Análise: Fluminense muda espírito com a garotada, que “grita” para Mano por vaga no time

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Esquerdinha e Kauã Elias lideram a fila, mas o mais importante de quem entra é identificar quem não tem desempenho suficiente para permanecer no time. Muito se falou sobre como Mano Menezes imporia um “choque de gestão” ao Fluminense. A expectativa era estancar peças que continuam falhando. Depois de três jogos, o treinador teve tempo mais que suficiente para perceber quem merece mais tempo para contribuir. No 1 a 1 contra o Criciúma, nesta quinta, o campo não falou apenas. Ele gritou. Quando os antes “intocáveis” saíram e os “meninos” entraram, um raio de esperança se acendeu. + Clique aqui para acompanhar o novo canal do ge Fluminense no WhatsApp Criciúma 1 x 1 Fluminense | Melhores momentos | 16ª rodada | A declaração de Kauã Elias no Brasileirão 2024 viralizou porque é o que se espera de quem luta contra o rebaixamento. É incrível que seja um garoto de 18 anos que tenha que assumir a responsabilidade. Mas é isso que se espera. Muito mais do que discursos prontos, repetidos e repletos de media training. Mesmo que não marcasse esse gol, o atacante já demonstraria um desempenho melhor que o de John Kennedy, por exemplo, mesmo com uma pontuação consideravelmente menor. E podemos ir mais longe. Autor da assistência, Esquerdinha jogou bem nos jogos em que teve oportunidade, ao contrário de Diogo Barbosa, mal na maioria — e aproveitando a ausência de Marcelo, que esteve ausente durante 12 dias devido a dores musculares. Lucumí está longe de ser uma obra-prima técnica, mas tem se justificado mais que o Keno atualmente. Mano Menezes demonstra experiência e responsabilidade ao dizer que não pode ter pressa em trocar de jogador. Ele está certo. O futebol não é um videogame e é mais fácil perder a confiança do que recuperá-la. O Fluminense não tem dinheiro suficiente para reformular o elenco ou descartar atletas. Mas, novamente, o campo está gritando por mudanças. De peças e postura. Por exemplo, o Ganso não foi brilhante no Criciúma, mas lutou, lutou, orientou. Ele é um daqueles que não parece estar com o espírito derrotado. Fundamental neste momento. Ganso em Criciúma x Fluminense MARCELO GONÇALVES / FLUMINENSE FC A partida É difícil dizer para o último colocado do Brasileirão que o placar não refletiu o que foi visto em campo. As impressões do trabalho de Mano Menezes vão sendo colocadas aos poucos no Fluminense. Mas diante do Criciúma eles eram visíveis. Por exemplo, o primeiro tempo foi muito ruim de assistir no Heriberto Hulse, mas isso só foi pensando no lado da torcida. Se pensarmos em estratégia de jogo, para um clube que precisa desesperadamente pontuar para escapar da zona de rebaixamento, cumpriu o seu papel. O Fluminense não foi brilhante, mas o Criciúma também não. O Tricolor não teve grandes oportunidades, mas o Tigre também não teve. E o principal: o ritmo foi lento, o que favoreceu a equipe de Mano Menezes. Foram muitos times que acabaram engolidos pela intensidade que o time catarinense conseguiu impor a Heriberto Hulse, mas isso não aconteceu nesta quinta-feira. A melhora do Fluminense em relação aos últimos jogos envolve o retorno de André. Ele está em todo lugar em campo e contribui em praticamente todos os setores. Tê-lo ali faz com que Martinelli suba de nível, Ganso fique menos marcado e a defesa mais segura. Tudo isso culminou em um Tricolor melhor ofensivamente. Defensivamente, ele fez um jogo seguro. Confira a coletiva de imprensa do técnico Mano Menezes após o empate do Fluminense com o Criciúma Os ataques perigosos do Criciúma nasceram de bolas perdidas ou passes errados na hora da decisão dos atacantes. É ruim, mas também é um bom sinal porque é mais fácil de consertar. Nos primeiros 45 minutos, Fábio só se assustou muito com um chute de fora da área de Bolasie. O problema é o segundo passo. Sempre a segunda etapa. Curiosamente, foi lá que o Fluminense teve seus melhores minutos. Envolvente, com volume e criando oportunidades desde o início da partida. John Kennedy, mais envolvido do que nos últimos jogos, mas igualmente fraco tecnicamente, desperdiçou uma boa chance. Em resposta, o erro caro. Em cruzamento perigoso, Thiago Santos desviou mal, Matheusinho fez jogada com muita classe e marcou. Fábio ainda fez um milagre antes do meio-campista chutar para a rede. Um duro golpe, no pior momento do Criciúma na partida. Explicar é difícil. Recuperar o espírito da equipe, ainda mais. Assim, voltamos ao “espírito derrotado”, algo absurdo de se pensar considerando que são os atuais campeões da América. As mudanças funcionaram, o banco trouxe mais energia e o Fluminense reagiu. Ele deixou isso de lado. Kauã Elias empatou após passe de Esquerdinha, um alívio, mas também o mínimo para começar a falar de justiça em campo. Ainda há um longo caminho a percorrer pelo Fluminense. Mas uma luz no fim do túnel se acende. Ouça o podcast do ge Fluminense Assista: tudo sobre o Fluminense no ge, Globo e sportv



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