Especialistas explicam o que acontece com o metabolismo em baixas temperaturas e ensinam como se sentir saciado sem engordar. Quando as temperaturas caem, a sensação de fome e o apetite por alimentos com alto teor calórico aumentam. Isso ocorre porque o metabolismo humano tenta compensar as variações da temperatura corporal, que normalmente varia entre 36 °C e 37 °C, o que aumenta o consumo calórico e desencadeia a demanda por alimentos. + Treinar no inverno: 9 dicas para reduzir o risco de lesões no frio Comer no frio: baixas temperaturas dão mais fome iStock Por que sentimos mais fome no frio? Quando exposto às baixas temperaturas do ambiente, o corpo perde calor na tentativa de se equilibrar com o ambiente externo. Sem a temperatura ideal para o funcionamento do corpo, muitos processos e reações essenciais para a manutenção da vida não podem ocorrer. Portanto, o corpo passa a produzir calor, buscando se aquecer, o que resulta em maior gasto calórico. — Quando a temperatura corporal começa a cair, inicia-se imediatamente uma cascata de reações corporais, começando pela vasoconstrição – ou seja, a redução do fluxo sanguíneo nos vasos sanguíneos das mãos, pés e rosto – e aumento do movimento muscular com tremores involuntários ou mais voluntários do corpo. movimento. Esses processos fazem com que o gasto calórico corporal aumente através do processo de termogênese, ou seja, a produção de calor pelo corpo — explica a nutricionista Laura Mocellin. + As dores no corpo aumentam com o frio? Como prevenir? Com um maior gasto calórico para se manter aquecido, a percepção de aumento do apetite não é ilusória: faz parte de uma estratégia do sistema nervoso para garantir que o corpo receba os nutrientes necessários ao novo padrão de consumo calórico. — No frio, os receptores térmicos da pele enviam estímulos ao sistema nervoso em uma área específica: o hipotálamo, glândula que fica localizada na base do cérebro (parte do crânio) e é responsável por controlar a fome (e também temperatura) por meio de neurotransmissores e hormônios, gerando aumento do apetite — explica a endocrinologista e metabologista Érica Oliveira. Porém, o aumento do gasto calórico em climas frios não é garantia de perda de peso, pois existe, no ser humano, uma tendência comportamental e fisiológica de não realizar exercícios físicos e atividades que gerem alto gasto energético nessas condições, o que pode levar o indivíduo a ganhar peso. A manutenção ou alteração do peso nestes casos dependerá, portanto, dos hábitos diários e das práticas alimentares de cada pessoa. + O que o frio faz ao corpo? 4 dicas para evitar a hipotermia É fome ou vontade de comer? O clima frio e a baixa incidência de luz solar também podem influenciar processos psicológicos, que podem levar à tristeza, desânimo e ansiedade, como o Transtorno Afetivo Sazonal – quadro depressivo recorrente nos meses mais frios do ano. Isso acontece porque o sol é essencial para ativar a vitamina D na pele e posteriormente estimular a produção de dopamina e serotonina, substâncias responsáveis pelas sensações de alegria e prazer. Essas alterações metabólicas, causadas pelas alterações na temperatura externa, provocam alterações nos hábitos alimentares da população, o que pode levar ao aumento do desejo por alimentos de fácil digestão, como carboidratos, que fornecem energia rapidamente, bem como alimentos que oferecem conforto emocional, como como doces. e alimentos gordurosos. É importante estar ciente desta tentação. Para diferenciar a fome emocional, popularmente conhecida como “vontade de comer”, da necessidade fisiológica do organismo, a nutricionista faz a seguinte recomendação: — Procure entender se a fome é por alimentos muito específicos, sem a sensação de “estômago vazio” ou fraqueza . Se ocorrer várias vezes ao dia, mesmo depois de ter comido, e se for em momentos de maior estresse emocional, ansiedade ou ociosidade, essa fome provavelmente é emocional — analisa Laura. Risco de ganho de peso no inverno A busca pela satisfação do prazer através do consumo de alimentos altamente calóricos ou em grandes quantidades e a falta de vontade de praticar atividades físicas no inverno podem levar ao ganho de peso. A razão para isso é que, ao cessar a atividade física, o corpo diminui a liberação de endorfinas ao longo do dia, o que pode gerar aumento da ansiedade e da vontade de comer. Embora as baixas temperaturas possam fazer com que você se sinta mal ou até com sono, é fundamental manter a atividade física regular, o que também significa que seu corpo não precisa gastar muita energia tentando se manter aquecido. + 7 dicas de cuidados ao praticar exercícios no frio Além disso, é importante garantir a ingestão adequada de água, evitando a desidratação. Deve ter uma atenção redobrada, pois nestes períodos tendemos a sentir menos sede, pois a perda de líquidos através do suor e da transpiração é menor do que no tempo quente. O que beber e comer no frio Nesse caso, bebidas quentes como chás são bem-vindas, principalmente aquelas que contenham diversos temperos com potencial termogênico, como pimenta, canela, gengibre e cacau. Para ter sensação de saciedade sem ganho de peso considerável, é recomendado consumir alimentos com alta densidade nutricional e baixa densidade calórica, como vegetais folhosos e leguminosas, conforme indicação da nutricionista Ana Paula Arantes. — Sopas com vegetais e fonte de proteína ou canja de galinha podem ser consumidas no jantar. Fibras e proteínas nessas refeições ajudam muito na saciedade. Para os lanches, você pode fazer preparações com frutas e receitas mais quentes, como panqueca de banana e bolo integral ou mingau de aveia e banana. Há também o benefício da aveia, que contém beta-glucana, uma excelente fibra responsável por aumentar a saciedade e com função prebiótica. + Como escolher a comida no inverno? 8 dicas para o frio Receita de mingau de aveia proteico Ingredientes: 200ml de água 3 colheres de sopa de aveia em flocos; 1 colher de whey protein de sua preferência; 1 banana amassada; Canela a gosto; 1 xícara de leite vegetal ou desnatado (opcional). Modo de preparo: Misture a aveia com o whey protein em 200ml de água morna e deixe descansar por 10 minutos (isso deixa mais cremoso). Em seguida, adicione o purê de banana e a canela; Misture em fogo baixo até obter uma mistura mais espessa (adicione água aos poucos até obter a textura desejada); Se quiser adoçar, use uma colher rasa de adoçante em pó. Fontes: Ana Paula Arantes é nutricionista do Instituto Nutrindo Idealis (@nutrindoideais). É formada em Nutrição pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e pós-graduada em Nutrição Esportiva e Estética. Érica Oliveira é endocrinologista e metabologista do Instituto Nutrindo Idealis (@nutrindoideais)/PA. É médica formada pela Universidade Federal do Pará (UFPA), com certificação em andamento na área de Medicina do Esporte pelo American College Medicine of Sports (ACMS). Laura Mocellin é nutricionista do Instituto Nutrindo Idealis (@nutrindoideais)/SP. Doutor com pós-graduação em Nutrologia, atuando na área de distúrbios metabólicos e hormonais, emagrecimento e longevidade saudável.
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