Medalha Pierre de Coubertin: a maior honraria das Olimpíadas

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A medalha mais difícil das Olimpíadas é concedida pelo COI àqueles que demonstram espírito olímpico. Apenas 21 pessoas – e um brasileiro – foram condecoradas na história olímpica Dia 76: Bronze de Vanderlei Cordeiro de Lima, uma das maiores injustiças da história A medalha de ouro olímpica é o ápice da carreira de qualquer atleta, certo? Bem, mais ou menos. Há uma honraria que, na hierarquia olímpica, ultrapassa o lugar mais alto do pódio: a Medalha Pierre de Coubertin. Concedido a apenas 21 pessoas na história olímpica, é concedido àqueles que demonstram alto nível de espírito esportivo e espírito olímpico durante os Jogos. Medalha Pierre de Coubertin Getty Images + Acompanhe o canal de esportes olímpicos do ge no WhatsApp! + Veja a programação olímpica + Leia mais sobre as Olimpíadas 2024 + Abertura das Olimpíadas acontece hoje: veja onde assistir + Mascote das Olimpíadas 2024: significado, nome, o que é e história Feito em ouro maciço, o Pierre de Coubertin Medalha não tem relação com desempenho esportivo, mas sim com demonstração de ética, humanidade e espírito esportivo em situações de alta dificuldade durante os Jogos Olímpicos. A medalha é considerada a maior homenagem do COI (Comitê Olímpico Internacional). Polyvios Kossivas e Vanderlei Cordeiro de Lima no Prêmio COB Olímpico Brasil 2004 Dos 21 ganhadores, apenas um é brasileiro: o maratonista Vanderlei Cordeiro de Lima. Recebeu a Medalha Pierre de Coubertin por comemorar a medalha de bronze na maratona de Atenas 2004, mesmo após ter sido agredido pelo padre irlandês Cornelius Horan quando liderava a prova e tinha chances reais de se tornar campeão olímpico. Foi ajudado pelo espectador grego Polyvios Kossivas e continuou a corrida. A demonstração de espírito olímpico, por estar feliz e sem nunca reclamar de ter perdido a chance de disputar o ouro, fez o COI conceder a homenagem ao brasileiro. Dos 21 galardoados com a Medalha Pierre de Coubertin, três foram galardoados post-mortem: o checo Emil Zatopek, o alemão Luz Long e o canadiano Richard Garneau. Conheça os 21 detentores da Medalha Pierre de Coubertin Eugenio Monti (Itália) em 1964 – Depois de ver que os trenós de bobsled de seus rivais britânicos tinham problemas mecânicos, Monti emprestou-lhes os seus. Os ingleses conquistaram a medalha de ouro, os italianos ficaram com o bronze. Eugenio Monti recebeu a Medalha Pierre de Coubertin de Rene Maheu, diretor-geral da UNESCO Keystone/Hulton Archive/Getty Images Luz Long (Alemanha), em 1964 – Assessorou seu rival, o americano Jesse Owens, em Berlim 1936, nas semifinais do salto em distância. Sua dica ajudou Owens a não “queimar” seu terceiro salto, o que o teria eliminado da disputa. O americano acabou conquistando a medalha de ouro e Long ficou com a prata. Luz Long e Jesse Owens conversam durante a final do salto em distância em Berlim 1936 EMPICS Sport/EMPICS via Getty Images Franz Jonas (Áustria), em 1969 Karl Heinz Klee (Áustria), em 1977 Lawrence Lemieux (Canadá), em 1988 – Depois de estar em segundo colocado em sua corrida, Lawrence Lemieux parou para ajudar dois competidores de outra classe que caíram ao mar durante uma tempestade quando seu barco virou. Raymond Gafner (Suíça), em 1999 – Foi um dos fundadores e criadores do Museu Olímpico Emil Zatopek (República Tcheca), em 2000 – Foi o único vencedor dos 5.000m, 10.000m e maratona nas mesmas Olimpíadas ( Helsinque 1952). Emil Zatopek lidera a corrida de 5.000 m em Helsinque 1952 ullstein bild/ullstein bild via Getty Images Spencer Eccles (EUA), em 2002 Tana Umaga (Nova Zelândia), em 2003 – Durante uma partida de rugby da Nova Zelândia contra o País de Gales, Umaga prestou primeiros socorros ao rival Jerry Collins, que engasgou com o próprio protetor bucal após receber uma pancada do neozelandês. Esta foi a única vez que a Medalha Pierre de Coubertin foi concedida a um evento que não tinha ligação direta com as Olimpíadas. Tama Unaga, da Nova Zelândia, interrompe a jogada para ajudar Jerry Collins, que engasgou com o próprio protetor bucal em jogo contra o País de Gales Ross Land/Getty Images Vanderlei Cordeiro de Lima (Brasil), em 2004 Elena Novikova-Belova (Bielorrússia), em 2007 Shaul Ladany (Israel), em 2007 Petar Cupać (Croácia), em 2008 Ivan Bulaja (Croácia), em 2008 Pavle Kostov (Croácia), em 2008 Ronald Harvey (Austrália), em 2009 Richard Garneau (Canadá), em 2014 Michael Hwang (Singapura), em 2014 Eduard von Falz-Fein (Liechtenstein), em 2017 Lv Junjie (China), em 2018 Han Meilin (China), em 2018



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