Em relatório feito pelo auditor Mauro Marcelo de Lima, nomes de jogadores citados pelo dono do SAF Botafogo são acessíveis com um simples “copiar e colar” Relatório feito por Mauro Marcelo de Lima e Silva, promotor do STJD, sugeriu a aplicação de seis anos de suspensão e multa de R$ 2 milhões a John Textor, dono da SAF Botafogo, por declarações sobre manipulação de resultados no futebol brasileiro. O texto publicado nesta sexta, que detalha oito pontos para defender a punição do norte-americano, traz um erro: a exposição aos jogadores citados pelo empresário, algo até então mantido em sigilo por todas as partes. Botafogo x Atlético-MG: saiba tudo sobre o jogo da 15ª rodada do Brasileirão Série A 2024 + Clique aqui para acompanhar o novo canal do ge Botafogo no WhatsApp Os nomes no documento do STJD estão cobertos por um quadrado azul, mas apenas use a ferramenta Ao “copiar e colar” no computador você poderá ver os nomes dos jogadores e árbitros. Ao longo do processo, John Textor fez pedidos de garantias de sigilo quanto aos nomes dos envolvidos, o que foi quebrado. Quais são as ramificações disso para o processo? ge foi em busca de respostas. – Se forem reveladas informações protegidas pela confidencialidade, mesmo que involuntariamente, isso poderá ser considerado uma quebra de confidencialidade. Quando um documento tem a intenção de manter determinada informação em sigilo e falha nesse propósito, podem haver diversas implicações – disse Marcelo Santiago, advogado especializado na área esportiva. São citados cinco jogadores que atuaram pelo São Paulo em 2023 (Diego Costa, Rafinha, Gabriel Neves, Beraldo e Caio Paulista), quatro que estiveram no Fortaleza em 2022 (Juninho Capixaba, Tinga, Fernando Miguel e Marcelo Benevenuto) e sete árbitros (Raphael Claus, Ramon Abatti Abel, Rodrigo José Pereira de Lima, Rafael Rodrigo Klein, Rafael Traci, Wagner do Nascimento Magalhães e Sávio Pereira Sampaio). + Igor Jesus, do Botafogo, diz que voltou ao Brasil em busca da seleção: “Tenho capacidade” O que pode acontecer? Consequências Legais – A parte que divulgou inadvertidamente essas informações poderá enfrentar consequências jurídicas, que podem variar de sanções a ações judiciais por danos causados pela quebra de sigilo; Impacto no Processo – A quebra do sigilo pode comprometer a integridade do processo, pois foram expostas informações que deveriam ser mantidas em sigilo. Isto pode levar a pedidos de anulação ou revisão de decisões, bem como a questionamentos sobre a imparcialidade e segurança do processo; Reputação – Tanto quem divulgou a informação quanto os envolvidos no processo poderão sofrer danos à sua reputação. A confiança no sistema e nas pessoas envolvidas pode ser afetada; Medidas Corretivas – Pode ser necessária a implementação de medidas corretivas, como correção do documento, reemissão de relatórios com a devida proteção das informações confidenciais e aplicação de novas políticas ou treinamentos para evitar falhas futuras. John Textor na CPI da manipulação de jogos Roque de Sá/Agência Senado Procurada pelo ge, a assessoria de imprensa do STJD enviou os seguintes esclarecimentos. – Não pode ser considerado quebra de sigilo porque, se você clicar no link e ver o relatório completo, você está dizendo que ele (o auditor) retirou o sigilo. Para todas as partes envolvidas, o relatório foi enviado citando nomes. O que o auditor não queria era que o STJD divulgasse os nomes, porque eles não haviam sido divulgados e isso poderia causar constrangimento, causar uma situação desconfortável para as pessoas envolvidas e citadas pelo Textor, mas que não tiveram nenhum tipo de envolvimento. Por isso, para a publicação no site, ele fez a cobertura. Mas, se você usar um programa que transforma PDF em Word ou mesmo se um repórter entrar em contato com as partes e pedir o documento, os nomes aparecerão. Botafogo x Atlético-MG: saiba tudo sobre o jogo da 15ª rodada do Brasileirão Série A 2024 + Com Almada, Botafogo ultrapassa R$ 260 milhões com reforços em 2024 O que diz a investigação sobre sigilo? A confidencialidade é dividida em duas categorias no relatório: interna e externa. A primeira, segundo o documento, “é restrita às autoridades e agentes responsáveis pela investigação factual, durante período de tempo demarcado para a regularidade da execução da medida investigativa”. A externa é chamada de “publicidade interna” e é entendida, pelo documento, como o “nível intermediário e correspondente ao segredo de justiça, que permite restringir o acesso apenas aos envolvidos, notadamente os investigados e vítimas, bem como seus respectivos advogados através de procuração”. Inquérito do STJD contra Textor – parte sobre sigilo Reprodução O levantamento do sigilo foi decretado em 13 de junho pelo auditor, mas, segundo o inquérito, há restrição imposta a “terceiros não envolvidos diretamente nos fatos investigados”. As referidas partes, como jogadores, árbitros e entidades desportivas, tiveram acesso aos documentos completos. + Leia mais notícias do inquérito do STJD do Botafogo contra Textor – parte sobre sigilo Reprodução – Se informações do jogador foram expostas por meio de erro técnico no documento, conforme mencionado, é fundamental que isso seja corrigido imediatamente e que medidas sejam tomadas para mitigar os danos causados pela exposição de dados confidenciais – acrescentou Marcelo Santiago. Caso você se sinta lesado com a questão, John Textor (ou as partes envolvidas no caso, como atletas e árbitros) pode entrar em contato formalmente com o STJD solicitando a revisão do documento e a alteração da seção que revela os nomes das partes. . Caso isso aconteça e o pedido não vá adiante, medidas mais drásticas, como ajuizamento de ação judicial, são plausíveis judicialmente. Ouça o podcast do ge Botafogo Assista: tudo sobre o Botafogo no ge, Globo e sportv
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