Em maio, a Federação Internacional abriu uma piscina de 25 m no Butão; Sangay Tenzin treina na Tailândia, pois não há estrutura de 50 m no país Veja a atuação de Sangay Tenzin, do Butão, nos Jogos Olímpicos Paris 2024 As Olimpíadas colocam atletas com estruturas extremamente contrastantes nas mesmas condições de competição. Nesta terça-feira, na piscina do Centro Aquático de Paris, Sangay Tenzin representou o Butão na prova dos 100m livre de natação sem sequer ter piscina olímpica de 50m no país. + Confira o quadro de medalhas dos jogos de Paris + Olimpíadas de hoje: veja o calendário olímpico + Olimpíadas Paris 2024: onde assistir ao vivo e online + Mascote das Olimpíadas 2024: significado, nome, o que é e história + Conheça mais a medalha difícil para as Olimpíadas Pequena nação de 800 mil habitantes localizada entre a Índia e a China, o Butão abriu sua primeira piscina competitiva em maio deste ano, mas com 25 m de tamanho, encontrada apenas nos Mundiais de Pista Curta, segundo o calendário mundial. A piscina construída em Thimphu, capitão do Butão, é considerada a mais alta qualidade do planeta e foi construída em colaboração com a World Aquatics (Federação Internacional) como parte do desenvolvimento da modalidade no pequeno país asiático. Sangay Tenzin representou o Butão nos 100m livres de natação em Paris Getty Images Desde maio, os atletas nadam a uma altura de 2.400m acima do nível do mar. Tenzin, que exibiu a bandeira do país na cerimônia de abertura, participou da inauguração em maio. – Inauguramos a primeira piscina no Butão e estou muito orgulhoso. Hoje é uma vitória para todos os amantes dos esportes aquáticos – destacou o nadador em maio. Piscina de 25 m inaugurada em maio no Butão Divulgação/World Aquatics Sangay Tenzin faz parte do programa de desenvolvimento da World Aquatics e representou o país nos Jogos de Tóquio 2020. Atualmente, aos 20 anos e sem piscina de 50m em casa, treina no Centro de Treinamento da federação internacional, em Phuket, na Tailândia. Sem ter estrutura de piscina olímpica, Tenzin acabou eliminado nas eliminatórias dos 100 m livre desta terça-feira. O nadador butanês completou a distância em 56,08 e terminou a primeira bateria na terceira colocação. O Butão ainda tem mais dois atletas em Paris: o arqueiro Lam Dorji, que competirá no tiro com arco na manhã desta quarta, e Kinzang Lhamo, da maratona. Sangay Tenzin foi o porta-bandeira do Butão nos Jogos Olímpicos Getty Images Déja-vu Não ter piscina olímpica no país e competir nos Jogos não é novidade para Paris. Uma das imagens mais marcantes dessa contradição ocorreu em Sydney, em 2000. Eric Moussambani, da Guiné Equatorial, entrou na piscina com apenas quatro meses de experiência na natação. Seu primeiro contato com a distância olímpica aconteceu justamente na Austrália, como lembrou em entrevista à TV Globo. EE vai à Guiné Equatorial contar como Eric Moussambani se tornou herói olímpico – não sei nadar aqui porque nunca entrei numa piscina como esta! É muita água, é grande demais para mim! Aí eles disseram: “Mas é aqui que vocês vão competir”. Eu respondi: “Não, não posso! Nunca treinei nada assim. É a primeira vez na minha vida que vejo uma piscina desse tamanho – disse ele. – Eles encerraram a conversa: “Encontre de certa forma, faça tudo que puder para conseguir. Não tinha treinador, estava sozinho, não tinha ninguém. Pensei então que seria uma boa ideia observar outros competidores nadando e como os treinadores orientavam seus atletas. Então eu vi como eles movimentavam os pés, se posicionavam no bloco de saída, movimentavam os braços e quantas vezes respiravam – relatou. Moussambani completou a distância em 1m52s72 e completou o objetivo que se propôs: superar o medo da intimidante piscina e ultrapassar os 100 m nas Olimpíadas de 2000. Mal imaginava que sairia da corrida para se tornar um nome importante na história dos Jogos. – No caminho para os vestiários havia um grupo de jornalistas que queriam me entrevistar, me faziam perguntas e eu não tinha muito ar. Quero agradecer aos fãs por me encorajarem. Porque se não fosse por eles eu não teria conseguido. Então fui para o quarto, tranquei a porta e fui dormir porque estava muito cansado e meus músculos doíam – lembra. – No dia seguinte, quando me levantei, vi que estavam me procurando. Todo mundo perguntou sobre mim, a imprensa, os outros atletas. Lembro que quando fui ao refeitório todos queriam tirar foto comigo e eu não conseguia entender. Até que vi uma foto minha no refeitório e dizia “Herói olímpico” – finalizou.
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