internacional) e o atacante Fabrício (Toluca-MEX). Na segunda vaga, o meia Hudson (Ponte Preta) e o volante Guilherme Portuga (Ponte Preta). Esses dois últimos empréstimos, de dois dos principais jogadores da Lusa na Copa Paulista, já haviam resultado em um choque técnico que levou à primeira derrota rubro-verde na competição na última rodada: por 2 a 1 para o Oeste, fora de casa. A única notícia positiva para receber o EC São Bernardo no estádio Canindé foi o retorno do zagueiro Marco (joelho) e do centroavante João Guilherme (adutor de coxa), que estavam no departamento médico e se recuperaram das lesões. Dado o fraco desempenho na rodada anterior, Dotti trocou o time titular. Rafael Pascoal na baliza, com Kauã e Marco no centro da defesa, não houve surpresas. Nem Ben-Hur na lateral direita, afinal ele havia estreado no último jogo. Carlos Henrique, sim, que havia sido ponta-esquerda, assumiu sua posição original na lateral esquerda. E o lateral-esquerdo até então Pedro Henrique apareceu como meio-campista. Portuguesa x EC São Bernardo Dorival Rosa / Portuguesa O jovem Diogo Crispim foi o outro meio-campista. Vestindo a camisa 10 pela segunda partida consecutiva, o também jovem Renan Nunes. Lá na frente, um novo teste. Outro jovem, Pedrinho, estreando na direita, Maceió na esquerda e João Guilherme no centro. Sofrível. É assim que a partida pode ser descrita. Pouco mais de 90 minutos sem que um dos clubes fosse extremamente dominante em nenhum momento. Um jogo lento, amarrado, com muitos erros de passe e faltas, mas pouca objetividade e quase nenhuma chance de gol. Aquela partida que poderia muito bem durar até meia-noite e, mesmo assim, a bola não encontraria a rede. Se a Lusa já enfrentava sérias dificuldades com perdas em empréstimos, a situação agravou-se face a um adversário fechado, cauteloso e retraído. A perda do meio-campo é óbvia. Sem contar com Hudson e Portuga, o setor perdeu completamente a combatividade e a criação. Se não for uma criação fantástica, um passe de maior qualidade, uma visão de jogo mais apurada, um diferencial. E isso fez com que o ataque sofresse ainda mais do que vem sofrendo desde o início da Copa Paulista. Vale lembrar que, mesmo quando ainda estava bem, a Portuguesa ainda testava novas formações na frente, rodada após rodada. Agora, o meio não compensa mais. Não foi o principal motivo de mais um mau desempenho, mas desta vez a tentativa de mudança de Alan Dotti não funcionou. Carlos Henrique na lateral esquerda deu muito mais segurança naquele lado da defesa, mas matou completamente o corredor esquerdo ofensivo. Até porque o Maceió, como destro, sofre lá. Maceió foi muito discreto no jogo. Seu desempenho na direita é incomparável. Mesmo que o Pedrinho, jogando pela direita, não tenha sido um desastre. Mas, com estas alterações, a Lusa extraiu menos dos dois melhores atletas, Carlos Henrique e Maceió, do que estes podem entregar. Especialmente em um ataque ineficaz. O mesmo vale para Pedro Henrique que, por ser volante à esquerda, recebeu cartão amarelo muito cedo. A opção é compreensível, dado o desempenho abaixo do esperado de Jonathan até o momento. Porém, Pedro Henrique e Crispim não fazem sombra da combatividade de antes, e Renan Nunes ainda parece cru demais para ser uma peça criativa. É aqui que se confirma uma das principais críticas aos últimos empréstimos: sem retorno financeiro imediato, e sem qualquer garantia futura disso, ao abrir mão de Hudson e Portuga o clube colocou em risco o seu próprio trabalho com os jovens. É impossível fazer isso em um nível tão bom e é claro que os reforços, quando inscritos, serão praticamente todos titulares. Estes reforços, que também representam uma prova da inconsistência dos empréstimos, tornaram-se um raio de esperança. Espero que tragam de volta um pouco de competitividade à Portuguesa nesta reta final da fase de grupos. Até para não perder a vaga nas oitavas de final. Se isso não acontecer, a administração terá descartado completamente o trabalho que se mostrou muito promissor. Até porque, em parte, já jogou. E já perdeu algo crucial: a confiança dos torcedores. *Luiz Nascimento, 32 anos, é jornalista da rádio CBN, documentarista do Acervo da Bola e escreve sobre a Portuguesa há 14 anos, a maioria deles no GE. As opiniões aqui contidas não refletem necessariamente as do site.
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