Sônia Roque, ex-Internacional, teve uma ascensão repentina na década de 90 e conseguiu uma vaga na 1ª seleção olímpica de futebol feminino. Atualmente mora no RS e é sócia do restaurante Sônia Maria Roque da Costa. Quem acompanhou o futebol feminino em meados dos anos 90 provavelmente se lembrará da ex-jogadora do Acre, que atuou pela Seleção Brasileira de Futebol Feminino nas Olimpíadas de Atlanta, em 1996. Sônia Roque (3ª à esquerda, à direita, agachada) integrou a seleção brasileira de futebol feminino. futebol feminino nas Olimpíadas de Atlanta 1996 Arquivo pessoal/Sônia Roque Mais conhecida como Sônia Roque, a ex-jogadora integrou a primeira seleção olímpica feminina brasileira da história. O resultado em Atlanta foi amargo: derrota para a Noruega por 2 a 0 na disputa pela medalha de bronze. Quase 28 anos depois daquele 1º de agosto de 1996, o ge conversou por telefone com a ex-jogadora, que atualmente tem 55 anos e continua sendo a única mulher acreana a participar de uma edição dos Jogos Olímpicos de Verão. Entre os homens, o ex-jogador de vôlei Carlão e o goleiro Weverton possuem medalhas de ouro nas Olimpíadas Barcelona 1992 e Rio 2016, respectivamente. Início da carreira Nascida em Rio Branco (AC), Sônia Roque começou a jogar bola ainda adolescente com os irmãos e amigos. Com a bola nos pés, sua ideia inicial era apenas se divertir, sem compromisso. A história que foi escrita, porém, foi diferente. Sônia Roque, ex-jogadora de futebol do Acre Arquivo pessoal/Manoel Façanha – Eu jogava futebol por esporte, porque gostava, tinha minha família, meus irmãos, todos jogavam futebol. Eles gostavam de jogar torneios de bairro. Então, sempre gostei de futebol, jogava por diversão, sem compromisso – disse. Aos 23 anos, Sônia Roque teve a oportunidade de defender o Rio Branco-AC. No antigo estádio José de Melo – atual Centro de Treinamento Estrelão –, na capital acreana, o ex-jogador começou a se desenvolver e a disputar competições promovidas pela Federação Acre de Futebol (FFAC). Sônia Roque (1ª direita, agachada à esquerda) com o time do Rio Branco-AC na década de 90 Arquivo pessoal/Sônia Roque Em meio a treinos e jogos, Sônia Roque trabalhou para ganhar sua própria renda. Ela era funcionária de uma empresa de cerâmica e também trabalhava em um supermercado na capital acreana. Ida para o Sul e ascensão repentina Cerca de três anos depois de chegar em Rio Branco-AC, Sônia Roque decidiu ir para a cidade de Vacaria (RS). A oportunidade surgiu através de um companheiro que também jogava no Estrelão e havia partido para Porto Alegre (RS) há dois anos, e trabalhava na Federação Gaúcha de Futsal. Sônia Roque em ação com a camisa do Rio Branco-AC Arquivo pessoal/Manoel Façanha Recomendada pela amiga, Sônia Roque teve a oportunidade de passar por um período de avaliação no Ítalo Serrano-RS, em 1995. Com a ajuda do próprio Rio Branco-AC e recursos arrecadados em sorteio promovido por companheiros, Sônia Roque foi parar no interior do Rio Grande de Sul… e por lá ficou. O ex-atleta acreano integrou a equipe de futsal do Ítalo Serrano-RS e competiu. Com esse destaque, a ex-meia se transferiu para o Internacional e disputou o Campeonato Brasileiro Feminino de 1996, que serviu de seletiva para a formação da seleção olímpica feminina de futebol. Sônia Roque (4ª direita, esquerda, agachada) com o Internacional Arquivo pessoal/Sônia Roque – As coisas aconteceram muito rápido – lembra a ex-meio-campista, que foi convocada para o Atlanta 1996 aos 26 anos ao lado de atletas como Márcia Tafarel, Meg e Formiga. “As Olimpíadas são um momento único” O Brasil foi “o patinho feio” em Atlanta 1996, como revelou a ex-meio-campista Formiga, recordista de participações em Jogos Olímpicos pela Seleção Brasileira de Futebol Feminino. Sônia Roque admite que o Brasil chegou sem tantas expectativas na competição. Sônia Roque (2ª da esquerda para a direita) durante treino da seleção brasileira de futebol feminino Arquivo pessoal/Sônia Roque – Queríamos fazer uma boa campanha para representar o Brasil nas primeiras Olimpíadas. Sempre falei: “Vamos treinar e vamos nos dedicar para que o Brasil seja sempre lembrado”. A nossa ideia naquela época era pelo menos passar da primeira fase. O Brasil avançou com a segunda melhor campanha do grupo, que contava com Noruega, Alemanha e Japão. Nas semifinais, foram derrotados pela China por 3-2. Veja campanha abaixo: Noruega 2 x 2 Brasil (1ª rodada) Brasil 2 x 0 Japão (2ª rodada) Brasil 1 x 1 Alemanha (3ª rodada) China 3 x 2 Brasil (semifinal) Brasil 0 x 2 Noruega (disputa pelo bronze ) Seleção Feminina de Futebol 1996 AP – Não é uma decepção. Foi algo que fomos capazes de vencer, mas também fomos capazes de perder da mesma forma que perdemos. Eram duas equipes muito equilibradas. A Noruega era um time que tinha alguns jogadores muito fortes, não eram tão habilidosos, mas eram muito fortes, grandes, corriam muito (…) Ficamos tristes, mas sabemos que eles fizeram bem o nosso trabalho – destaca . A experiência das Olimpíadas é um momento único. Para mim, foi a primeira e última vez que viajei para o exterior. Sônia Roque treinando a Seleção Brasileira de Futebol Feminino em 1996 Arquivo pessoal/Sônia Roque Depois das Olimpíadas, as seleções brasileiras de futebol voltaram juntas no mesmo voo. A seleção masculina conquistou a medalha de bronze em Atlanta 1996 e contou com nomes como Dida, Ronaldo Fenômeno, Bebeto, Rivaldo e Roberto Carlos. Sônia Roque não perdeu a oportunidade e guarda alguns recordes históricos ao lado de Ronaldo Fenômeno, Juninho Paulista e Bebeto. Sônia Roque tem fotos ao lado de Ronaldo Fenômeno, Juninho Paulista e Bebeto Arquivo pessoal/Sônia Roque Carreira no Sul e aposentadoria Após as Olimpíadas, Sônia Roque voltou ao futsal pelo Chimarrão-RS e disputou a Copa Brasileira de Futsal. Em 1997, assinou acordo – com carteira assinada – com o Internacional para jogar futebol por cinco anos. Depois, a ex-jogadora sofreu lesões, principalmente no joelho. Antes de se aposentar, aos 35 anos, Sônia Roque jogou por clubes de Estância Velha-RS e Novo Hamburgo-RS. Sônia Roque (C) com a faixa de tricampeã gaúcha ao lado de outras atletas do Internacional Arquivo pessoal/Sônia Roque – Tudo o que fiz não me arrependo de nada. Meu Deus, não posso nem me arrepender. Aprendi muito, ganhei muita experiência, saí sozinho com a cara e a coragem, por assim dizer. Naquela época as coisas eram muito difíceis, não é como hoje, onde tem WhatsApp. Antigamente eu nem tinha telefone – conta. Após a aposentadoria, Sônia Roque tornou-se sócia de um restaurante em Estância Velha (RS). Ela conta que acompanha os jogos de futebol sempre que pode e torce até pela seleção brasileira nas Olimpíadas de Paris. Sônia Roque é sócia de restaurante em Estância Velha-RS Arquivo pessoal/Sônia Roque – Passo o dia no restaurante, à noite estou em casa, final de semana sempre que tem evento, estou lá para os eventos , caso contrário, estou em casa e assistindo futebol na TV. Parei de jogar futebol, mas não segui – conta. – Tenho orgulho da minha história de vida, de tudo que fiz, do que passei, não chegamos a lugar nenhum sem passar por dificuldades, mas é uma coisa histórica que fica na nossa vida. Uma coisa inesquecível – destaca a ex-jogadora, reconhecendo a dimensão da conquista alcançada em sua carreira ao chegar à seleção olímpica feminina brasileira. + Cidade natal de Carlão e Weverton: Acre tem talentos em potencial e pratica 38% dos esportes olímpicos Sônia Roque radicada em Estância Velha e não pensa em voltar ao Acre para morar, mas costuma viajar todos os anos para visitar a família em Rio Branco.
empréstimo pessoal itau simulador
taxa juros emprestimo consignado
emprestimo bradesco cai na hora
como antecipar décimo terceiro pelo app bradesco
código 71 bolsa família o que significa
empréstimo quanto de juros
simular empréstimo fgts itau
0